Vale a pena conhecer: Dead Jungle Sledge, Oroboro e Kamposcomk
Por André Garcia
Postado em 22 de abril de 2023
O rock não morreu — ele apenas se tornou menos óbvio. Se antigamente todas as bandas do mundo eram filtradas e nos trazidas de bandeja pelas rádios ou pela MTV, com a internet a coisa mudou. Hoje, para conhecer novas bandas o ouvinte tem que ir até elas, e para isso terá que encontrá-las em meio a todas as outras disputando espaço nos algoritmos, hashtags, redes sociais e serviços de streaming — bem-vindo ao admirável mundo novo!
Para facilitar um pouco essa dura missão, aqui vão três recomendações de bandas do underground, que estão pedindo passagem e que vale a pena conhecer: Dead Jungle Sledge (São Joaquim/SC), Oroboro (Gravataí/RS) e Kamposcomk (Santo André/SP).
Dead Jungle Sledge
Formado em São Joaquim/SC em 2016, é desde então composto por Gabriel Marca (guitarra e vocal), Lucas Gomes (baixo) e Vinícius Pagnussat (bateria).
Seu som é um vigoroso e roqueiro metal, como aquele feito à maestria pelos irmãos Vinnie Paul e Dimebag no Pantera e no Damageplan. Há também um toque de Black Label Society e do Sepultura, em seus últimos trabalhos com Max Cavalera. Suas letras, em inglês, seguem a linha do Max, com críticas ácidas e contundentes às mazelas globais, consequentes de um sistema onde poucos enriquecem às custas da miséria de muitos. Indicado a quem curte um som com pegada de rock e peso de metal, como não se faz mais desde o fim dos anos 90.
Está disponível nas plataformas de streaming sua discografia, até o momento composta por seu álbum de estreia "Unmask" (2020), bem como o recém-lançado single "Irrational Beings" (2023).
Onde encontrar:
https://instagram.com/deadjunglesledgeofficial
Oroboro
Formado em Gravataí/RS em 2020, é atualmente composto por Artur Zacca (vocal), Lucas Cardoso (guitarra solo), Álan Heluany (guitarra base), Jonas Ritter (baixo) e Guilherme Xavier (bateria).
Seu som é um pop rock bem nacional e bem oitentista, na linha dos primeiros trabalhos do Barão Vermelho, com Cazuza, quando era uma espécie de Rolling Stones carioca; e também Engenheiros do Hawaii em sua fase mais "progressiva", no começo dos anos 90. Há ainda um toque de classic rock e de opera rock clássicas como "Tommy" e "Quadrophenia" (The Who) e "The Wall" (Pink Floyd). Indicado a quem curte rock progressivo não em termos de virtuosidade, mas em termos de narrativa, sutileza e profundidade emocional.
Está disponível nas plataformas de streaming sua discografia, até o momento composta pelos singles "Ordem e Progresso" (2020), "Bum!" (esse contendo três faixas), "Rádio Universo" (2021) e "Procrastinação" (2022).
Onde encontrar:
https://instagram.com/bandaoroboro
Kamposcomk
Se trata de um projeto solo (no sentido mais literal da palavra) do paulista Diogo Campos. Com dezenas de composições na manga, ele vem as tirando do papel regularmente e por conta própria.
Seu som é um intenso e versátil rock, daqueles que segue uma direção diferente a cada música, em vez de depositar todos os seus ovos em uma única cesta. Se uma faixa lembra Alice Cooper, a outra lembra Legião Urbana, e a outra lembra Green Day — o que dá coesão a sua música é a mão pesada e os timbres dramáticos de Zakk Wylde. Suas letras, em português, são recortes de desilusões e frustrações da vida: o tipo de coisa que, se não mata, fortalece. Recomendado a quem busca um rock diversificado e pesado; pesado não necessariamente em sonoridade, mas em emoções.
Está disponível nas plataformas de streaming sua discografia, até o momento composta pelos singles "Capa Preta", "Cavalo de Tróia", "Ella", "Priscilasong", "Kaebem" e "Alice Mundo Caos" (todos de 2022 exceto os dois últimos, de 2023).
Onde encontrar:
https://instagram.com/kamposcomk
Mantenha o rock vivo — valorize as bandas do underground!
Vale a Pena Conhecer
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