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Black Veil Brides: O primeiro show de rock da minha irmã

Resenha - Black Veil Brides (Carioca Club, São Paulo, 21/12/2012)

Por Sérgio Fernandes
Postado em 03 de fevereiro de 2012

Antes de qualquer coisa, seria bom deixar uma coisa clara para o caro internauta: essa não é uma resenha convencional. Seria mais apropriado dizer que este texto trata-se de uma crônica, ou um relato. O fato é que aqui nesse texto compartilharei com vocês, caros leitores, um dos momentos mais legais da minha vida: o dia em que levei minha irmã adolescente ao seu primeiro show! E, melhor ainda, era um show de metal!!!

Como disse, minha irmã esta na adolescência. Essa é uma fase dificil para todos: angústias, dúvidas e medos (principalmente os da rejeição e da solidão) são sempre presentes nas vidas dos que tem por volta dos 12 aos 17 anos.

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Exatamente esses medos que fazem com que sempre nos esforcemos para nos enquadrar em alguma turma, um grupo ou nicho social: seja para sermos aceitos no grupo dos metaleiros, dos skatistas, das "patys" e dos "playboys" entre tantos outros.

Assim, acabamos seguindo tendências ou modas pré concebidas e empurradas goela abaixo pelos "formadores de opinião" de nossa sociedade (rádio, TV, hoje em dia, internet ... ).

Mas, essa é também a idade da rebeldia, é aquele período da nossa vida que achamos que não precisamos da ajuda de ninguém, que começamos a ter uma noção do que é certo ou errado, bom ou ruim para nós sem nos importarmos com o que os outros nos dizem.

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Ou seja, essa é uma puta época confusa, e eu poderia escrever um texto gigantesco só sobre isso, mas deixo o trabalho para algum psicólogo ou pessoa com mais paciência.

Minha irmã tem 15 anos, ou seja, esta no furacão dessas emoções e crises. Sempre achei que a conhecesse bem mas, corroborando com o que disse nos parágrafos anteriores, nunca se pode fazer esse tipo de afirmação com relação a um(a) adolescente. E qual não foi minha surpresa ao descobrir que minha querida caçula gostava de algumas das bandas que também me agradam? O mais legal é perceber que ela nunca foi atrás dessas bandas de maneira forçada, ja que sei que ela também ouve coisas mais pops, como Katy Perry, Lady Gaga e até os coitados do Restart ou os injustiçados do Fresno. Ou seja, não rola, por parte dela, essa paranóia de se enquadrar em algum grupo social custe o que custar. Ela ouve, se veste e assiste o que ela quiser e dane-se o resto! Fuck Yeah!!!

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Certo dia, por exemplo, estava procurando por meu CD do Cradle of Filth, o Nymphetamine de 2004, e o encontro no quarto dela! Pior ainda (ou, quer dizer, MELHOR AINDA) foi quando descobri que ela queria ir ao show da banda californiana "Black Veil Brides". No mesmo momento que ela me contou de sua vontade de ir nesse show, a pequena estava vendo um clipe da Demi Lovato no Youtube...

Não conheço muito dos caras do "Black Veil Brides", admito. Mas o visual fortemente inspirado nas bandas do hard rock dos anos 80 e o ótimo clipe da música "Legacy" de seu segundo, mais recente e mais bem sucedido álbum, o "Set the world on fire" de 2011 (produzido por Josh Abraham, que já trabalhou com bandas como Slayer, Mastodon, Link’n Park entre outras), me fizeram ficar muito feliz e imediatamente me prontifiquei a levá-la ao show dos caras, que aconteceria no dia 21/01/2012 em São Paulo, no Carioca Club. Mas, logicamente, meus pais é quem deveriam pagar o ingresso dela...

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Foi muito divertido ver como minha irmã se comportaria às situações (para os mais experientes, já corriqueiras) de shows de rock/metal: a primeira delas foi a fila. Ao chegarmos às redondezas do bairro de Pinheiros, onde fica situado o Carioca Club, encontramos vários jovens (também por volta dos 15 aos 20 anos) e uma fila que já virava o quarteirão da casa de shows. Muitos estavam pintados em homenagem aos caras da banda, outros mais contidos, mas uma boa parte deles estavam, também, acompanhados de seus pais ou de um responsável mais velho. Só que acho que a maioria não estava tão empolgado quanto eu.

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Depois de uma longa espera entramos na casa de show e pude perceber nesse momento a ansiedade de minha irmã e, em consequência, a minha também, crescendo. Nesse momento deveríamos passar pela segunda etapa: conseguir um bom lugar na pista.

