O mais do mesmo do Megadeth é sempre um show maravilhoso
Resenha - Megadeth (Espaço Unimed, São Paulo, 18/04/2024)
Por Diego Camara
Postado em 20 de abril de 2024
Mais uma vez o Megadeth voltou ao Brasil. Somente o fã brasileiro com a carteirinha #1 não teria perdido a conta de quantas vezes a banda já veio ao Brasil. O show é sempre (quase) o mesmo: o setlist já está parcialmente decidido, o público sabe as músicas de cor e todos já sabem o que esperar. Até mesmo o resultado: o Megadeth é uma banda que sempre prima pela qualidade do show e pelo apego dos seus fãs. Confira abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
O show começou às 21h30m em ponto para um Espaço Unimed bastante cheio. Muita apreensão no início do show com a entrada da banda, que explode logo na abertura da música com "The Sick, The Dying... and the Dead!". A qualidade do som da casa estava nas alturas, no nível que sempre esperamos de um dos melhores locais de show da cidade de São Paulo. O solo de guitarra magnifico de Mustaine coroa a música, deixando os fãs insanos.

A banda lançou uma música atrás da outra. Era um dia de guitarras e de poucas palavras. O público cantou muito com "Skin o’ My Teeth" e Dave Mustaine. O belíssimo trabalho da bateria de Dirk Verbeuren ficou claro nesse ponto, mostrando ao que veio desde o início do show. Logo depois veio "Angry Again", uma das favoritas do público, que cantou muito o refrão, puxando os gritos pelo Megadeth no final da música.

Se alguém esperava muito papo, ele não veio. Dave Mustaine deu um "boa noite" bastante rapido para os fãs e já lançou "Wake Up Dead". Com uma bela abertura do baixo – que não ficou tão bem audível no palco do Espaço Unimed – a banda e seu solo interminável contaminaram o público, unida a "In My Darkest Hour" fez uma bela sequência.

"Sweating Bullets" foi outra com tudo. Uma das favoritas do público teve seu refrão cantado com vontade a plenos pulmões. Os fãs ficaram doidos e bateram cabeça, extremamente animados no show. "Dystopia" também foi muito bem recebida, puxada pela ótima abertura nas guitarras do estreante Teemu Mäntysaari e com um solo emocionante mais uma vez o Megadeth ganhou os fãs.

Mas o melhor ainda estava por vir. O público ficou louco com "Hangar 18", cantando a música inteira e se debatendo com a sequência interminável de solos da música. A introdução de "Trust", puxada por Verbeuren, que captou muito bem a música. O público acompanhou nas palmas e cantou muito nessa. "Tornado of Souls" caiu como uma marreta no público: a sequência foi para queimar a casa.

A grande surpresa da noite ficou com "Devil’s Island", inesperada para o setlist que gritou e cantou muito com Dave Mustaine. Mas foi com "Symphony of Destruction" que a casa foi realmente cair. O mosh cresceu e o público foi a loucura pois já sabia qual a música seria só pela sua introdução. O mais bonito daqui porém foi o coro, comum nessa música que puxa o Megadeth para todo o ritmo das guitarras na melodia.

"Peace Sells" não perdeu nada da anterior. Aqui James LoMenzo brilhou na introdução, com o baixo soando de modo incrível para levar a parte principal da música. Os fãs cantaram muito, incansáveis, e foram coroados por mais um ótimo solo de guitarra. A banda sai do palco neste instante, e o público fica no geral silencioso até Mustaine voltar, por um instante e dizer que os fãs parecem não querer mais show.

O Megadeth voltou ao palco para tocar "Holy Wars" após o público gritar pela banda. Outro sucesso muito bem executado por Mustaine e companhia, com alguns pequenos bolsões de moshpit abrindo em pontos diversos da pista, quando o show já se encaminhava para o final.

Os fãs saíram bastante contentes do Espaço Unimed ao final. Novamente é importante destacar o ótimo trabalho realizado pela produtora Mercury Concerts e de toda o trabalho realizado pela equipe técnica que conseguiu, mais uma vez, transmitir com perfeição a apresentação de uma das grandes bandas da história do heavy metal.

Setlist
The Sick, the Dying… and the Dead!
Skin o' My Teeth
Angry Again
Wake Up Dead
In My Darkest Hour
Countdown to Extinction
Sweating Bullets
Dystopia
Hangar 18
Trust
Tornado of Souls
A tout le monde
Devil's Island
Symphony of Destruction
Peace Sells
Bis
Holy Wars... The Punishment Due

















Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
A banda de rock clássico que mudou a vida de Eddie Vedder de vez; "alma, rebeldia, agressão"
Krisiun celebra o aniversário do clássico "Apocalyptic Revelation", gravado em apenas uma semana
O que realmente fez Bill Ward sair do Black Sabbath após "Heaven & Hell", segundo Dio
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
O clássico do Queen que Elton John achou título péssimo: "Vocês vão lançar isso?"


Megadeth "vai resistir ao tempo" melhor que outras de thrash, de acordo com Ellefson
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
Será que não damos atenção demais aos críticos musicais?
Iron Maiden anuncia turnê norte-americana com Megadeth e Anthrax
Dirk Verbeuren divulga drum cam de "Tipping Point", nova música do Megadeth
A pior música do pior álbum do Megadeth, segundo o Heavy Consequence
Dave Mustaine diz que estava nervoso antes de tocar "Tipping Point" pela primeira vez ao vivo
A melhor música do melhor álbum do Megadeth, segundo o Heavy Consequence
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista


