Ne Obliviscaris: Coerência e versatilidade em Urn
Resenha - Urn - Ne Obliviscaris
Por Marcondes Pereira
Postado em 18 de agosto de 2018
Nota: 10
"Urn" (2017) é um álbum que possui menos de cinquenta minutos de duração distribuídos em seis faixas, no qual, os australianos do Ne Obliviscaris demonstram uma musicalidade viajante e feita com muita habilidade, que provavelmente cativará ainda mais os fás antigos e trará novos apreciadores de uma sonoridade progressiva, erudita e extrema.
De modo parecido ao que ocorre com os alemães da banda Haggard, a sonoridade do Ne Obliviscaris consegue fazer soar coerente a união de fúria, sofisticação e arranjos encantadores, sem que os elementos metal (Vocais guturais, levadas rápidas, pesadas de bateria e guitarras bem audíveis) fiquem ofuscados ou descontextualizados.
A qualidade de gravação do álbum é muito boa, o que permite perceber os detalhes inseridos em cada faixa, e os músicos conseguem demonstrar sua técnica sem cair no onanismo virtuoso, algo tão comum em bandas de Metal Progressivo bem como de Death Metal com elementos Prog.
Congratulações ao vocalista e violinista Tim Charles que demonstra primor tanto nos arranjos de violino, quanto na sua interpretação lírica.
Qualquer faixa poderia ser recomendada, todavia a extensa "Eyrie" em seus pouco mais de dez minutos de duração oferece uma bela prova da capacidade do Ne Obliviscaris de ser experimental, sem fazer de tantos elementos misturados uma salada musical indigesta.
Ne Obliviscaris – Urn.
2017/ Season Of Mist
Faixas:
1) Libera (Part I) – Saturnine Spheres
2) Libera (Part II) – Ascent of Burning Moths
3) Intra Venus
4) Eyrie
5) Urn (Part I) – And Within the Void we Are Breathless
6) Urn (Part II) – As Embers Dance in Our Eyes
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