O baterista que Neil Peart dizia ter influenciado o rock inteiro; "Ele subiu o nível"
Por Bruce William
Postado em 26 de dezembro de 2025
Quem já tentou tocar bateria no rock em algum momento inevitavelmente cruza com Neil Peart. Não só pela técnica, mas pelo jeito quase metódico com que ele pensava em arranjo, dinâmica e "arquitetura" de música em trio, segurando a base enquanto a banda crescia por cima.
Mesmo assim, quando Peart falava de influências, ele não ficava preso ao óbvio "tocar rápido" ou "tocar forte". Ele era do tipo que prestava atenção no que vinha por trás do som: intenção rítmica, timbre, fraseado e aquela mão de jazz aplicada em música pesada.
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Em uma fala atribuída a uma entrevista de 2009, e republicada pela Far Out, ele apontou um nome específico como divisor de águas: Ginger Baker, do Cream. A ideia não era que Baker fosse o mais "certinho" ou o mais "limpo", e sim que ele abriu uma porta para o rock ser tocado com cabeça de músico de jazz.
Peart coloca isso com palavras bem objetivas: "A forma como ele tocava era revolucionária, extrovertida, primal e inventiva. Ele subiu o nível do que se esperava de um baterista de rock. Eu certamente emulei a abordagem do Ginger para o ritmo - aquele som duro, reto e percussivo dele era muito inovador."
E ele vai além do elogio ao indivíduo. O argumento é quase "efeito dominó": "Todo mundo que veio depois construiu em cima dessa base. Todo baterista de rock desde então foi influenciado de algum modo pelo Ginger - mesmo que não saiba disso."
Quando você olha para o Cream, dá para entender o que ele quer dizer sem precisar romantizar nada. Baker tinha potência, mas também tinha uma forma de distribuir acentos e variações que fugia do padrão quadrado do rock mais básico, e isso aparece tanto no solo de "Toad" quanto na forma como ele conduz músicas como "White Room" e "Sunshine of Your Love".
No fim das contas, a frase do Peart funciona menos como "lista de melhores" e mais como uma pista de bastidor: quando um baterista do calibre dele diz que alguém "levantou a barra" para todo o resto, ele está falando de fundação. O tipo de influência que passa por gerações, mesmo quando o músico nem sabe de onde veio a ideia.
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