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A História Impopular dos Rolling Stones - Parte 04 - A banda Atrai Seu Público

Por Márcio Ribeiro
Postado em 01 de janeiro de 2000

Cyril Davies & The All Stars

No ano de 1963, a sorte começou a sorrir para a banda. Certa noite, abriram para The Presidentes, banda cujo cantor Glyn Johns, também trabalhava como engenheiro de som para um estúdio. Ele gostou do som dos Stones e convidou os rapazes a juntar um dinheiro e fazer uma gravação profissional. A idéia soava interessante mas só se realizou dois meses depois. Em outra ocasião abriram para Cyril Davies que havia desfeito sua sociedade com Alexis Korner em novembro de 1962, e agora tinha sua própria banda, The All Stars. Os Rolling Stones adoravam a música de Cyril Davies & The All Stars que tinha com eles Nicky Hopkins no piano, além de Carlo Little, Ricky Brown e Bernie Watson, todos ex-Savages, banda considerada pesada para a época. Somados a gaita e a voz de Cyril Davies, são durante esse período, considerados a melhor banda de blues na Inglaterra. Logo se juntaria aos All Stars, outro ex-membro do Blues Inc., o amigo Long John Baldry.

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Com o sucesso da primeira experiência, Brian negociou com Cyril para que os Stones abrissem sempre seus shows. Foi assim que os Stones voltaram a tocar no Marquee Club. Além de mudanças na formação original dos All Stars, Cyril adicionou um trio feminino de cantoras negras como 'backing vocal', chamados "The Velvettes". Mick Jagger começou a namorar uma das meninas, Cleo Sylvester e sugeriu que a idéia de Cyril poderia funcionar também para os Stones, dando assim, um som mais americano à banda. Cleo então é convidada a se juntar a eles, desde que ela arrumasse mais duas meninas para o coro. Ela arrumou apenas uma amiga chamada Jean, mas no ensaio, as duas provaram serem muito dispersas e Jean não cantava muito bem. A banda ensaiava uma versão de "La Bamba" que virava "Twist And Shout" na qual as meninas erravam seguidamente. Repensaram a questão e a idéia do coral feminino foi abandonada. O público ficava tão elétrico e aplaudia tanto os Rolling Stones, que ficava difícil para Cyril Davies depois manter a casa sacudindo. Mesmo porque, já na terceira semana do acordo, havia tanto ou mais gente na casa para ver os Stones do que para assistir the All Stars. Quando Brian Jones tentou negociar um aumento de cota com Cyril Davies, acabou despedido.

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Em Fevereiro Brian Jones conheceu Giorgio Gomelski, um italiano filho de russo com francesa que fez alguns filmes experimentais. Ele havia alugado recentemente um salão no fundo do Station Hotel no subúrbio de Richmond e transformou o espaço em um clube com bar e música ao vivo. Brian convenceu Giorgio a assistir sua banda que tocava rhythm & blues autêntico, coisa ainda rara naquela época. Giorgio por sua vez já havia estado em Chicago, e quando assistiu os Stones reconheceu logo sua singularidade. Enquanto outras bandas montavam um show para o público, os Rolling Stones ignoravam totalmente o publico presente, tocando sentados, conversando entre as músicas, acendendo seus cigarros ou tomando suas cervejas. Era um 'happening', uma atmosfera que se criava, à parte da música. Eram únicos e o público às vezes demorava a entender o que estava se passando. Mas a música os enlaçava. No final de cada set, tocavam uma versão de 20 minutos de "Pretty Thing" ou de "Craw-Daddy", ambas de Bo Diddley, que hipnotizavam as pessoas presentes.

Mudando Para o Crawdaddy

Giorgio Gomelsky tomou interesse por eles e se tornou informalmente o primeiro empresário da banda. Com sua assistência passaram a tocar até quatro vezes por semana, a banda faturando até sete libras semanais cada um, metade do que Charlie fazia na agência trabalhando oito horas por dia. Giorgio deu algumas dicas sobre como trabalhar com volumes e aguardava a banda amadurecer um pouco mais, porém quando finalmente achou que estavam prontos, deu a eles todos os domingos no seu clube. Mick e Brian estavam extasiados. Há tempos conversavam sobre a necessidade de se encontrar um lugar fixo para tocar. Um lugar que o público pudesse reconhecer como reduto da banda. A casa não tinha nome mas influenciado pelo frenesi que Giorgio percebia nas pessoas ao som de "Craw-Daddy", versão dos Stones, batizou a casa de The Crawdaddy.

