Dynazty: Um chute na porta com estilo e precisão
Resenha - Game Of Faces - Dynazty
Por André Luiz Paiz
Postado em 19 de junho de 2025
O Dynazty retorna com força total em seu novo trabalho, "Game Of Faces", e prova mais uma vez por que é uma das bandas mais consistentes do power metal moderno. Mesmo sem reinventar a roda, os suecos não dão nenhum passo atrás: o álbum é uma celebração de tudo o que eles fazem de melhor – refrãos grandiosos, riffs cortantes e uma produção afiada. A própria banda assina a produção do disco, lançado no Brasil pela Shinigami Records com um excelente trabalho gráfico, enquanto internacionalmente estão sob o guarda-chuva da Nuclear Blast.

Logo de cara, "Call Of The Night" abre o álbum com um verdadeiro chute na porta. Uma introdução misteriosa prepara o terreno para uma explosão sonora rica, poderosa e contagiante – um hino instantâneo. A faixa-título, "Game Of Faces", surge como um dos maiores destaques do disco, com seu refrão marcante e tema lírico intrigante sobre confiança e dissimulação, conduzido por uma melodia vibrante. "Devilry of Ecstasy" fecha a trinca inicial com maestria, mantendo o nível altíssimo e oferecendo uma das performances vocais mais intensas de Nils Molin.
Apesar de a fórmula da banda estar mais evidente neste trabalho, o que o torna mais previsível em alguns momentos, a qualidade nunca cai. O que falta em ousadia, sobra em energia, coesão e identidade. Faixas como "Dark Angel", com sua melodia crescente e refrão veloz e melódico, e "Phoenix", carregada de emoção e com solos de guitarra incendiários, são exemplos de como o Dynazty consegue manter o ouvinte envolvido mesmo sem grandes surpresas.
Entre os momentos mais emotivos está "Dream Of Spring", a balada do álbum. Aqui, Nils brilha de forma singular, entregando uma performance vocal repleta de sentimento sobre uma base instrumental delicada e climática. É um momento que mostra o lado mais introspectivo da banda sem perder a intensidade.
A formação da banda segue afiada: Nils Molin (vocais), Love Magnusson e Mike Lavér (guitarras), Jonathan Olsson (baixo) e George Egg (bateria). Não houve grandes mudanças desde os álbuns anteriores, o que reforça a coesão e maturidade do grupo. O entrosamento é evidente, e cada músico tem seu espaço para brilhar, especialmente nas passagens instrumentais e nos arranjos vocais ricos e harmoniosos.
"Game Of Faces" é, acima de tudo, um disco seguro e eletrizante. Ele mostra uma banda em plena forma, que sabe exatamente o que quer entregar: músicas cativantes, com pegada e apelo melódico. Não é revolucionário, mas é poderoso. Uma adição sólida à discografia do Dynazty – feita para fãs antigos e novos, com refrãos que pedem coros ao vivo e energia para levantar qualquer plateia.
Track listing:
01. Call of the Night
02. Game of Faces
03. Devilry of Ecstasy
04. Die to Survive
05. Fire to Fight
06. Dark Angel
07. Fortune Favors the Brave
08. Sole Survivor
09. Phoenix
10. Dream of Spring
11. Mystery
Banda:
Nils Molin – vocals,
Love Magnusson – guitar, keyboard
Mike Lavér – guitars,
Jonathan Olsson – bass
Georg Härnsten Egg – drums
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A banda de rock favorita do Regis Tadeu; "não tem nenhuma música ruim"
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
O álbum do Led que realizou um sonho de Jimmy Page; "som pesado, mas ao mesmo tempo contido"
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
O baterista que Neil Peart dizia ter influenciado o rock inteiro; "Ele subiu o nível"
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
Morre o técnico de som "Macarrão", que trabalhou com Raimundos, Sepultura, Mamonas e outros
John Petrucci destaca influência de Maiden e Metallica na relação do Dream Theater com os fãs
Loudwire elege os 11 melhores álbuns de thrash metal de 2025
A cantora que fez Jimmy Page e Robert Plant falarem a mesma língua

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


