Dez vezes em que Roger Waters atacou outros músicos sem dó nem piedade
Por Bruce William
Postado em 07 de setembro de 2025
Ser rico e famoso traz junto uma coisa chamada poder. E o que o poder permite? Entre tantas coisas, a chance de criticar quem quiser sem se preocupar muito com as consequências - se é que elas de fato vão acontecer.
Roger Waters parece ter entendido isso cedo. Gênio incontestável do rock e cérebro por trás de algumas das obras mais importantes do Pink Floyd, ele também carrega um gênio difícil, que o levou a disparar frases duras contra colegas de banda e outros artistas ao longo das décadas.
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O mais recente episódio - até a redação desse texto - envolve o recém-falecido Ozzy Osbourne. Ao comentar sobre o Black Sabbath, Waters afirmou: "Não me importo com o Black Sabbath, nunca me importei. Não tenho interesse em arrancar cabeças de galinha ou o que quer que façam. Não poderia me importar menos". Não tardou para o filho de Ozzy rebater sua fala, e até Regis Tadeu comentou o imbróglio, pontuando que, para ele, Roger Waters sempre viu o metal como algo bruto, primitivo e burro.

Conforme levantou a Far Out, não é nem de longe a primeira vez que isso acontece. Por exemplo, o punk também não o convenceu. Sobre o Sex Pistols, disse que era tudo "claramente forçado" e ironizou a morte de Sid Vicious como um fator que ajudou a criar a mística da banda.
Na realidade, o próprio Pink Floyd foi alvo. Waters chamou "The Division Bell" de "lixo, do começo ao fim", lamentando que fãs ainda comprassem os discos lançados após sua saída. Mas outro álbum de sua época, o "Atom Heart Mother", foi descrito por ele como "Um disco realmente horrível e embaraçoso".
Bandas de rock que dominavam os anos 1980 também entraram na mira. Van Halen, por exemplo, não despertava nenhum interesse: "Tenho certeza que Eddie é brilhante, mas não me interessa". Já sobre o AC/DC, foi ainda direto: "Não me importo com rock barulhento. Não poderia ligar menos para o AC/DC ou Eddie Van Halen ou qualquer um desses".
Quando se tratou do U2, Waters foi ainda mais ácido. Criticado por Bono na época de "The Wall", rebateu: "Tudo o que fizeram depois foi copiar o que eu já vinha fazendo. Boa sorte para eles, mas é uma tremenda besteira"
As farpas também se voltaram a David Gilmour muitas e muitas vezes. Sobre o guitarrista, ele disparou: "Acho que ele pensa que é o Pink Floyd e que eu sou irrelevante. Eles sempre foram muito esnobes porque se sentiam insignificantes". E até mesmo artistas contemporâneos não passaram ilesos, relembra a Far Out. Waters declarou: "Sou muito mais importante do que Drake ou The Weeknd serão um dia, por mais bilhões de streams que tenham". E reforçou o desprezo: "Não faço ideia de quem ou o que é The Weeknd".

Até nomes extremamente importantes de seu passado foram criticados, embora sem tanta contundência e, desta vez, se incluindo na crítica. Sobre Syd Barrett, fundador do Floyd, ele disse: "Éramos inúteis. Não sabíamos tocar, então fazíamos coisas estúpidas e 'experimentais'".
Com declarações assim, Waters reforça sua fama de provocador. Se alguém ainda tinha dúvida, essa seleção de frases comprova: quando se trata de falar dos outros, ele nunca pegou leve. Para uns, isso é apenas arrogância; para outros, faz parte do personagem que sempre desafiou convenções dentro e fora da música. O fato é que, goste-se ou não, Waters nunca se escondeu atrás da diplomacia. Ele prefere o confronto direto - e talvez seja justamente essa mistura de genialidade criativa com um temperamento difícil que mantém seu nome em pauta até hoje.

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