RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

John Dolmayan, baterista do System Of A Down, quer ajudar fãs que não puderem ir aos shows

Dave Mustaine não tinha planos de se tornar vocalista do Megadeth

The Beatles, agora e então: Como assim ainda se fala de Beatles?

Produtor de longa data do Black Sabbath revela os segredos do timbre da guitarra de Tony Iommi

O canadense que matou uma família e culpou música de Ozzy

Baterista do Shadows Fall odiou Metallica e Slayer quando ouviu pela primeira vez

A reação de seu advogado após guitarrista recusar cargo de guitarrista de Ozzy Osbourne

Paul McCartney e o que "estragou" Elvis Presley que os Beatles evitaram; "teria acontecido"

Kurt Cobain comenta as músicas do Nirvana que compôs para combater o sexismo

O integrante do Led Zeppelin com quem Robert Plant sempre perdia a paciência

Um fator crucial que levou Mike Shinoda a reformar o Linkin Park; "Estava quase como acabado"

Primeira música escrita por Steve Harris tinha título "horrível" e virou faixa de "Killers"

O que Cazuza quis dizer com "A burguesia fede e quer ficar rica" no clássico "Burguesia"

A conturbada saída de Steve Souza do Testament, nas palavras de Eric Peterson

O dia que o Pearl Jam só não compôs uma música com Bob Dylan porque Eddie Vedder não quis


Bangers Open Air
Pierce The Veil

David Gilmour: Quase 70 anos, voz de sobra e solando como garoto

Resenha - David Gilmour (Allianz Parque, São Paulo, 12/12/2015)

Por Marcello Cohen
Postado em 22 de dezembro de 2015

Por mais que eu tenha nascido tarde demais para ver certos Ramones e Pantera's em ação, posso me considerar um privilegiado em matéria de shows, já que pude assistir apresentações realmente memoráveis de muitos dos meus heróis. Dito isso, por vezes chego a um assustador empate de uns bons 5 shows na matéria "show da minha vida". Agora vai mais um para essa lista, e seguramente para a de todos que entraram em transe por quase 3h, atordoados com a guitarra/voz de uma das maiores bandas de Rock que existe em ação, ao vivo e a cores.

David Gilmour - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Finalmente o senhor Gilmour apareceu por aqui, trazendo na bagagem o bom Rattle That Lock, 4o trabalho de estúdio de sua carreira solo. O mesmo foi bem explorado (até demais, penso eu), assim como On an Island (2006), mas é inegável que as 50 mil pessoas que lotaram o novo estádio do Palmeiras naquela noite queriam mesmo era ouvir Pink Floyd. A cada pérola sacada da vasta discografia da banda, uma hipnose coletiva era vista a cada canto do lugar. Algo mais que natural pelo brilhantismo inigualável da obra.