Nem eu, nem minha irmã, nem meus pais, e praticamente ninguém da minha família é alto. Então, tivemos de nos virar para conseguirmos uma boa visão do show, o que não é tão difícil no Carioca Club, já que o palco é bem alto (uma das vantagens do local). De qualquer forma, o lugar estava lotado e eu fiquei com medo da 4ª etapa (explicarei mais a frente)

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Ao começar o show da banda de abertura os olhas dela já brilhavam; e olha que nem conseguíamos a banda! "I killed the Shymphony", grupo de Los Angeles, entrou em ação quase que pontualmente às 18 horas e fez uma boa apresentação: set curto e com as músicas mais agitadas da banda. Chamavam atenção a bela vocalista (ah sim, ela cantava bem também) e a boa performance de palco dos outros integrantes. O som era um mix de "Paramore" com alguns pedais duplos encaixados em certos momentos e uma ou outra guitarra mais pesadinha e trabalhada. Para quem gosta do estilo o show agradou, já para mim... Bem, a vocalista era bonita...

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Bom, ja havíamos passados por 3 etapas (a fila, achar um bom lugar e o show de abertura). Era chegada a hora da 4ª fase: o empurra-empurra. Como era um show de metal, e o apelo feminino da banda é grande, eu sabia que logo que as luzes se apagassem para o começo do show seriamos esmagamos. Logicamente, como já fui a vários outros concertos de bandas de rock e metal, estou acostumado, e gosto de toda essa confusão, mas minha preocupação era com minha irmã: será que ela se assustaria, passaria mal ou algo do tipo? Que nada!

Assim que o "Black Veil Brides" entrou no palco ela começou a pular e a gritar como louca! O mais legal foi vê-la fazendo o "horns up", imortalizado por Ronnie James Dio, pela primeira vez!

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Hei, os caras são bons no palco! Como uma primeira experiência de shows, aprovei, e muito, a banda! Figurino, performance, uma certa rebeldia (enlatada, mas ta valendo!) e boa técnica de todos os integrantes: são igredientes assim que dão um tempero especial à shows de rock e metal. Claro que tudo isso de nada adianta se a música não for boa, mas os caras mandam ver!

O repertório do show foi bem abrangente, passando pelas músicas dos dois albúns da banda e ainda contando com a ótima versão de Rebel Yell do Supla inglês, Billy Idol (pelo menos essa eu sabia cantar!).

Devo admitir que me diverti com o show dos caras, apesar dos problemas (parece que dois integrantes da banda estavam adoecidos, o que ocasionou algumas pausas mais longas durante a apresentação). Admito também que o espírito de "irmão mais velho e rabugento" quase me dominou e rolou uma vontadezinha de empurrá-la no meio de um dos mosh pits. Obviamente, por se tratar de um show em que o público era majoritariamente novo, acho que ela se sairia melhor do que muito dos rapazes de la, fora que teria sido uma cena engraçada para caramba. Mas resolvi deixar quieto e só coloca-la em cima de meus ombros para que ela tivessse uma visão melhor da banda e pudesse gritar "LINDO!!!" para o vocalista sem que eu tivesse de ouvir isso!!!

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No final das contas, o saldo foi muito positivo e se o show curto deixou um gosto de "quero mais" até em mim, imagina em quem é fã dos caras! Espero que isso faça com que minha irmã tenha gostado tanto quanto eu e que fique empolgada com esse lance de shows e me peça para levá-la em outros. Só espero que ela mantenha ou eleve o nível e não me venha pedir para que eu a acompanhe em algum show de musicais da Dysney ou similares; Quem sabe ela não me chama para ir a algum show do Cradle of Filth ou, vá-la, do Sepultura, Slayer... Se ela já me surpreendeu uma vez, quem não garante que ela o faça de novo?

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Black Veil Brides – Set the world on fire Tour 2012
Carioca Club – São Paulo 21/12/2012

Formação
•Andy Sixx – vocal
•Ashley Purdy – baixo e backing vocal
•Jake Pitts – guitarra
•Jinxx – guitarra
•Christian "CC" Coma – bateria

Set List
• Love Isn't Always Fair
• All Your Hate
• Rebel Yell (Billy Idol cover)
• Children Surrender
• Knives and Pens
• God Bless You
• The Legacy
• Christian 'CC' Coma Drum Solo
• New Religion
• Youth and Whiskey
• Perfect Weapon
• Fallen Angels

Banda de abertura
I Killed the Shymphony

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Sobre Sérgio Fernandes

Paulistano desde abril de 1988, Sérgio Fernandes é baterista da banda CARAPUÇA (www.youtube.com/tvcarapuca), diretor de imagem e produtor multimídia do portal Terra e formado em Rádio e TV pela UNISA em São Paulo no ano de 2009. Ouve rock desde pequeno por influência de seus pais. Entre suas bandas preferidas estão Sepultura, Rolling Stones, Rancid, Muse, Fresno, Slayer e qualquer outra que toque algo que lhe agradar os ouvidos, nunca se fechando a gêneros e estilo, mantendo a mente aberta a novas experiências sonoras. E-mail para críticas e sugestões: [email protected].
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