Death Angel: a sequela bizarra e intrigante que a Covid-19 deixou em Will Carroll

O baterista Will Carroll, do Death Angel, falou em entrevista ao "Rock Talk Happy Hour" sobre como tem sido a vida após ter contraído a Covid-19, a doença do novo coronavírus. Em março, o músico chegou a ficar em coma induzido por quase duas semanas e esteve perto de morrer, mas conseguiu superar o problema de saúde.

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Durante o bate-papo, transcrito pelo Blabbermouth, Carroll comentou que ficou com uma sequela que intriga os médicos, ainda que não afete as atividades do seu dia-a-dia. "A única coisa que ainda não voltou ao normal é que eu não sinto a ponta da minha língua, na região mais à esquerda. Talvez eu tenha mordido a língua durante o coma ou não sei o quê. Os médicos também não sabem. É a única coisa que permanece", afirmou.

Ele destacou que não ficou com nenhum tipo de sequela nos pulmões. "Tive insuficiência cardíaca durante o coma, mas já está 100% agora. Tenho sorte de não ter sofrido nenhum dano permanente", comentou.

O músico contou que precisou reaprender a andar, pois permanecer em coma por 12 dias trouxe consequências aos músculos, especialmente das pernas. "Não consigo nem imaginar pelo que passam as pessoas em coma há um ano. Meu Deus. Aprender a andar de novo foi bem desagradável. Fiquei com medo de não conseguir voltar a tocar bateria quando eu não conseguia nem andar pelo corredor", disse.

Apesar disso, a situação está melhorando e Will Carroll voltou, recentemente, a tocar bateria pela primeira vez em mais de dois meses. "Foi fácil voltar ao kit e retomar os grooves. Não sabia como seria, se eu ficaria sem fôlego, ou se o coração bateria diferente. Quem sabe? Mas foi moleza. No fim do dia, eu já quase atingi o estágio técnico em que eu estava antes", afirmou.

Assista à entrevista na íntegra (em inglês, sem legendas):

Will Carroll contraiu o novo coronavírus enquanto estava em turnê na Europa com Exodus e Testament. Quando retornou de viagem, precisou ser internado em estado grave.

Foi divulgado ainda que o vocalista Chuck Billy e o baixista Steve DiGiorgio, ambos do Testament, e o guitarrista Gary Holt, do Exodus, foram diagnosticados com Covid-19. Membros da equipe de apoio do Testament também contraíram a doença. Até onde se sabe, todos se recuperaram bem do problema de saúde.

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