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Quadra: a consolidação do novo Sepultura

Resenha - Quadra - Sepultura

Por Jorge Felipe Coelho
Postado em 21 de fevereiro de 2020

Melhor álbum em 20 anos, Sepultura mais sólido que nunca, um tapa na cara das viúvas Cavalera, etc. Tudo isso e mais um pouco tem sido falado após o Sepultura estremecer as estruturas do cenário musical com o lançamento de Quadra, décimo quinto álbum de estúdio da banda brasileira mais famosa no exterior.

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The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart e Machine Messiah, de 2013 e 2017 respectivamente, foram entendidos como álbuns de afirmação rumo a um novo caminho. Por isso, existe quem diga que o terreno de preparação para a chegada de Quadra já estava sendo meticulosamente pavimentado por Andreas Kisser há tempos. Ao observar atentamente o contexto do momento, é exatamente o que acredito.

Ambiciosamente planejado para ser grandioso, o novo álbum do Sepultura procurou consolidar definitivamente a banda em sua nova identidade sonora. Ao longo de pouco mais de 50 minutos, temos um Sepultura que utiliza grooves percussivos, passagens em arranjos de violão clássico, sinfonias e o cantor Derrick Green explorando seu vocal de forma mais melódica como nunca o fez antes. Mas calma, tudo isso a cabo de muitos riffs pesados, solos de guitarra espetaculares e o monstro Eloy Casagrande descendo o braço em seu kit percussivo para trazer várias soluções rítmicas.

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Com a produção de Jens Bogren na Suécia, as 12 faixas foram divididas em quatro seções de 3 músicas. Ou seja, o álbum é conceitualmente dividido em quatro partes (como um LP em vinil duplo). Isolation abre a primeira parte, mais pesada, como a explosão de uma bomba. Um ótimo trash metal com toques progressivos que já havia sido mostrado ao vivo em 2019 no festival Rock in Rio. Capital Enslavement dá o tom do que será a segunda parte do álbum, com muito groove em uma parede sonora visceral. Destaque desse segundo quarto do disco, Raging Void tem um ritmo experimental e fecha a primeira metade do álbum. Contudo, o melhor ainda está por vir.

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Dedilhados eruditos ao violão em Guardians of Earth abrem a terceira parte do álbum. Nesse ponto, as faixas começam a ganhar contornos sinfônicos com orquestrações e coros inseridos de maneira muito competente, servindo como aliados a embelezar o DNA pesado da banda. A parte final, e mais surpreendente, traz a belíssima e quase épica Agony of Defeat, onde Derrick canta de forma pausada e mais melódica. No encerramento, com a primorosa e sombria Fear; Pain; Chaos; Suffering, Emmily Barreto (da banda Far From Alaska) participa dando toque feminino aos vocais.

A segurança do veterano Paulo Jr. no baixo, a técnica apuradíssima e ovacionada de Eloy Casagrande na bateria, a reinvenção de Derrick Green nos vocais e a liderança de Andreas Kisser nas guitarras mostraram as quatro faces do Sepultura: trash metal, groove metal percussivo, metal progressivo e metal sinfônico. Após a conturbada fase no início dos anos 2000, o Sepultura consolidou sua reinvenção de modo espetacular e voltou a atrair a atenção do mundo. Quadra é a maior prova disso.

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Leia mais no Boletim do JF, disponível no link abaixo:
http://radiocatedraldorock.com/news-58-boletim-do-jf-03

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Sobre Jorge Felipe Coelho

Quando criança, lia as letras dos encartes e ouvia discos de vinil na saleta de casa antes e depois de ir pra escola. Aos 9 anos de idade já tinha ido ao seu primeiro show guitarreiro. Hoje, administrador de formação, colaborou com a Rádio Cult FM, faz o Boletim do JF na Rádio Catedral do Rock e o Podcast Faixa a Faixa do Rock, continuando a ouvir, falar e escrever sobre a sua paixão: o rock n' roll.
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