Mark Knopfler revela o guitarrista que ele sempre almejou ser; "Era tudo o que eu queria"
Por Bruce William
Postado em 11 de julho de 2025
Mark Knopfler criou um estilo tão próprio que parece ter surgido deslocado do tempo. Sua técnica sem palheta, baseada no dedilhado e na precisão melódica, acabou se tornando sua marca registrada. Mas, no começo da carreira, ele só queria soar como outro guitarrista, e não era alguém exatamente contido em suas performances.
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"Eu só queria ser B.B. King ou Jimi Hendrix. Eu amava os dois", disse em conversa com a Music Radar, resgatada pela Far Out. "Naquela época, eu tocava com palheta o tempo todo, na guitarra elétrica. Estava aprendendo a dedilhar com os dedos, mas tudo o que eu queria era isso. Eu ficava tocando 'Voodoo Child', 'Purple Haze', 'Hey Joe'...".
O impacto de Hendrix nos guitarristas de sua geração foi imenso. Muitos tentaram copiá-lo nos palcos, nos efeitos, no visual. Mas Knopfler se concentrou na música. E ao lado de B.B. King, ele encontrou o equilíbrio entre lirismo, sutileza e intensidade - valores que ele levaria para seus próprios solos anos depois, especialmente em músicas como "Sultans of Swing".

A verdade é que, mesmo sem soar como seus ídolos, Knopfler absorveu suas lições de forma idiossincrática. De King, veio o uso econômico e emocional das notas. De Hendrix, a liberdade criativa. O solo de "Sultans of Swing", por exemplo, começa como uma melodia cuidadosa e termina com frases rápidas e expressivas, que lembram a fluidez do mestre do psicodelismo.
No fim das contas, Knopfler não se tornou nenhum dos dois. E ainda bem que isso não aconteceu. Ele construiu uma sonoridade única, respeitada por músicos e que gerou fãs em todo o mundo. Mas é bom lembrar que, antes disso, também teve sua fase adolescente tocando "Purple Haze" no quarto, como tantos outros.

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