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Se em meados de 1962 a banda, quando conseguia arrumar trabalho, tocava para até menos de dez pessoas, em Março de 1963, estava enchendo os clubes com umas 300 mulheres histéricas e homens sedentos. Foi neste estado positivo que no dia 11 de Março, todos se reuniram com Glyn Johns no IBC Recording Studio em Portland Place. Gravariam em uma máquina de dois canais, o que seria o primeiro registro dos Rolling Stones com sua formação básica. Em três horas gravaram "Road Runner" e "Diddly Daddy" de Bo Diddley, "I Want to Be Loved" de Muddy Waters, finalizando com "Honey, What's Wrong?" e "Bright Lights, Big City" de Jimmy Reed. A gravação ficou excelente e Brian Jones muitos anos depois, ainda considerava essas as melhores coisas gravadas pela banda. Mas os executivos da IBC não entendiam o que tinham nas mãos e por conseguinte não souberam vender o produto. No final, foram rotulados de "sem potencial comercial" e dispensados.

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Os Beatles

Os Beatles ao fazer sucesso, colocando "Please, Please Me" em primeiro lugar nas paradas, abriram um precedente. Até então, nenhuma banda pop ou rock inglesa era levada realmente a sério. Com isso, mais portas abriram para diversas outras bandas no país. Giorgio, querendo fazer um filme sobre os Beatles, conseguiu contato com eles e os convidou ao Crawdaddy para assistirem os Rolling Stones. Ao aparecerem lá no meio do primeiro set, os Stones se sentiram intimidados, pensando "Putz! São os Beatles!" Conversaram depois, entre sets, todos se dando muito bem. Os Beatles acabaram ficando e assistiram todo o segundo set também, maravilhados pela música e a atmosfera. Depois foram todos para Edith Grove onde ouviram o disco demo gravado por Glyn, alguns discos de Muddy Waters e Jimmy Reed. Conversaram muito sobre a metamorfose que estava se passando entre a juventude e os interesses eclodindo na forma de uma música que a representasse como o rock 'n' roll ao invés do jazz, bolero ou polka que os pais geralmente ouviam.

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Brian pediu e ganhou uma foto autografada pelos quatro que ele colocou em um lugar de destaque na casa e todos foram convidados pelo 'fab four' a assistirem a apresentação no Royal Albert Hall na quinta seguinte. Para não precisar pagar ingresso, Mick, Keith e Brian, os únicos que não tinham empregos, compareceram levando as guitarras de John, Paul e George para dentro do teatro, entrado por uma porta lateral. Neste momento, Brian é confundido com um dos Beatles por uma horda de meninas. Essa adoração seduziu os três por um desejo de sucesso que até então nunca demonstraram.

É possível que esse evento possa ter sido a centelha para uma rixa que ainda viria a aparecer na banda. Brian respeitava músicos mas não tinha maiores respeitos por vocalistas e tratava Mick como quem acredita que qualquer um pode cantar. Mas como é sempre o cara na frente quem aparece mais nas fotos, o ciúme estava se instalando. Mick por sua vez, embora soubesse chamar atenção para si, como também instintivamente manipular bem essa atenção, sabia que o grande músico da banda era Brian. E o fato inegável de a banda estar nas mãos de um cara que não tinha maiores respeitos para com o cantor, o deixava inseguro.

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Não conseguindo nada com os Beatles, Giorgio resolve então filmar um curta-metragem com os Stones no Crawdaddy. Acerta com os meninos e no domingo convence um jornalista do Record Mirror chamado Peter Jones a assistir a apresentação e escrever sobre eles. Então, no dia 21 de Abril, enquanto Giorgio filmava as filas nas ruas e depois os Stones tocando "Pretty Thing" (transformando tudo posteriormente em um curta de sete minutos), Peter assiste todo o show e fica bem impressionado com o que ouviu da banda e viu do público, dançando sobre as mesas e realmente curtindo. Depois do set, conversou reservadamente com os rapazes, enquanto todos sorviam suas cervejas, e ficou espantado por eles estarem se desculpando por, na opinião da banda, uma má apresentação. Brian como sempre, falou em nome de todos, explicando sobre a música de Jimmy Reed e Muddy Waters, o que os Rolling Stones já fizeram e o que eles ainda pretendiam realizar. O artigo no jornal iria abrir outras portas e atrairia mais jovens para o subúrbio nos domingos.

