Biografia aborda depressão de Paul McCartney com a separação dos Beatles
Por André Garcia
Postado em 18 de dezembro de 2022
Foi recentemente lançada uma nova biografia sobre Paul McCartney chamada The McCartney Legacy: Volume I 1969-1973. Escrito por Adrian Sinclair e Allan Kozinn, como o título já diz, foca apenas em seus primeiros anos pós-Beatles, de 1969.
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Conforme publicado pela Far Out Magazine, entre outras coisas, o livro joga luz sobre o período de depressão vivido pelo baixista pela separação da banda. Por meses, ele viveu um misto de divórcio com processo de luto, afogando as mágoas na bebida.
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"Exibindo todos os clássicos sintomas de um homem desempregado, arrasado", McCartney se retirou na Escócia para lamber as feridas. Ele definiu seu sentimento em uma palavra: "raiva. Bate uma raiva muito, muito profunda — e contra tudo, em primeiro lugar com você mesmo, em segundo lugar com o mundo. Eu me sentia ferrado pelos meus colegas."
Ele chegou a abandonar os cuidados pessoais e afundou na deprê — algo bem parecido com o que hoje em dia vem sendo chamado goblin mode: "Parei de fazer a barba por um tempo. Eu não saía da cama. Manhãs, para mim, não eram para levantar. Se eu levantasse, era para tomar um drink e voltar para a cama. Eu nunca tinha ficado assim antes."
Beatles
Pioneiro, John Lennon formou o The Quarrymen em 1956 — ano do lançamento do álbum de estreia de Elvis Presley, considerado o marco zero do rock. Paul McCartney se juntou a ele em 58, George Harrison em 59. Depois de trocar de nome várias vezes, em 1960 a banda adotou o definitivo: The Beatles.
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Em ascensão então sem precedentes, eles conquistaram Liverpool em 62, a Inglaterra em 63 e os Estados Unidos e o mundo em 64, o ano da beatlemania. Após serem apresentados à maconha por ninguém menos que Bob Dylan, em meados da década, o quarteto deu uma guinada em sua carreira, se afastando das canções pop e ambicionando algo mais maduro.
Ao abandonar os shows ao vivo em 1966 — que, cada vez mais caóticos, chegaram a colocar a vida de seus membros em risco —, os Beatles puderam se dedicar integralmente às gravações. Com álbuns como "Revolver" (1966) e "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" (1967), eles atingiram seu auge criativo abusando de instrumentos exóticos, experimentações sonoras e inovadoras técnicas de gravação. Não é por acaso que o "Sgt. Pepper's…" está entre os álbuns mais vendidos de todos os tempos.
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Com o "White Album" (1968), por outro lado, eles já davam sinais de crescerem em direções diferentes, perdendo a unidade e coesão. A partir dali, cada vez mais a banda ficou pequena para os quatro. Insatisfeitos, para poderem fazer o que realmente queriam, tiveram que seguir caminhos separados após a gravação de "Abbey Road" (1969). O "Let It Be" (1970) já foi lançado como um trabalho póstumo.
Apesar de ter encerrado sua trajetória há mais de meio século, os Beatles seguem conquistando a novas gerações, e até hoje permanecem entre os nomes mais populares da música.
Prova disso foi o lançamento, em 2021, de The Beatles: Get Back — um dos documentários musicais mais importantes dos últimos tempos. Série lançada pela Disney+, teve produção e direção do lendário Peter Jackson (da trilogia Senhor dos Anéis).
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