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O rock de Brasília em estudo da UNB

Por Eladio Palencia
Fonte: Site da UNB
Postado em 09 de maio de 2006

Estudo feito na UnB aponta mudanças nas músicas criadas sobre a capital federal. De um lugar de sonhos ao tédio

A percepção dos moradores sobre o lugar onde vivem não costuma ficar registrada nos livros de História. Para conhecê-la, muitas vezes é necessário investigar as letras das músicas. Como esse objetivo, o sociólogo Eladio Palencia estuda desde 1997 as canções que falam da capital. O tema foi diretamente tratado por ele no mestrado em Sociologia na Universidade de Brasília (UnB) e abordado em novas pesquisas durante o doutorado finalizado em janeiro de 2006, no mesmo departamento.

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"A capital cantada nas músicas sofreu modificações que podem ser enquadradas em dois grandes esquemas: em primeiro lugar, uma Brasília menos diferenciada e de maior consenso, dá lugar a uma Brasília de maior complexidade e diferenciação. E, em segundo lugar, uma cidade encantada transfigura-se numa Brasília sem aura ou desmitificada", conta Palencia, venezuelano e pianista há quase 20 anos, que vive no Distrito Federal.

Nos estudos, ele identificou ao longo da história três gêneros de composição musical sobre a cidade: Brasília Mítica, Brasília Épica e Brasília Sem Aura. O primeiro deles remete aos anos em que a cidade estava sendo projetada e começava a sair do papel. A canção símbolo dessa época seria Brasília - Sinfonia da Alvorada, poema sinfônico que Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim criaram para a inauguração de Brasília, a pedido do presidente Juscelino Kubitschek.

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"Obviamente, a inauguração da nova capital era um acontecimento que não podia ser experimentado de qualquer maneira pelo mundo nem pelo povo brasileiro", lembra o pesquisador. Segundo ele, a Sinfonia da Alvorada, assim como outras composições, não só fala de Brasília como também expressa em sons organizados e executados por um conjunto de pessoas um imaginário poético-sonoro da cidade. "A sinfonia nos situa miraculosamente na paisagem anterior à construção de Brasília. E culmina com as promessas de utopia, com frases míticas e de esperança. O mito da salvação humana é reatualizado."

EXALTAÇÃO – O segundo gênero de composição sobre a capital foi nomeado por Eladio Palencia como aquele relacionado à Brasília Épica, típico dos primeiros anos da cidade. Em hinos, marchinhas e sambas, Brasília é retratada com exaltação, seguindo o espírito nacionalista da época. "As canções falam de esperança e fé no futuro do Brasil", conta Palencia. Entre as composições musicais símbolo desta época estaria o hino não-oficial da cidade, Brasília capital da Esperança, composto por Simão Neto e pelo Capitão Furtado.

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O sociólogo ainda destaca como representantes da fase épica composições sobre a natureza exuberante da região. Entre elas, a marchinha de Cid Magalhães, intitulada Brasília, Cidade Céu. Os versos da letra dizem Linda capital da paz/ Céu, sempre céu, noites prateadas/Dias de sol, tardes douradas. Outra canção que segue essa linha seria Brasília, Poema de amor , a letra diz: As tuas lindas manhãs/ Dão saúde e um novo ar.../Tudo é vida, Esta terra é um convite eterno a amar...

"Composta por Paulo Burgos e Maria Valéria para o primeiro aniversário da cidade, Brasília, Poema de amor foi executada no Brasília Palace e dançada pelo presidente Juscelino Kubitschek e Dona Sarah à meia-noite do dia 21 de abril de 1961", revela Eladio Palencia.

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TÉDIO – A partir da década de 70, no entanto, Brasília passa a ser retratada sem tantos idealismos e exaltações. Os primeiros jovens da cidade sentem a necessidade de expressar o desentendimento com a utopia da cidade modernista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. A insatisfação com a capital abre espaço para o terceiro gênero musical identificado pelo sociólogo durante as pesquisas realizadas na UnB: a Brasília sem Aura.

"Ela surge junto ao movimento punk internacional e dele herda a agressividade poético-sonora, marcando a era da ruptura e do desencantamento com a capital da esperança", conta Eladio Palencia. As composições de Renato Russo estão entre os destaques desse gênero. Na maior parte delas, não faz referências diretas à Brasília.

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No entanto, em entrevistas dadas posteriormente, o líder da Legião Urbana deixa claro que a cidade foi o seu referencial para falar da opressão e tédio nas metrópoles. Mais explícita, a banda Plebe Rude critica a capital na música Brasília. Como mostra o refrão Utopia na mente de alguns, utopia na mente de alguns, o concreto já rachou, o concreto já rachou.

O trabalho do compositor Renato Matos também é citado por Palencia como referência para o gênero que desconstrói Brasília. Ele seria um dos primeiros a falar sobre a discriminação na cidade, com Telefone É Muito Pouco . A música diz: Um telefone é muito pouco/ Pra quem ama como um louco/E mora no Plano Piloto/Se a garota que o cara ama/ Tá pra lá do Gama/Mata de desgosto/E ele fica dentro do pijama/Em cima da cama comendo biscoito.

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"Os anos noventa são o limiar de uma nova transformação na maneira como os compositores assumem o espaço urbano. Ainda não estão bem definidos os cânones que guiaram as novas composições", destaca o pesquisador venezuelano. Para Eladio Palencia, o Plano Piloto passou a ser descrito sem muita preocupação com o conteúdo ideológico e despolitizadas. Exemplo disso são as canções do grupo de reggae Natiruts, como Surfista do Lago Paranoá. No oposto, segundo ele, estariam os grupos de rap da Ceilândia, com composições mais críticas sobre a capital.

Brasília Mítica

Trecho de Brasília, Sinfonia da Alvorada, de Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim.

TERRA DE SOL
TERRA DE LUZ
TERRA QUE GUARDA NO CÉU
A BRILHAR O SINAL DE UMA CRUZ
TERRA DE LUZ
TERRA-ESPERANÇA, PROMESSA
DE UM MUNDO DE PAZ E DE AMOR
TERRA DE IRMÃOS
Ó ALMA BRASILEIRA
ALMA BRASILEIRA
TERRA-POESIA DE CANÇÕES E DE PERDÃO
TERRA QUE UM DIA ENCONTROU SEU CORAÇÃO
BRASIL BRASIL

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Brasília Épica

Trecho de Brasília, Capital da Esperança, de Simão Neto e capitão Furtado.

Em meio à terra virgem desbravada
Na mais esplendorosa alvorada
Feliz como sorriso de criança
O sonho transformou-se em realidade
Surgiu a mais fantástica cidade;
"Brasília, capital da Esperança"
Desperta o gigante brasileiro
Desperta e proclama ao mundo inteiro
Num brado de orgulho e confiança
nasceu a linda Brasília, a capital da esperança.

Brasília Sem Aura

Trecho de Tédio, de Renato Russo (Legião Urbana)

Moramos na cidade, também o presidente;
E todos vão fingindo viver decentemente;
Só que eu não pretendo ser tão decadente não,
Tédio com um T bem grande pr'a você...
Andar a pé na chuva, às vezes eu me amarro;
Não tenho gasolina, também não tenho carro,
também não tenho nada interessante p’ra fazer.
Tédio com um T bem grande pr'a você...
Se eu não faço nada, não fico satisfeito,
Eu durmo o dia inteiro, e aí não é direito,
Porque quando escurece só estou afim de aprontar.
Tédio com...
Escute aqui

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