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Em primeiro de fevereiro, Brian havia escrito uma carta para a BBC, solicitando uma oportunidade para a emissora receber sua banda no programa "Jazz Club", que apesar do nome, recebia bandas de rhythm & blues. Brian chamou sua banda, nesta sua carta, de The Rollin' Stones Rhythm & Blues Band. Quando a BBC finalmente respondeu convidando para uma audição, a data foi marcada para o dia 23 de Abril, durante a semana, no meio do horário comercial, o que tornou impraticável para Charlie ou Bill poderem participar. Novamente, Brian procurou socorro nos All Stars, e por uma cota, Ricky Brown e Carlo Little fizeram o gig. Tocaram duas músicas, "I'm A Hog For You Baby", canção do antigo repertório dos Savages e "I'm Moving On". Foram gravados e depois ouvidos por um certo David Dore, gerente de programação da rádio, que dispensou a banda por ter um vocalista que cantava soando como um negro.

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Os Rolling Stones Atraem Seu Público

Brian conhece Linda Lawrence, uma menina de dezesseis anos, e começam a namorar. Como por um sexto sentido, dias depois, sem aviso prévio, do nada aparece Pat Andrews novamente, com Julian a tiracolo. Ela informa a Brian que se mudou de vez para Londres, trabalhando em uma farmácia, e alugara um apartamento pequeno em Notting Hill Gate. Voltam a ficar juntos, Brian apegando-se a seu filho. Se no primeiro domingo no Crawdaddy, dia 24 de Fevereiro, tocaram para trinta e duas pessoas, a cada domingo os números dobravam. Logo havia fila nas ruas para entrar e vê-los.

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Jovens aspirantes de músicos começavam a freqüentar e estudar a banda. Paul Samuel-Smith era um que passou a assistir todos os shows e vivia atrás de Wyman pedindo dicas. Mais tarde ele ajudaria a fundar The Yardbirds. Ron Wood, que já freqüentava os shows do Blues Incorporated para assistir seu irmão Art, assistiu os Stones, que abriam para eles. Wood torna-se agora outro que vez por outra estava em Richmond para assistir à banda, trazendo consigo vários amigos. Eric Clapton também começou a aparecer regularmente nas terças quando a banda tocava no Ealing Club e a casa ficava menos cheia. Ele tocava e cantava "Roll Over Beethovan" com os rapazes; Mick e Eric tornando-se grandes amigos. Os Stones começavam também a atrair pessoas do jet-set londrino como Jean Shrimpton, uma top model famosa da cidade. Sua irmã Chrissie, de 17 anos faz uma aposta com as amigas que conseguiria arrancar um beijo do Jagger. Logo estavam namorando.

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Andrew Loog Oldham

Andrew Loog Oldham ficou sabendo do alarde que esses rapazes estavam criando em Richmond e imediatamente se interessou em conhecê-los. Andrew era um típico mod de 19 anos com um incrível senso de moda, uma percepção aguçada para antever tendências relacionadas à sua geração e um desejo de ganhar muita grana no circuito musical. Seu talento para gerar promoção chamou a atenção de Brian Epstein que o contratou para divulgar o segundo compacto dos Beatles, "Please, Please Me". Antes de trabalhar com eles, Andrew já conhecia os Beatles e a tempos falava para qualquer um que desse ouvidos, que aquele quarteto seria um sucesso. Agora que suas previsões se mostravam frutíferas, Oldham não podia ser totalmente ignorado. Portanto quando Andrew procurou Eric Easton, um agente de trinta e seis anos, com escritório na Regente Street, sobre passar o domingo em Richmond para tentar assinar uma banda com o nome de Rolling Stones, mesmo cético, Easton topou.

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Ficaram muito impressionados, especialmente Oldham, que resumiria o primeiro impacto como sendo: "uma mistura de musicalidade e sex-appeal que eu nunca vi em nenhum outro grupo". Easton comentaria posteriormente: "De vez em quando alguém saía do salão para poder respirar. Foi o primeiro banho turco gratuito que eu tomei na vida. Nunca presenciei coisa igual e os Stones estavam adorando tudo, produzindo um som fantástico que obviamente batia em cheio com o seu público." Procuraram Mick e Brian após o show e marcaram uma reunião no escritório para o dia seguinte.