O local não poderia ser melhor. Nada é perfeito quando falamos de eventos assim no Brasil, e as ruas no entorno simplesmente não fluíam, mas no geral o estádio é o melhor que já estive para shows. Um entorno para lá de agradável, boa visão da pista, som absurdo proporcionado pela acústica impecável do lugar e toda a qualidade de quem cuida do que mais importa no espetáculo, entrada simples e sem filas... Bem, poderia falar muito mais. O tempo ajudou, e muito. A forte chuva parou assim que deixei o hotel nas proximidades do estádio, e respeitou a nobre ocasião, sem se manifestar pelo restante da noite. Com a pista assustadoramente cheia de apaixonados pelo Pink Floyd prontos para se curvarem diante de um Deus do Rock, que comece o espetáculo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Com um insignificante atraso de 10 minutos, o senhor de quase 70 anos fincava os pés no palco, diante de 50 mil pessoas que nutrem por ele o mais legítimo e saudável fanatismo. Com a instrumental 5 A.M. apenas no som mecânico, a coisa teve inicio com a razoável Rattle That Lock, faixa-título do trabalho mais recente. Quando o homem tocou o 1o acorde com o seu timbre único, foi uma verdadeira loucura! A adoração de todos era realmente impressionante. A boa Faces of Stone, uma das melhores do trabalho, veio em seguida. As solos são boas, algumas ótimas, mas 99% do estádio estava lá para ouvir Floyd, e a 1a da banda veio na forma do hino supremo Wish You Were Here. O que aconteceu aqui foi realmente indescritível. O que essa música significa para todos os fãs da banda não cabe em palavras. Aquele dedilhado único que comanda tudo nos belos versos me proporcionaram uma das maiores emoções que já senti ao vivo. Só isso já vale todo o sacrifício financeiro. Emoção passada, a sequência vem com a nova A Boat Lies Waiting e The Blue, de On an Island. Ai é hora de voltar para o Pink Floyd, com mais um hino inconfundível do Rock N'Roll, uma tal de Money. Depois do inconfundível e magnífico riff de baixo criado por Roger Waters, chega a hora do estádio todo entoar cada verso em uníssino. Ainda em The Dark Side of the Moon, vem a icônica e maravilhosa Us and Them. Mais um caminhão de emoções derramada sem dó em cima dos presentes. In Any Tongue, que é ao meu ver de longe a melhor do novo trabalho, fica arrebatadora ao vivo. Essa é talvez a música com maior toque de Pink Floyd presente nele, se encaixando muito bem em qualquer disco da banda. Ponte perfeita para mais uma bomba Floydiana, a maravilhosa High Hopes. Essa foi a única representante do magnífico The Division Bell, o trabalho mais marcante da banda sem Waters, e um dos melhores da carreira como um todo também.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Chega a hora do intervalo, algo muito comum em shows progressivos. Momento para tomar um ar de tanta emoção vista na primeira parte de um show espetacular. De defeito até então, apenas a "imagem". Vi tudo da pista comum, setor já relativamente distante do palco. A iniciativa de repetir o tradicionalismo telão circular imortalizado em Pulse foi genial. O problema é que ele era o único. O mesmo intercalava imagens de clipes e ilustrações com tomadas da banda - leia-se 90 % do tempo focada no dono da festa. Com isso, quem viu de longe não conseguia enxergar a performance da banda como um todo, sendo isso um detalhe a ser pensado em shows de arena. Mesmo assim, o estádio permitia que Gilmour fosse visto mesmo de uma distância considerável, mas algo longe do ideal. O show de luzes que era a base do show também dificultava, mas a qualidade irretocável do som fazia isso tudo passar quase despercebido. Dito isso, vamos ao retorno.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Gilmour surpreende com a fantástica lembrança de Astronomy Domine, maior clássico de The Piper At The Gates Of Dawn, o 1o disco da banda. A faixa serve como tributo a Syd Barrett, o gênio criativo que dava voz a banda em seus primórdios, até entrar numa viagem sem fim com base no ácido. Gilmour não gravou o disco, o que faz da escolha ainda mais diferente. A música é aquela chapação maravilhosa, e cai como um enorme estrondo em cima de um som alto e nítido. As luzes acompanham o ritmo alucinante que a música pede, fazendo até o mais sóbrio ali se sentir numa viagem by LSD daquelas. Depois vem ao meu ver o grande momento. Shine On You Crazy Diamond (Parts I-V) faz todos entrarem em transe, um efeito que só ela pode proporcionar. Se quer ver isso na prática, basta dar uma olhada no breve vídeo postado na página oficial do homem. A emoção nos mais de 10 minutos de uma das maiores performances de guitarristas que eu consigo me lembrar, misturadas a versos prontos para arrebatarem sua alma, fez com que quem viu isso leve a experiência para o túmulo. Como se só isso já não bastasse, Gilmour manda simplesmente a lindíssima Fat Old Sun em seguida. Numa tendência de lembrar hits consagrados do Floyd em meio a canções por vezes escondida na discografia da banda, ele saca essa pérola de Atom Heart Mother. Depois da sequência Floydiana, Gilmour volta as atenções para a carreira solo, na boa On an Island, e as novas The Girl in the Yellow Dress e Today. A última principalmente é muito boa, mas é inegável que a emoção proporcionada pelos clássicos do Pink Floyd não se compara com as músicas da carreira solo. Daqui para frente, só vem porrada. Sorrow foi mais uma sábia escolha em meio ao por vezes esquecido A Momentary Lapse Of Reason, primeiro disco da banda sem Waters. A música é magnífica, uma escolha e tanto. Em seguida, é hora de The Wall dar as caras, no clássico Run Like Hell. Esse foi um dos momentos que o perfeito poderia ser ainda mais perfeito com Waters ali do lado, com a linha de baixo magnífica da música, mas a emoção já era garantida com o Mr Gilmour, nessa ai em especial trajando um sensacional óculos de sol. A multidão simplesmente enlouquece. Vem o falso encerramento, e uma dupla de hinos infalíveis para o verdadeiro final. O que falar de Time e Comfortably Numb? Não existem palavras para traduzir a emoção proporcionada na audição de maravilhas assim. Obviamente, o solo de Gilmour na última é obrigatório em qualquer top 10 da história do Rock, a o que qualquer um ali sente ao ouvir isso ao vivo é algo para realmente testar os corações floydianos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Não tenho palavras para expressar a emoção de ver um cara como David Gilmour em ação. Com quase 70 anos, esse senhor ainda tem voz de sobra, e sola como garoto os hinos que definem uma das mais brilhantes carreiras que se tem noticia. Esse é aquele tipo de show para parar o mundo durante alguns minutos, um acontecimento verdadeiro para fazer qualquer um ir às lágrimas. Um dos shows da minha vida indiscutivelmente, e tenho certeza, esse é daqueles para contar para os meus netos, num triste dia futurista onde Pink Floyd só existirá em forma dos Dark Side of the Moon's, The Wall's e Animals arquivados pela sua legião de fãs. Me sinto um privilegiado podendo ver enquanto ainda era tempo uma lenda em ação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Comitiva
Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Marcello Cohen

Carioca de nascimento, Marcello é apaixonado por Rock desde seus 12 anos, quando aprendeu a gostar de Beatles, Rolling Stones, Queen, AC/DC, Metallica, Iron Maiden e Black Sabbath, bandas que até hoje são as suas preferidas. Amante de bandas de variados estilos de Heavy Metal, Hard Rock e Classic Rock, escreve no blog Coração de Metal, nome que rende homenagem ao pioneiro Stress.
Mais matérias de Marcello Cohen.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS