O dia que Eddie Murphy reuniu Paul McCartney, Michael Jackson e mais por motivo bizarro
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de agosto de 2025
Em 1993, o ator e comediante Eddie Murphy lançou "Love’s Alright", seu segundo álbum de estúdio. Até aí, tudo bem: celebridades se arriscando na música não são novidade. Mas um detalhe transformou o disco em uma pérola do insólito — a faixa de abertura, "Yeah", reuniu uma superformação com alguns dos maiores nomes da música mundial, cantando praticamente uma palavra só.
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A bizarrice é tanta que chamou a atenção do jornalista Tim Coffman, do portal Far Out Magazine, que descreveu: "Como foi que Eddie Murphy, de todas as pessoas, conseguiu montar um dos maiores times musicais de todos os tempos?". E realmente: Michael Jackson, Paul McCartney, Stevie Wonder, Elton John, Janet Jackson, MC Hammer, Babyface e Barry White — todos estão lá, em coro, cantando "yeah" com a alma, enquanto Murphy solta alguns ad-libs perdidos.
Segundo Coffman, a experiência é confusa e desperdiça um potencial imenso: "Se era para soar como anjos musicais recebendo o ouvinte no paraíso, virou mais um ensaio coletivo sem direção". O jornalista aponta que o álbum inteiro tem uma pegada espiritual, falando sobre amor, paz e união. Mas colocar todos esses gigantes para cantar apenas "yeah" por quase cinco minutos parece "uma das maiores oportunidades perdidas da história da música pop", afirma. O portal Pop Culture References também contou um pouco mais a respeito.

O disco ainda conta com "Whatzupwitu", outro dueto com Michael Jackson que causou estranhamento na época. Mesmo assim, Coffman reconhece que Murphy estava tentando algo sincero: "Ele queria mostrar que era mais do que o cara de terno vermelho em Delirious fazendo piada com o Mr. T".
A comparação com o supergrupo Rockestra, de Paul McCartney, é inevitável. Mas enquanto Macca usou seus convidados para compor uma faixa instrumental poderosa, Murphy parece ter usado os ícones da música como backing vocal para um devaneio new age. "É como se ele tivesse juntado todo mundo de uma vez só no começo do disco e esvaziado o resto", resume Coffman.

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