Stu, Wyman e Watts trabalhavam durante o dia e não puderam comparecer, Jagger tinha aula e Richards não tinha interesse. Brian Jones chegou então no escritório de Easton sozinho na hora marcada e este logo explicou que não poderia fazer nenhuma promessa. Andrew então calmamente conta uma historia, que quando ele estava em Doncaster, assistiu os Beatles pela primeira vez. Eram a oitava atração da noite, atrás de gente como Helen Shapiro e Tommy Roe. Bastou ouvi-los aquela noite, para saber que eles iriam ser a maior coisa que já se tinha notícia. Sua intuição lhe dizia que uma vez grandes, haveria todo um outro público querendo ouvir o oposto do que os Beatles representavam. Depois de trabalhar com Epstein e os Beatles, isso ficou mais claro ainda na sua mente. Andrew então dá a facada final, dizendo que ele achava que os Stones poderia ser essa banda e que ele saberia vendê-los como tal. A noite em Edith Grove, Brian explica todos os detalhes da conversa para o restante da banda, que naturalmente são tomados por muito entusiasmo com a promessa de melhores dias.

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Assinando os Papéis

Brian voltaria ao escritório de Easton nos próximos dias para discutir detalhes sobre a proposta contratual, mas não antes de sondar informações sobre trabalhos anteriores, tanto de Easton como de Oldham. Já a dupla Oldham e Easton, estudava como fazer uma gravadora grande entender o som que estavam querendo. Concluem que seria difícil e cansativo, portanto a contraproposta seria a banda, Andrew e Eric, gravarem e produzirem tudo eles mesmos e então vender o produto final para a gravadora. Assim eles teriam um maior controle de todo o processo e teriam uma porcentagem bem maior do que sendo simplesmente mais uma banda na cartela de uma gravadora. Uma concepção completamente nova na Inglaterra mas que gente como Phil Spector e alguns outros já faziam com sucesso nos Estados Unidos. Assim, fundaram a Impact Sound, a primeira gravadora independente da Inglaterra.

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No dia 1º de Maio de 1963, depois de discutir algumas horas com Eric e Andrew sobre minúcias, Brian leva o contrato para uma casa de chá na esquina oposta do escritório onde Mick e Keith aguardam ansiosamente. Depois do acordo coletivo entre eles, Brian volta e assina. O contrato tem a duração de três anos a começar pelo dia 6 de Maio de 1963, e prevê o gerenciamento dos Rolling Stones representado por Brian Jones, pela Impact Sound representado por Andrew Oldham e Eric Easton. Os Stones tinham agora um novo empresário e um agente.

A Decca e em especial Dick Rowe, tinham virado a piada do ano por ter recusado os Beatles em 1962, e estavam desesperados atrás de uma banda que devolvesse a moral e o respeito à gravadora. George Harrison encontrou com Rowe em Liverpool em certa ocasião e sugeriu que ele fosse a Richmond assistir os Rolling Stones. "Seria uma boa idéia contratá-los" disse-lhe George. Rowe foi, assistindo à apresentação do dia 6 de Maio. Oldham e Easton, aproveitando-se desse momento de fragilidade em que se encontravam Rowe e a gravadora, fechou um contrato em que as gravações seriam licenciadas à Decca, porém a banda não só teria total controle sobre o que seria lançado, como continuariam sendo os donos das fitas masters. Vendo a EMI dominar as paradas de sucesso, com os Beatles vendendo discos em quantidades inacreditáveis, a Decca, e principalmente Dick Rowe, não poderiam arriscar perder outra banda tão promissora, e aceitou este contrato incomum.

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Andrew Cria a Imagem Ideal

Uma vez sabendo da gravação feita pelo IBC Recording Studio com Glyn Johns, Andrew imediatamente compra de volta a fita por £106. O detalhe seguinte no esquema de Andrew quanto à imagem da banda atingiria o pianista. Ian Stewart não tinha absolutamente nenhum "sex appeal" e segundo Andrew, estragava a imagem de uma banda jovem e excitante que se queria criar em torno deles. Por causa de uma meningite mal curada quando criança, Stu teve problemas com calcificação e o resultado foi uma mandíbula protuberante. Ele operou aos dezoito anos mas ainda assim continuou bastante singular. Sendo muito sensível em relação à sua aparência, ele se sentiu impotente para discutir a questão. Esperou que a banda o defendesse, mas a fome pelo sucesso falou mais alto que a lealdade. Oldham ofereceu uma alternativa em que Stu poderia gravar com os Stones mas não posar como um membro. Ele seria o gerente de palco, encarregado de cuidar de todo o equipamento da banda, desde transporte até montagem no palco. Stu aceitou o encargo e a situação. No exterior ele demonstrava muita tranqüilidade com seu novo papel de gerente de palco, mas no fundo, nunca mais confiou em Brian por não ter criado nenhum obstáculo à Oldham para evitar retirá-lo da banda. A ideologia musical de antes dava lugar rapidamente para rixas e tensões. Tendo isso concluído, Oldham anunciou que na próxima semana gravariam seu primeiro compacto pela Decca.

