O melhor álbum de artista americano de todos os tempos, segundo David Gilmour
Por Gustavo Maiato
Postado em 13 de agosto de 2025
Embora David Gilmour seja um defensor declarado da música britânica — e parte essencial dessa história como guitarrista do Pink Floyd — há uma exceção notável em sua lista de álbuns preferidos: "Electric Ladyland", de Jimi Hendrix. Para Gilmour, trata-se da maior obra já feita por um artista americano.
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A admiração começou cedo. Em 1966, Gilmour presenciou uma apresentação que mudaria sua forma de ver a guitarra. "Fui a um clube em South Kensington. Um garoto subiu no palco com Brian Auger and the Trinity. Ele começou a tocar a guitarra de forma invertida, e todo o lugar ficou em choque", relembrou. "No dia seguinte, fui até lojas de discos procurando algo do Jimi Hendrix. Ele ainda não tinha gravado nada. Tive que esperar pelo primeiro lançamento." A entrevista foi resgatada pela Far Out.
Esse impacto imediato transformou-se em fascínio duradouro, consolidado com o lançamento de "Electric Ladyland" em 1968. O álbum, terceiro e último do The Jimi Hendrix Experience, é considerado por Gilmour uma obra-prima absoluta, tanto em inovação técnica quanto em expressão musical.
Apesar de ter como ídolos guitarristas britânicos — como Eric Clapton, cujos licks Gilmour tentou dominar nos anos de formação — o músico acredita que Hendrix foi além. "Todos aqueles caras eram incríveis. Eu passava horas tentando aprender seus solos perfeitamente. Todo jovem músico deveria fazer isso — isso obriga seu próprio estilo a surgir", afirmou.
David Gilmour e Jimi Hendrix
Mas Hendrix não era apenas mais um virtuose. Para Gilmour, ele rompeu com todas as convenções. Era como se não pertencesse a nenhum lugar específico: surgia em meio a qualquer cena como uma força irreprimível. "Electric Ladyland" sintetiza isso com sua fusão de rock psicodélico, blues, soul e experimentação eletrônica.
Pamela Des Barres, ícone do movimento de groupies dos anos 1960, descreveu o impacto com precisão: "Minha cabeça, coração, corpo e mente foram incendiados, sacudidos e mexidos. Eu sabia que estava ouvindo sons que nunca tinham sido feitos antes."
Esse sentimento era comum entre os contemporâneos de Hendrix — uma mistura de assombro e medo. Não se tratava apenas de ser bom na guitarra. Ele fazia parecer que a música vinha de um lugar misterioso e inatingível. Para Gilmour, Hendrix mostrava o caminho, mesmo que fosse impossível alcançá-lo.
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