Vale a pena conhecer: Doggbite, Cigarras e PsicosFeras
Por André Garcia
Postado em 01 de junho de 2023
O rock não morreu — ele apenas se tornou menos óbvio. Se antigamente todas as bandas do mundo eram filtradas e nos trazidas de bandeja pelas rádios ou pela MTV, com a internet a coisa mudou. Hoje, para conhecer novas bandas o ouvinte tem que ir até elas, e para isso terá que encontrá-las em meio a todas as outras disputando espaço nos algoritmos, hashtags, redes sociais e serviços de streaming — bem-vindo ao admirável mundo novo!
Para facilitar um pouco essa dura missão, aqui vão três recomendações de bandas do underground (nacional ou não) que estão pedindo passagem e que vale a pena conhecer: Doggbite, Cigarras e PsicosFeras.
Doggbite
Formado em 2021 por membros de diferentes lugares do Espírito Santo, é atualmente composto por Ronaldo Augustos (vocal), Fernando Barbosa (guitarra), Luan Albani (baixo) e Ariel Miranda (bateria).
Seu som é um hardcore com um pé no clássico do Biohazard e outro na pegada roqueira do Downset. Trilha sonora de roda punk, é inspirado também em veteranos do underground nacional (como Confronto e Norte Cartel) sem abrir a mão das melodias vocais, apesar do vocal berrado. Suas letras, em português, são protestos contra as desigualdades, exclusões e injustiças do sistema, da perspectiva suburbana. Indicado tanto a quem já curte hardcore e está em busca de algo novo, quanto a quem quer começar a ouvir o gênero, e não sabe por onde começar.
Está disponível nas plataformas de streaming seu álbum de estreia, o EP "Cães de Rua" (2023). É composto por quatro faixas que somam 12 minutos de bateção de cabeça, porrada, e breakdown.
Onde encontrar:
https://onerpm.link/137732843867
Cigarras
Formado em Curitiba/PR em 2017, é atualmente composto por Maria Paraguaya (guitarra e vocal), Taís D'Albuquerque (guitarra e backing vocal), Rubia Oliveira (baixo e backing vocal) e Babi Age (bateria).
Seu som é um punk rock de referências excêntricas: o lado power pop do Ramones com ska roqueiro do The Clash e o psychobilly do The Cramps. Há ainda um sutil toque de pop sessentista que permeia as músicas. Suas letras, em português, esbanjam irreverência ao abordar coisas do cotidiano; com ocasionais farpas sociais. Indicado a quem curte um punk rock despojado com um pé no new wave e que foge do normal como o diabo corre da cruz.
Está disponível nas plataformas de streaming sua discografia, até o momento composta pelos EPs "Alma de Nóia" (2018) e "Cigarras"; bem como os singles "Delinquentes" (2018), "Franco Atirador" (2019), "Paranóia de Fumo", "Etnocídio (ambos de 2020), "Ojos Rojos" (2021) e "Desordeiras" (2022).
Onde encontrar:
https://instagram.com/bandacigarras
PsicosFeras
Formado em 2021, não possui uma formação por ser uma não-banda. Em vez disso, é idealizada por Fabrício Oliveira e viabilizada com o apoio de músicos convidados.
Seu som é um técnico rock progressivo pé no chão, sem pirotecnia, inspirado em Rush, Pink Floyd, King Crimson e Mr. Big. Em suas faixas instrumentais, está mais para os principais trabalhos solo de Joe Satriani do que para os excessos virtuosos de Yngwie Malmsteen. Na faixa que possui vocal, tem letra em português cantada no estilo de King Crimson e de clássicos do progressivo nacional, como Casa das Máquinas e Mutantes (sem Rita Lee). Indicado como introdução a quem quer ouvir rock progressivo ou instrumental, e não sabe por onde começar — ou se sente afastado pelo excesso de virtuosidade ou solos intermináveis.
Está disponível nas plataformas de streaming sua discografia, até o momento composta pelo EP instrumental "Suarabácti" (2023), e o single cantado "Dionisíaca" (2022).
Onde encontrar:
https://instagram.com/psicos.feras
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Vale a Pena Conhecer
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