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Brian foi então chamado para assinar outro contrato. Três dias depois do contrato de gerenciamento entre as partes entrar em vigor, lhe é apresentado um contrato para as gravações. Nesse contrato, que também duraria três anos, os Rolling Stones receberiam 6% para serem divididos entre os cinco, o que já excluía Stu como membro. Existe também, um contrato de licenciamento das gravações, entre a Impact Sounds e a Decca, oferecendo a esta a primeira opção. Giorgio Gomelsky, que tinha um acordo verbal com os Stones, estava viajando por conta de um parente doente. Quando volta e percebe o que os Stones fizeram, logicamente se sente traído, principalmente por Brian. Porém seu tino comercial falaria mais alto, e Gomelsky ainda iria arrumar vários shows para os Rolling Stones tocarem, vários em que o resultado acabou sendo significativo na história da banda.

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Hora de Estúdio

Andrew nunca entrara em um estúdio de gravação, muito menos produzira uma banda. Então as primeiras duas sessões para gravarem o novo compacto foram infrutíferas e somente na terceira tentativa conseguiram uma versão mais apresentável para as rádios. Escolheram estrear com "Come On" de Chuck Berry por ela ser mais comercial, embora os membros da banda fossem os primeiros a admitir que a canção gravada não representava o melhor dos Stones. Assim, Come On/I Want To Be Loved foi lançado em 7 de Junho, 1963. Jagger definiria a sessão como sendo "um monte de amadores, totalmente ignorantes, fazendo um hit." O compacto conseguiu no máximo chegar a 20º lugar, mas permaneceu em posições variadas das paradas por quatro meses, um fato em si impressionante.

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Para promovê-lo foram fazer sua primeira aparição na TV no programa Thanks Your Lucky Stars. Na manhã da apresentação, todos foram com Andrew comprar suas roupas de palco, que incluiriam calças jeans pretas apertadas e uma sweater de gola rolê. Para os pés, vestiram o que ficou conhecido mundialmente como botas beatles. Mick, Keith e Brian odiaram a idéia de uniformização e usaram uma jaqueta por cima da roupa para manter o ar de "casual". Só as botas fizeram algum sucesso, especialmente com Keith e Brian. Mick, o mais alto entre eles, recusou usá-las, continuando a calçar salto baixo. A banda em playback, faziam a mímica para a canção "Come On" para o programa e ao saírem, Andrew fala sobre excursionar com os Everly Brothers no outono.

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No dia seguinte, o resultante da estreia televisiva foi muita promoção ruim, falando demasiadamente mal dos cabelos terrivelmente longos, dos trejeitos bissexuais de Jagger, da atitude excessivamente agressiva de Brian no palco e muito pouco sobre a música. Basicamente queixavam que os Rolling Stones haviam passado consideravelmente dos limites instaurados pelos Beatles. Iniciou-se assim a rixa entre os fãs, fomentada pela imprensa, entre os Beatles, os meninos que encantaram a nação, e os Rolling Stones, os rapazes prontos a dar um chute nela.

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Embora ficassem atordoados com as coisas ruins que liam, Andrew adorou a controvérsia e fez questão de dar mais gás para o assunto. Sua lógica era de que controvérsia vendia jornais e os jornais venderiam os Stones, portanto quanto mais controvérsia gerassem para os adultos, mais os seus filhos iriam adorá-los. Andrew instruiu a banda, principalmente Brian e Mick, os homens de frente, a não serem corteses com os jornalistas e a jogada promocional se mostrou extremamente funcional.

Pat e Julian, então com dois anos, aparecem no backstage em uma das apresentações da banda e Brian não resiste em ficar brincando com seu filho, apresentando-o a todos. Ele é chamado atenção severamente por Andrew, que acusa sua atitude de ferir a imagem de um roqueiro durão. Ele não poderia mais divulgar que era um pai. Tinha que se mostrar "disponível" para as fãs. Esta era a imagem! Brian mesmo a contragosto, obedece.

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Pedras Que Rolam Não Criam Limo - A História Impopular dos Rolling Stones

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Sobre Márcio Ribeiro

Nascido no ano do rato. Era o inicio dos anos sessenta e quem tirou jovens como ele do eixo samba e bossa nova foi Roberto Carlos. O nosso Elvis levou o rock nacional à televisão abrindo as portas para um estilo musical estrangeiro em um país ufanista, prepotente e que acabaria tomado por um golpe militar. Com oito anos, já era maluco por Monkees, Beatles, Archies e temas de desenhos animados em geral. Hoje evita açúcar no seu rock embora clássicos sempre sejam clássicos.
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