Angra: Temos o mais novo marco da banda
Resenha - Ømni - Angra
Por Renan Soares
Postado em 21 de fevereiro de 2018
Nota: 9
Após o italiano Fabio Lione ter provado ser um vocalista a altura para os microfones do Angra no disco Secret Garden, de 2015, os fãs das bandas aguardaram ansiosamente pelo lançamento do Omni.
O novo trabalho leva em suas letras uma temática com conceitos de caráter mais filosóficos, se baseando bastante no conhecido mito da caverna de Platão. O Omni também é o primeiro disco da banda com o Marcelo Barbosa na guitarra, que vem substituindo Kiko Loureiro enquanto o mesmo tem se dedicado ao Megadeth.
O álbum mal foi lançado e já está dando o que falar, as duas primeiras faixas liberadas (e também as duas que abrem o disco) "Light Of Transcendence" e "Travelers of Time" mostraram aquela sonoridade que todos esperam e amam da banda, um power metal pesado, rápido e mostrando toda a potência vocal do Fabio Lione.
Outras faixas que destaco são as "Caveman" e "War Horns", a primeira por abordar de forma mais abrangente o mito da caverna de Platão, tendo inclusive trechos cantados em português, que me fez relembrar um pouco a sonoridade da época do Rebirth. A "War Horns" foi a única faixa com a presença do Kiko Loureiro nas guitarras, sendo também outra música muito boa no disco.
Em "The Bottom of My Soul", o Rafael Bittencourt mostra mais uma vez (assim como já mostrou em algumas faixas do Secret Garden), que além de um ótimo guitarrista, também tem uma boa voz para o vocal. E nessa música em específico, se me permitem o trocadilho, ele tirou todo o sentimento "do fundo da sua alma" e externou na canção.
Mas claro, o destaque principal vai para a música "Black Widow’s Web", canção que contou com a participação da cantora Sandy e da Alissa White-Gluz, vocalista do Arch Enemy.
Claro, muitos estranharam e questionaram a presença da Sandy na música, afinal, como encaixariam a voz "angelical" dela em uma música de metal? Bom, isso foi possível simplesmente não a colocando para cantar trechos mais pesados, tendo então ela cantado apenas na intro e no final da música com um fundo calmo de piano, nada que estivesse fora da realidade dela.
Por isso, prefiro muitos mais destacar a participação da Alissa White-Gluz com seus fortes guturais, fazendo contraponto ao vocal limpo do Lione (uma combinação que para mim sempre dá certo). No mais, por mais que muitos estranhassem, a junção dessas três vozes resultou simplesmente na melhor faixa do Omni (e sim, é bom eles começarem a treinar o gutural pra tocar essa nos shows ha ha).
Os destaques negativos ficam com as duas músicas que encerram o trabalho, a "Omni – Silence Inside" e "Omni – Infinite Nothing". A primeira, por ser uma música mais calma e muito longa, acabou sendo muito cansativa, e a segunda, que é completamente instrumental, na minha opinião seria facilmente descartada, pois, se me permitem mais uma vez o trocadilho, a impressão que tenho ao ouvi-la é de estar ouvindo um "nada infinito" (mesmo isso tendo sido provavelmente proposital).
No mais, o Angra nos entregou mais uma vez um álbum espetacular, provando mais uma vez que a escolha do Lione para os vocais após a saída do Edu Falaschi foi uma das melhores decisões tomadas pelo grupo. Aliás, podemos dizer que o Omni é o melhor disco do Angra desde o Temple of Shadows, e será possivelmente, um dos principais marcos dessa terceira fase na carreira da banda.
TRACKLIST:
01 Light of Transcendence
02 Travalers of Time
03 Black Widow’s Web
04 Insania
05 The Bottom of My Soul
06 War Horn
07 Caveman
08 Magic Mirrors
09 Always More
10 Omni – Silence Inside
11 Omni – Infinite Nothing
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