A banda dos anos 1990 que reinventou o metal duas vezes, segundo o Ultimate Guitar
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de junho de 2025
Em artigo publicado no Ultimate Guitar, o jornalista JorgeM93 afirma que o Paradise Lost é uma das poucas bandas que moldaram o metal duas vezes ao longo da carreira e ainda seguem relevantes quase 40 anos depois. "Poucos artistas podem dizer que influenciaram uma cena inteira não uma, mas duas vezes", escreveu ele.
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Formado em 1988, o grupo britânico é considerado um dos pilares do death-doom e do gothic metal. Sua trajetória é marcada por fases distintas — e ousadas. Após o impacto duradouro de "Draconian Times" (1995), obra que consolidou o metal gótico, o grupo surpreendeu mais uma vez duas décadas depois com "The Plague Within" (2015), álbum que trouxe "a fusão mais bem-sucedida entre o peso do início e a melodia do meio da carreira".
A banda começou explorando o doom arrastado e os vocais guturais típicos do death metal, como explicou JorgeM93: "Eles foram responsáveis por trazer o gothic metal e o death-doom para o centro das atenções, dois subgêneros caracterizados por atmosferas sombrias e um apelo dramático".

Nos anos seguintes, flertaram com o eletrônico e o darkwave, inspirados pelo Depeche Mode. O sucesso de "One Second" (1997) os levou para uma grande gravadora, mas álbuns como "Host" (1999) e "Believe in Nothing" (2001) dividiram fãs. Mesmo assim, a banda continuou a experimentar e, já em "Tragic Idol" (2012), retomava as raízes góticas.
Em 2015, veio a virada definitiva. "Paradise Lost entregou The Plague Within, que muitos fãs consideram sua obra mais forte desde os tempos áureos do gothic metal", escreveu o jornalista. A obra trouxe de volta os guturais de Nick Holmes, os riffs densos e arranjos sombrios, mas com a maturidade acumulada ao longo de décadas.
Faixas como Terminal, "Flesh from Bone" e "An Eternity of Lies" exemplificam essa combinação. "É muito mais do que um exercício de nostalgia", afirma JorgeM93. "Coloca o estilo inicial da banda lado a lado com melodias cativantes e uma sensibilidade pop moderna."

O álbum foi aclamado pela crítica e abraçado pelos fãs como um recomeço — ou, como definiu o autor, "um catalisador da segunda era de ouro da banda".
Nos anos seguintes, Paradise Lost seguiu explorando novas nuances com os discos "Medusa" (2017) e "Obsidian" (2020), reforçando sua presença como força criativa e não apenas uma banda de legado. "Eles podem ser teimosos e até frustrantes às vezes, mas continuam indispensáveis", conclui o jornalista.
Com novas músicas em preparação, o Paradise Lost se mantém como referência viva do metal sombrio — e com potencial para surpreender mais uma vez.

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