O subgênero que mesmo com "muita porcaria" fez revolução no rock, segundo Phil Collins
Por Gustavo Maiato
Postado em 21 de agosto de 2025
Phil Collins já viveu de tudo no mundo da música — dos dias de glória no Genesis aos recordes de vendas como artista solo nos anos 1980, passando por trilhas sonoras que marcaram os anos 1990. Mas, em entrevista, o músico britânico revisitou um momento de ruptura que mudou o rock para sempre: a explosão do punk.
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Collins admite que o movimento tratou o rock progressivo — gênero em que o Genesis brilhou nos anos 1970 — com desdém. "Tudo começou a mudar. O punk chegou. Se todos os outros [gêneros] fossem como uma árvore, e todas as bandas como maçãs, o punk veio e sacudiu a árvore, e algumas das boas continuaram lá em cima", disse em entrevista resgatada pela Far Out.
O músico reconhece o mérito da cena, mesmo fazendo críticas: "Foi ótimo, o que fez. Incentivou pessoas que não sabiam tocar um instrumento a fazer barulho nele, e acho isso ótimo. Não ter diploma em música para tocar necessariamente. Mas, claro, também tinha muita porcaria."

Durante o auge do punk, bandas como Sex Pistols e Ramones "incendiaram" a cena, criticando e varrendo para fora do mapa boa parte das bandas de rock progressivo. Mas Collins e o Genesis sobreviveram à mudança — e com estilo. Após a saída de Peter Gabriel, o grupo lançou trabalhos como "A Trick of the Tail", que mostravam evolução sem perder a identidade.
O ex-baterista e vocalista não aderiu ao visual ou à sonoridade punk, mas entende que o impacto foi necessário para "sacudir" a indústria. "O punk mostrou que não é preciso virtuosismo para criar algo relevante. Isso mudou tudo", reflete.

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