O único motivo que fez Mark Knopfler sobreviver ao rock; "Eu teria morrido", admite
Por Bruce William
Postado em 24 de agosto de 2025
Quando o Dire Straits estourou em 1978 com "Sultans of Swing", Mark Knopfler já tinha quase 30 anos. Diferente de muitos colegas de geração, que ficaram famosos ainda adolescentes, o guitarrista e vocalista já havia vivido uma vida comum, trabalhado em diferentes empregos e aprendido na prática o que era ter uma rotina longe dos palcos. Essa bagagem, segundo ele, foi o que o manteve de pé diante das tentações e excessos do rock.
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Em entrevista ao Louder, Knopfler refletiu sobre o impacto da juventude na carreira de músicos que, de repente, se tornam deuses para multidões. "Quando você tem dezoito anos, acha que é o centro do universo. E infelizmente, sai por aí se comportando como se fosse", afirmou. Para ele, quem entra muito cedo na indústria não tem maturidade para lidar com a fama e corre sérios riscos de se perder. "Se eu tivesse 18 anos naquela época, eu teria morrido", admite.
O músico destacou que, antes da fama, já havia passado por vários empregos, algo que considera fundamental para manter os pés no chão. "Se você nunca descarregou um caminhão, nunca vai entender de fato o que é a realidade", disse. Essa experiência lhe deu não apenas disciplina, mas também a noção de como as pessoas comuns pensam e vivem. Foi esse contraste que, em sua visão, impediu que os aplausos e elogios inflassem seu ego.

Knopfler também fez uma crítica aos colegas que alcançaram o estrelato muito cedo. "Quantas pessoas que foram adoradas e endeusadas desde crianças você conhece que não se perderam? É uma lista muito curta", disse, deixando claro que, para ele, os escândalos que cercam tantos astros do rock têm menos a ver com genialidade e mais com a falta de maturidade de quem nunca experimentou a vida real antes da fama.
Ao fim, o líder do Dire Straits deixa claro que seu segredo nunca foi a autossuficiência, mas justamente o contrário: ter vivido uma vida comum antes de se tornar estrela. A lição é dura, mas simples: às vezes, a diferença entre estar vivo ou morto no rock não está na genialidade musical, mas no simples fato de ter descarregado um caminhão antes de subir ao palco.

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