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Angra: Lançamento competente com sonoridade agradável

Resenha - Ømni - Angra

Por Rodrigo Contrera
Postado em 18 de fevereiro de 2018

No conjunto de prédios em que moro, existe um jovem com uns 20 e poucos anos que quase sempre está com camisetas pretas e de vez em quando está lendo livros num ambiente público, sem se entrosar com mais ninguém. O garoto em questão usa uns cabelos longos e parece bastante atento ao ambiente de gente de sua idade, com seus imaginários e suas histórias características.

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Não sei por que razão, lembrei-me desse garoto ao ouvir o último CD do Angra, disponível por Spotify, sem contudo me ater demasiadamente às letras e mensagens do CD. Sei que o CD é temático, quase uma ópera-rock, e vim saber do universo abordado pelo CD por meio do próprio Rafael Bittencourt, guitarrista da banda e único membro da formação original, que procurava gente para fazer conteúdo a respeito dele. Como sou conteudista, trocamos algumas figurinhas.

Acompanho o Angra à distância, desde que a banda surgiu, há mais de 26 anos. Não tenho nenhum CD da banda, e não conheço nenhum hit dela. Seu estilo me atrai um pouco, mas nem tanto, e a estética sempre me pareceu algo bastante deslocado de mim enquanto consumidor, na medida em que tenho 50 anos, acompanhei a NWOBHM desde o começo, e tenho um gosto bastante eclético. A figura do Angra que sempre me chamou mais atenção foi o Kiko Loureiro, agora no Megadeth.

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Sem querer entrar muito no quesito gosto estético, o Angra faz um heavy metal melódico bastante competente desde que surgiu, e neste caso não é diferente. A gente consegue ouvir Omni com bastante facilidade, sem ficar chateado em quase nenhum momento, e percebendo as diferenças entre as faixas, sem contudo nos focarmos em uma em especial. Lembro-me bem de que, após ouvir o CD de uma só vez, a sonoridade do vocal principal ficou ressoando em mim, e algumas impressões sobre as faixas me deixaram com bastante bom humor.

O público do Angra parece ser esse mesmo do garoto citado acima. Um público com ouvido bastante treinado, que escolheu o heavy metal melódico como predileção auditiva, que gosta de títulos mais ou menos pretensiosos, e que é meio "cabeça". Gente que gosta de pensar um pouco, de avançar em tramas que precise decifrar, e que gosta de enigmas. O Omni é meio isso mesmo. Um CD com uma mensagem e repleto de enigmas e conexões a fazer. As faixas são bastante diferentes umas das outras, há ritmos interessantes aqui e acolá, as baladas são gostosas de ouvir (não sei se de cantar), e ao final o encerramento sinfônico dá uma impressão de grandeza bem interessante.

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Não entrando muito no mérito de cada faixa, uma por uma, o CD em si agrada bastante, e se eu fosse tão ligado a esse heavy metal e a essa temática, com certeza cogitaria em comprá-lo. Por outro lado, ouvindo-o no Spotify, tenho vontade de retomá-lo e até mesmo de pesquisar nas letras, que parecem se referir ao mito da Caverna de Platão. Como sou formado em Filosofia, isso é mais um motivo para avançar mais no CD. Em outra resenha, irei avançar em cada faixa, assim como irei usar outra para falar da letra. Assisti uma entrevista dos membros da banda, e também o jeito de cada um é algo que posso vir a comentar futuramente.

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Fazia tempo que não ouvia um CD inteiro, temático, de uma banda brasileira (mesmo falando em inglês), que me agradasse tanto. Por outro lado, é preciso tempo e bastante disposição para transformar o CD em fixação. Meu gosto musical hoje é mais diverso, e também sou atraído por sonoridades menos facilmente identificáveis, o que me afasta do público-alvo da banda. Mas isso não quer dizer que não tenha gostado. Achei legal.

Aqui o pessoal dá nota, então eu dou um 8,5 ao CD, que não engana em nenhum momento e que não faz a gente querer parar de ouvi-lo. Só daria para esperar algo mais surpreendente, quem sabe. Mas quem sou eu para falar?

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Sobre Rodrigo Contrera

Rodrigo Contrera, 48 anos, separado, é jornalista, estudioso de política, Filosofia, rock e religião, sendo formado em Jornalismo, Filosofia e com pós (sem defesa de tese) em Ciência Política. Nasceu no Chile, viu o golpe de 1973, começou a gostar realmente de rock e de heavy metal com o Iron Maiden, e hoje tem um gosto bastante eclético e mutante. Gosta mais de ouvir do que de falar, mas escreve muito - para se comunicar. A maioria dos seus textos no Whiplash são convites disfarçados para ler as histórias de outros fãs, assim como para ter acesso a viagens internas nesse universo chamado rock. Gosta muito ainda do Iron Maiden, mas suas preferências são o rock instrumental, o Motörhead, e coisas velhas-novas. Tem autorização do filho do Lemmy para "tocar" uma peça com base em sua autobiografia, e está aos poucos levando o projeto adiante.
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