Fresno: mostrando que é capaz de surpreender
Resenha - Infinito - Fresno
Por Lucas Matos
Postado em 01 de novembro de 2012
Nota: 9 ![]()
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Um post sobre a banda Fresno no Whiplash. Já vamos prever o que vai acontecer: alguns dislikes e a eterna guerra dos true metal ignorantes contra os ouvintes de mente aberta discutindo se a banda é ruim ou não. Gostaria de propor o seguinte: que tal se dessa vez, mas só dessa vez, a gente não transformasse isso num circo ridículo? Você não gosta dos caras? Ótimo. Feche a matéria e vá pra página do Manowar, ou qualquer que seja a sua banda preferida. Vamos agir como pessoas de bom senso, como um site de notícias deve ser, e não como doentes mentais. Dado esse recado, vamos ao que interessa.
NOTA DO EDITOR: Ouça, no final da resenha, todas as músicas do álbum.
A banda Fresno ficou conhecida no Brasil por ser taxada de 'emo' e ter uma legião de fãs adolescentes e fiéis a banda até o último minuto. Ao longo dos discos que a banda foi lançando, ficou clara a evolução do som e da postura. Hoje, consolidada, passou por algumas dificuldades nos últimos tempos. A primeira foi a conturbada saída da gravadora Universal, provocando a ira e a inveja do ex-produtor Rick Bonadio, que até soltar notas falando mal da banda na mídia, soltou. A banda decidiu se tornar independente. A segunda e maior delas, a saída do baixista Rodrigo Tavares, que era um dos compositores e referência pros fãs da banda.
Tudo parecia ir por água abaixo, mas o grupo de Porto Alegre pareceu superar isso com tranquilidade, a prova maior disso é o seu mais novo trabalho, lançado ontem, intitulado 'Infinito'. O marketing para esse disco foi forte, começando com um clipe de excelente produção para a faixa-título, além da divulgação em programas de rádio e TV, o que para uma banda independente, é um verdadeiro mérito. Sonoramente, o disco surpreende pela maestria e excelente cuidado com os arranjos (muitas vezes acompanhados de orquestra) e com nível técnico que deixa algumas bandas consagradas no chinelo.
O disco abre com a porradaria 'Homem Ao Mar', um groove forte de guitarras, bateria e baixo, acompanhados das cordas, já dando de cara que o nível musical do disco é altíssimo. O peso ainda dá as caras em 'Cativeiro', 'Diga (Parte 2)' e 'Seis'. O pop rock ainda está ali, em faixas como 'Sobreviver e Acreditar' e a própria faixa-título, primeiro single do trabalho.
As surpresas ficam por conta das baladas 'O Resto é Nada Mais' e 'Vida (Biografia em Ré Bemol)', ambas com belos arranjos de piano e cordas, com andamentos que beiram levemente o progressivo (a última chega aos 7 minutos), e também pela descaradamente influenciada por post-rock 'Sutjeska', vinheta que prepara terreno para a linda 'Farol'.
Todos os membros da banda estão com excelentes performances, inclusive o vocalista Lucas Silveira. Mas quero chamar a atenção para o tecladista Mario Camelo, membro mais recente, que se mostrou um cara extremamente criativo em todos os seus arranjos. Com certeza, o resultado final do CD não seria o mesmo sem ele.
Fresno cresceu, avançou de nível, e eu te convido a deixar o preconceito de lado e conferir esse disco. Mesmo que você não goste da banda, com certeza vai olhar os 'garotos da geração emocore' com outros olhos após ouvir.
1 - Homem Ao Mar
2 - Infinito
3 - Maior Que As Muralhas
4 - O Resto é Nada Mais (O Sonho de um Visconde)
5 - Diga (Parte 2)
6 - Seis
7 - Cativeiro (Ana Cruse)
8 - Sobreviver e Acreditar
9 - Sutjeska
10 - Farol
11 - Vida (Biografia em Ré Bemol)
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