A obscura canção dos Beatles que era a preferida de Lemmy, que assistiu a banda no Cavern Club
Por Bruce William
Postado em 21 de agosto de 2025
Lemmy Kilmister nunca escondeu sua devoção aos Beatles. Para o líder do Motörhead, os quatro rapazes de Liverpool não foram apenas uma banda de rock: foram um fenômeno cultural que mudou o planeta. Em várias ocasiões - incluindo em sua autobiografia "White Line Fever" (Amazon) - ele sempre destacou como a juventude dos anos 1960 acreditava que, com a trilha sonora dos Fab Four, seria possível transformar o mundo em um lugar melhor.
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E Lemmy falava com conhecimento de causa. Antes de o Motörhead existir, antes mesmo do rock pesado ganhar forma, ele teve a sorte de ver os Beatles no Cavern Club, em Liverpool. "Eles eram hilários, faziam piadas, comiam sanduíches de queijo enquanto tocavam. Poderiam ter sido uma equipe de comédia", recordou. Mas também ressaltava: os Beatles não eram nada "bonzinhos". Vindo de uma cidade portuária dura, sabiam se defender. "Ringo era do Dingle, que era como o Bronx", lembrava.
A admiração era tanta que, para Lemmy, os Rolling Stones jamais chegaram perto. Considerava Jagger e companhia "filhinhos da mamãe", universitários que encenavam a rebeldia. "Os Stones sempre foram horríveis ao vivo", disparou sem dó, estabelecendo o que considerava um contraste com a força dos Beatles no palco e em estúdio.

Mas entre tantas músicas que poderiam ser citadas - "Twist and Shout", "A Day in the Life", "Helter Skelter" e outras 3498546 - a canção favorita de Lemmy era uma das menos lembradas do catálogo, relata a Rock And Roll Garage. Ele escolheu "Slow Down", composição de Larry Williams gravada pelos Beatles em 1964. A faixa saiu apenas como lado B do single "Dizzy, Miss Lizzy" e permanece como uma obscuridade para muita gente.
"Depende de como você via os Beatles, mas eu estava lá. Eles não eram seguros, não eram certinhos. Eram os caras durões de Liverpool", explicou Lemmy, justificando sua preferência por um cover cru e direto como "Slow Down" (youtube).

No fim, sua devoção ao quarteto nunca diminuiu. "Os Beatles foram os maiores. Nunca haverá nada igual", escreveu em sua autobiografia. Talvez isso explique por que um roqueiro do calibre de Lemmy, que construiu carreira no barulho ensurdecedor do Motörhead, ainda se emocionava ao lembrar de uma noite abafada no porão do Cavern Club, onde quatro jovens mudaram para sempre o destino do rock.

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