John Corabi: Ele teoriza que governos sabiam do surto de coronavírus há 1 ano
Por Igor Miranda
Fonte: Twitter
Postado em 09 de março de 2020
O vocalista John Corabi, ex-Mötley Crüe e The Dead Daisies, chamou atenção ao publicar uma teoria no Twitter a respeito do atual surto do Covid-19. O novo tipo de coronavírus conta com milhares de casos ao redor do mundo.
Em sua suposição, Corabi alega que o Covid-19 já era conhecido da população. Porém, ao que tudo indica, ele fez uma confusão ao considerar que só existe um tipo de coronavírus - o do surto atual.
Em seu perfil na rede social, Corabi publicou uma foto de um Clorox, marca de lenços desinfetantes, que ele adquiriu há um ano. O rótulo diz que o produto é eficiente contra "coronavírus humano", além do vírus influenza A2.
"Tenho uma pergunta... se o coronavírus só está se tornando uma realidade global agora, como eu tenho uma embalagem de Clorox comprada há um ano que claramente diz que mata o coronavírus? Por quanto tempo o governo sabe desse vírus? Apenas um pensamento. Algo está fora aqui", afirmou ele.
Prontamente, diversos internautas avisaram John Corabi que coronavírus é, na verdade, um grupo de vírus e que o surto atual é do Covid-19, um novo tipo. Inclusive, outros surtos ocorreram em 2002 (causado pelo SARS-CoV), 2012 (versão diferente do SARS-CoV) e 2015 (MERS).
Sites de checagem de informação, como o FatCheck.org, também descartaram o rumor de que o novo coronavírus já fosse conhecido, reforçando que há diversos tipos de coronavírus humanos. Produtos como Clorox e Lysol já foram testados contra linhagens que causam a gripe comum, entre outras doenças que já foram catalogadas por cientistas.
Além disso, embora seja provável que esses produtos desinfetantes sejam eficientes contra o novo coronavírus, isso não ocorre devido ao fato dessas empresas ou o governo, supostamente, terem conhecimento prévio do novo vírus.
Coronavírus no Brasil
De acordo com a Agência Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 25 casos de coronavírus no Brasil até o momento. Dos oito registros mais novos, três estão em São Paulo, um em Alagoas, um no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais.
Cinco desses casos foram de pessoas que se contaminaram fora do país. O outro caso, um dos três de São Paulo, é de uma contaminação local, ou seja, quando é possível identificar a fonte do contágio. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, os três novos casos do estado estão estáveis e em isolamento domiciliar.
No caso do paciente do Rio de Janeiro, trata-se de uma mulher de 42 anos, moradora no município do Rio, que acompanhou em viagem à Itália uma pessoa já confirmada como positiva para o coronavírus. Ela retornou do exterior na última quarta-feira (4). Os primeiros sinais apareceram no dia seguinte à sua chegada ao Brasil. Essa mulher também está em isolamento domiciliar.
Atualmente, 664 casos são considerados suspeitos e outras 632 pessoas já foram descartadas como portadoras do Covid-19. O ministério recebe as notificações de suspeitas das secretarias estaduais de saúde. Da mesma forma, são as secretarias que confirmam os casos, sendo que a contraprova deve ser realizada por laboratórios atestados pelo governo federal.
Para combater a doença, as dicas são cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar; utilizar lenço descartável para higiene nasal; evitar tocar as mucosas de olhos, nariz e boca; limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado; lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar álcool gel.
Sintomas, prevenção e tratamento
Segundo o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.
Os principais são sintomas conhecidos até o momento são febre, tosse e dificuldade para respirar.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:
- Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos).
- Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.
Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 7 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).
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