"Finalmente posso ser como Joe Satriani ou Steve Vai", diz Kiko Loureiro

Durante conversa com a Guitar World, Kiko Loureiro, que anunciou recentemente sua saída definitiva do Megadeth, comentou de que forma os quase dez anos que esteve na banda mudaram sua percepção como músico.

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"Eu tenho essa sensação boa sobre mim que não me lembro de sentir antes do Megadeth. É como se eu finalmente pudesse dizer sim ou não para qualquer coisa que eu queira. Antes do Megadeth, eu tinha que concordar com tudo porque, embora o Angra fosse bem-sucedido no Japão, tínhamos que trabalhar duro para tudo. Se nos chamassem, a gente topava turnês no Canadá, Europa, América do Sul ou em qualquer outro lugar. E eu era um dos caras que pressionava por isso. Então, é uma sensação incrível ter 51 anos e as pessoas me pedirem para fazer coisas e eu poder decidir se quero ou não fazer".

Mas Kiko sabe que tudo tem o seu preço: "Também é perigoso porque agora dependo de mim mesmo para fazer as coisas - como finalizar meu álbum solo. Há um prazo, mas sou eu quem está definindo isso, e sou eu quem terá que gravá-lo e decidir sobre a turnê. Finalmente posso ser como Joe Satriani ou Steve Vai. Eu adoro tocar em bandas, mas nunca tive tempo ou coragem para ser como esses caras. Esta é a primeira vez que eu digo, 'Bem, aqui está o Kiko.' Não o Kiko do Angra ou o Kiko do Megadeth - apenas Kiko, e nada mais depois desse nome".

Em seguida, Kiko é questionado se vai seguir exclusivamente no ramo da guitarra instrumental: "Esse seria o caminho fácil. Mas quem sabe? Eu estava conversando com o Dave outro dia - ainda somos bons amigos, então até certo ponto, a porta ficará aberta. Eu poderia tocar com o Megadeth ou talvez alguma outra banda que me chame e me faça dizer, 'Ok, agora é a hora.' Eu não sei o que o futuro reserva, e vai levar um tempo".