Exodus: comparando Covid a gripe, Zetro critica vacina obrigatória e socialismo nos EUA
Por Igor Miranda
Postado em 05 de novembro de 2021
O vocalista Steve "Zetro" Souza, do Exodus, se opôs à obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 nos Estados Unidos, medida que definiu como "socialista" e reforçou seu apoio ao ex-presidente do país, Donald Trump.
Em entrevista ao podcast Scars and Guitars, transcrita pelo Blabbermouth, Zetro declarou que autoridades americanas estão "obrigando" as pessoas a se vacinarem. O cantor citou que o Exodus fará um show, no fim de novembro, onde será obrigatório mostrar o comprovante de imunização para entrar no ambiente - algo que ele não acredita que seja correto.
"Vivemos em uma sociedade socialista? O que aconteceu com 'meu corpo, minhas regras'? Não entendo. Não é sobre a vacina não ser efetiva, é sobre a escolha. Faremos um show com o Testament e o Death Angel em Oakland e será obrigatório mostrar comprovante de vacinação. Acho que isso é socialismo. E as pessoas que têm Aids ou hepatite C? Como elas não terão de mostrar comprovante? É como tudo: por que de repente o governo pode mandar em você?", disse.
O cantor buscou deixar claro que não adota uma postura negacionista quanto à Covid-19. "É real, mata, mas não é pior do que uma gripe. Você não pode fechar o mundo. Não pode arruinar os negócios das pessoas que elas construíram. Você não pode fugir de algo - precisa lidar de frente. Se fizer isso, vai vencer. Mas ficam: 'vamos continuar em lockdown, não vamos fazer nada, vamos adiar os festivais'. Apenas faça as coisas. Você vai se esconder dessa coisa durante toda a sua vida? Já se passaram dois anos. [...] Governos não sabem o que estão fazendo. Gostaria que eles apenas admitissem que não sabem", afirmou.
Em outro momento da conversa, Souza reforçou seu apoio a Donald Trump, que não conseguiu se reeleger à presidência dos Estados Unidos. "Não gostavam da pessoa. Que outro líder da história, se você enviasse um tweet a ele, ele voltaria te dizendo: 'vá se f*der'? Ele não é um político. Ele já era milionário e famoso. O que ele tinha a ganhar com isso?", declarou.
O vocalista citou aumentos recentes nos preços da gasolina e da madeira para destacar que a vida dos americanos piorou desde a eleição de Joe Biden, no posto que era de Trump. "Sinto que ninguém está fazendo nada com relação a isso. Não vejo nosso governo fazer nada. Só estão ali sentados, esperando. (Barack) Obama fazia a mesma coisa. [...] Você ouvia o nome de Trump todo santo dia, gostasse dele ou não", disse.
O frontman relembrou a tentativa de Trump em fechar as fronteiras dos Estados Unidos para imigrantes ilegais vindos do México com a construção de um muro. "Ele tentou construir um muro. As pessoas não gostaram. Quando vou à Austrália ou ao México, tenho que pegar um visto. Por que ninguém tem que apresentar visto para entrar em meu país? Era tudo o que ele estava tentando fazer, mas as pessoas falavam: 'não, ele é racista, ele odeia os latinos'", pontuou.
A entrevista completa pode ser conferida, em inglês e sem legendas, no player de vídeo a seguir.
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