Rolling Stones: no Chess Studios... 1964 / 1965
Por Adriano Luiz da Fonseca
Postado em 12 de julho de 2018
Em Junho de 1964, os Stones embarcavam em sua quase desastrosa primeira turnê norte-americana. Sem um único hit emplacado na terra do Tio Sam e ainda tendo que agüentar o deboche de Dean Martin que apresentava o programa The Hollywood Palace, a banda aproveitou para dar uma esticada até o Estúdio dos irmãos Phil e Leo Chess. A chegada ao estúdio já foi mais prazerosa, pois segundo contam, o próprio Muddy Waters ajudou os rapazes a levarem seus equipamentos para dentro, o que os deixou boquiabertos...
Apesar de pelas normas da casa, só poderiam gravar no estúdio os artistas contratados pela gravadora, o empresário Andrew Loog Oldham conseguiu que uma sessão de gravação fosse liberada para os Stones.
Rolling Stones - Mais Novidades
O resultado, que apesar de não ter gerado as melhores canções da banda, com certeza serviriam de referência para o melhor do Rock que seria executado nos anos 60 e 70. Lembrando que até mais do que os Beatles, os Rolling Stones serviriam de modelo de como uma banda de Rock and Roll deveria ser - além da tarefa de reintroduzir nos meios juvenis americanos, a música que os ianques tinham esquecido: O Blues.
Algumas das faixas destas sessões foram lançadas nos álbuns "Rolling Stones No. 2" e "Out Of Our Heads", além de singles britânicos.
Considerando que as versões dos álbuns lançados nos EUA e no Reino Unido continham set lists diferentes, ainda haviam algumas músicas com versões diferentes - como Mercy, Mercy e Key to the Highway que juntamente com Goodbye Girl (de Bill Wyman) continuam inéditas. Nessas sessões, em canções como Down the Road e Around and Around, já pode se ter uma idéia de que a banda tinha o dom para fazer a coisa acontecer... e o coração desse swing todo foi Charlie Watts, com uma formação jazzística que o proporcionava ter o instinto de acompanhar Keith Richards, a dupla poderia ser definida como o Rock e o Roll da coisa. Juntando-se a isso a parceria de Richards com Chuck Berry na excelente It's All Over Now com o primeiro executando um de seus melhores solos.
Após estas sessões, Richards e Mick Jagger começam a compor seu primeiro material. Inclusive, segundo Richards, o próprio acordou no meio da noite com um riff na cabeça e antes que o esquecesse, tratou de gravá-lo em fita. O riff em questão seria da icônica Satisfaction - que por sinal, faria a banda se tornar grande no cenário musical norte-americano.
A banda voltaria para mais sessões no Chess Studios em 1965 e embora o blues continuasse sendo uma influência importante em sua música, eles nunca mais gravariam nos Chess Studios novamente.
Apesar disto, o espírito dessas sessões ressurgiu espetacularmente no álbum Exile On Main Street, de 1972, considerado seu melhor LP. Com faixas como Rip This Joint, Shake Your Hips, Stop Breaking Down e Ventilator Blues, o som do Blues de Chicago se faz presente. Sem contar que no álbum anterior - Sticky Fingers, algumas faixas foram gravadas no lendário Muscle Shoals Sound Studio, no Alabama.
Por conta disto, vale a pena ouvir essas sessões novamente 50 anos depois e lembrar que sem os Stones, o blues não seria parte da cultura musical do ocidente como é hoje. Essas sessões são uma parte vital do legado da banda... E também da boa música.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
Manowar anuncia turnê celebrando álbuns "Fighting the World" e "Kings of Metal"
O melhor cantor de baladas de todos os tempos, segundo Bob Dylan
O que Chorão canta no final do refrão de "Proibida Pra Mim"? (Não é "Guerra")
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
Pink Floyd disponibiliza versão integral de "Shine On You Crazy Diamond"
A postura passiva de filho de Bon Jovi com esposa que foi alvo de críticas na web
Os quatro maiores solos de guitarra de todos os tempos, segundo Carlos Santana
Site americano lista os 11 melhores álbuns de rock progressivo dos anos 1990
Bangers Open Air confirma Twisted Sister e mais 40 bandas para 2026
O guitarrista que Alex Lifeson acha que merecia ter sido muito maior
Com Tesla e Extreme, Mötley Crüe anuncia turnê celebrando 45 anos de carreira
Charlie Sheen relembra encontro com Ozzy Osbourne em clínica de recuperação
Mike Portnoy conta como está sendo tocar músicas que o Dream Theater gravou com Mike Mangini
Designer da capa de "Wish You Were Here", do Pink Floyd, revela seu significado
A canção que fez o Pink Floyd mudar de direção para se tornar a banda que a gente ama
A melhor banda de Death Metal de todos os tempos, de acordo com o vocalista do Opeth
Os dois caras que cantam pra caramba que levaram Gene Simmons a acreditar que também podia
O hit dos Rolling Stones que mostrou a Cazuza que é possível unir rock e MPB
A "modernidade" que Keith Richards nunca quis ver tomando conta da música
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
30 clássicos do rock lançados no século XX que superaram 1 bilhão de plays no Spotify
6 artistas que regravaram músicas que escreveram, mas originalmente foram registradas por outros
O cantor "pretensioso" com quem Mick Jagger disse que jamais soaria parecido
Os álbuns dos Rolling Stones que Mick Jagger detesta: "Nem na época eu achei bom"
O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
Guns N' Roses: como foram gravados os "ruídos sexuais" de "Rocket Queen"



