Regis Tadeu diz que show no Rock in Rio foi "o mais desonesto" desde o Woodstock
Por Bruce William
Postado em 28 de setembro de 2024
Há alguns dias o jornalista e crítico musical Regis Tadeu compartilhou em vídeo suas impressões sobre a primeira semana da edição de 2024 do Rock in Rio. "Foi uma experiência que eu não recomendo a ninguém, dada a imensa quantidade de shows horríveis, músicas de péssima qualidade e transmissão pelo Multishow que transformaria qualquer monge budista em um arruaceiro psicopata, tamanha foi a raiva provocada por apresentadores e 'repórteres' absolutamente despreparados em termos de informação, mas muitos sedentos para mostrar aquela alegria de plástico e uma animação imbecilóide para agradar ao público que não consegue abrir um pacote de miojo sem cortar os dedos."

E pouco após o término do festival, Regis postou um vídeo comentando a segunda semana, deixando claro seu descontentamento com a edição de 2024 do Rock in Rio. "Mesmo sem nunca ter sido um evento unicamente, exclusivamente de Rock", diz logo no começo, "É inegável que o evento deste ano já está marcado como a pior edição de toda a história do Rock in Rio, justamente pela predominância asquerosa de estilos musicais que arregimentam hoje milhares de fãs debilóides que se lambuzam com qualquer coisa fora da música em si. O que ocorreu de porcarias sonoras nessa última semana do Rock in Rio foi algo aterrador, evidenciando que, embora os dias atuais já sejam ruins, vão piorar muito num futuro nada distante.".
No decorrer do vídeo, Regis analisa shows específicos, começando pela apresentação de Ivete Sangalo, que ele considerou patética devido ao repertório e à produção exagerada. Em contraste, Regis elogia Cyndi Lauper por sua performance autêntica e de qualidade, destacando sua habilidade vocal e sua conexão com o público. Ele critica também as apresentações de artistas como Jão, Karol G e Katy Perry, afirmando que muitas foram marcadas por playback e falta de autenticidade. No entanto, Regis ressalta o bom desempenho de Gloria Gaynor e IZA, considerando suas performances um exemplo a ser seguido em comparação com outros artistas.
Lá no domingo, aconteceu o show que parece ter sido o pior que Regis presenciou nesta edição do festival: "Nada foi tão desonesto, artisticamente falando, na minha opinião, não apenas na história do Rock in Rio, mas na história de todos os festivais que já aconteceram ao redor do planeta desde Woodstock em 1969. Nada foi tão baixo, tão degradante artisticamente do que a apresentação do tipo 'pega trouxe, bate carteira' do tal do Akon. Uma vergonha absoluta, esse sujeito passou o tempo todo com o microfone colado na boca, mexendo os lábios sem emitir uma nota sequer ao vivo!", disse o jornalista.
Regis ainda comenta sobre o show: "Se você não consegue entender como é possível alguém subir no palco com uma banda tocando e todo mundo fingindo tocar, com os vocais pré-gravados nos fones, e tocando atrás de um pseudo-artista embusteiro, se você não consegue entender como isso é possível, basta assistir ao tape dessa aberração que rolou no palco do evento para você entender como esse tipo de falcatrua funciona. Esse Akon deveria sair do palco e ir direto para um camburão, sendo levado para a delegacia mais próxima por estelionato musical."
E ele também menciona no vídeo o show "Para Sempre MPB", onde Ney Matogrosso se destaca, e expressa desapontamento com a abordagem carnavalesca de outros artistas. Ele também comenta o show de sertanejo, elogiando Chitãozinho e Xororó, mas criticando as performances de Ana Castela e Simone Mendes. O evento "Para Sempre Rock", que reuniu diversas bandas, foi tão maçante para Regis que ele confessa ter cochilado várias vezes durante a transmissão. Regis afirma ainda que boa parte do show da Mariah Carey foi feito com auxílio do playback - "veja a diferença da voz dela em 'We Belong Together' e em 'Hero'. Você percebe nitidamente onde ela está cantando e onde é playback", diz.
O vídeo com a análise completa de Regis Tadeu sobre a segunda semana do Rock in Rio pode ser visto no player abaixo.
Rock in Rio 2024
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