5 discos de heavy metal com capas um tanto quanto estranhas
Por Mateus Ribeiro
Postado em 24 de agosto de 2025
O heavy metal é conhecido por sua sonoridade intensa, letras densas e, claro, uma identidade visual marcante. Entre obras icônicas e artes sombrias, há aquelas que nos fazem parar, olhar duas vezes e perguntar: "quem achou que isso era uma boa ideia?".
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Mas calma: arte é subjetiva. O que parece bizarro para uns pode soar genial para outros — ou, no mínimo, render boas risadas e uma conversa animada no boteco. Seja como for, algumas capas de álbuns de metal ultrapassam o excêntrico e entram no território do inexplicável.

Pensando nisso, listamos cinco discos com artes que transitam entre o estranho, o improvisado e o completamente incompreensível. Separe alguns minutos do seu dia e embarque nessa jornada visual nada convencional!
"Paranoid" - Black Sabbath
Lançado em setembro de 1970, "Paranoid" é o segundo álbum do Black Sabbath e um dos mais influentes da história do heavy metal. Com músicas como "War Pigs", "Iron Man" e a própria faixa-título, o disco ajudou a moldar os rumos do gênero com riffs pesadíssimos e uma atmosfera sombria inconfundível.
Porém, se o conteúdo musical é sólido como uma bigorna, o mesmo não se pode dizer da arte da capa. Um sujeito com capacete, escudo e espada aparece em trajes cintilantes, capturado em pleno movimento borrado — o que dá à cena um ar caótico e, até hoje, meio indecifrável.


O modelo em questão é Roger Brown. Para saber mais sobre essa obra de arte singular, confira a matéria de Bruce William.
"Narita" - Riot
O Riot sempre teve um histórico curioso quando se trata de capas, mas "Narita" (1979) leva essa tradição a outro patamar. O mascote da banda aparece com o corpo avermelhado, expressão enigmática e trajando algo parecido com o traje utilizado por praticantes de sumô, enquanto segura uma lança e encara o horizonte.

A cena já seria suficiente para causar estranhamento, mas o fundo leva tudo a um novo nível: um avião de guerra cruza o céu, cercado por vulcões e fumaça, compondo um cenário digno de uma colagem psicodélica feita às pressas. É estranho? Muito. Mas também é impossível de esquecer.

"Born Again" - Black Sabbath
O 11º álbum do Black Sabbath marcou a breve — e histórica — colaboração com Ian Gillan (ex-Deep Purple). Apesar da inusitada junção musical, o que realmente chama atenção em "Born Again" (1983) é sua capa, que beira o perturbador.


O famoso "bebê demônio", em um vermelho gritante, com unhas e olhos amarelos, é uma das imagens mais desconfortáveis já estampadas em um disco. Com estética gritante e grotesca, a arte é ao mesmo tempo feia e fascinante. Um ícone involuntário do "brega satânico".

"When Dream and Day Unite" - Dream Theater
Ícone do prog metal, o Dream Theater é sinônimo de musicalidade técnica e sofisticada. Justamente por isso, a capa de seu álbum de estreia, "When Dream and Day Unite" (1989), surpreende por parecer ter saído de um banco de imagens genérico — ou de um curso básico de Photoshop dos anos 1990.
A imagem mostra um homem deitado, prestes a ser marcado com o logotipo da banda, em uma cena que remete a pôsteres de filmes B de ficção científica. Apesar do título sugerir algo onírico, o resultado gráfico está mais para um pesadelo visual.


"Force of Habit" - Exodus
Finalizando a lista, "Force of Habit" (1992), do Exodus, entrega uma arte que se aproxima de uma daquelas pinturas modernas vendidas por milhões. A colagem de elementos abstratos, em um amontoado de cores e formas indecifráveis, compõe uma bagunça visual que beira o enigmático. Dependendo do humor, pode até parecer conceitual. Mas, na prática, é puro caos.


Agora que você sabe um pouco mais sobre esses discos e suas capas inusitadas, que tal curtir três faixas de cada um deles? Acesse a playlist abaixo, aumente o volume e lembre-se: nunca julgue um livro — ou um álbum — pela capa. Por mais bizarra que pareça.

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