Carlos Maltz comenta show com Licks e pede fim da polêmica com Humberto Gessinger
Por Gustavo Maiato
Postado em 25 de abril de 2024
Em seu Instagram, o baterista Carlos Maltz comentou sobre o show de reunião com o guitarrista Augusto Licks e pediu o fim da polêmica sobre se Humberto Gessinger se unirá com eles ou não. Os três fizeram parte da formação clássica dos Engenheiros do Hawaii.
"O show foi forte, estou aqui digerindo esse momento. Os acontecimentos e toda essa emoção de estar de volta no palco junto com o Augusto e com todos que estavam lá. Estou tentando entender o que aconteceu. Sabia que ia ser forte. Até por motivos astrológicos. Estudo isso. Tivemos um grande alinhamento do signo de touro. Isso traz um aspecto geométrico. É um assunto técnico. Tem a ver com a data que os Engenheiros foram fundados. Foi no dia 20 de abril. Essa data agora foi 21.
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Não fui eu que escolhi! Quando a data apareceu, vi que estávamos sendo chamados para o front. Foi até maior do que eu esperava. O resultado foi maior. Tivemos muito pouco tempo para ensaiar. Foram quatro dias juntos. Pegar entrosamento de banda só acontece tocando no palco. Não tem outro jeito. Foi uma peitada que demos com o Sandro. Respeito a coragem do Sandro e a competência que ele encarou, de ser o frontman.
O resultado foi bem além do que eu esperava. Estou aqui pensando e lendo as coisas. Ouvindo os depoimentos. Vejo que está uma polêmica com o Humberto Gessinger. Quero esclarecer que ele está cuidando da vida dele. Ele seguiu na estrada. Esses anos que estávamos fora ele estava aqui. Ele tem direito de tocar como bem entender. Eu faria o mesmo. Ele está se reinventando, fazendo músicas novas. É isso que ele tem que fazer mesmo, não há nada errado. Ele renega o passado? Nunca vi ele fazer isso.
Está ótimo, se ele faz novas versões, nós estamos fazendo o clássico. Há espaço para todos nesse imenso vazio. As duas propostas podem coexistir. Melhor, vão ter dois shows. A reação das pessoas me surpreendeu. Não imaginava essa emoção, fiquei até espantado. Por que todos estão tão emocionados? Primeiro, vejo importante a questão da reconciliação. É fundamental nesse momento. Somos artistas na vitrine e damos esse exemplo.
As divisões que foram sendo criadas e jogadas para cima da gente faz com que as pessoas deixem de falar e conviver com pessoas amigas, da família. Se afastando por causa de ideias. Estamos entrando numa nova era. Tem a realidade virtual e o idealismo da humanidade hoje. As pessoas dão importância maior do que é cabível para as ideias. Ideia é coisa que passa meu irmão! Entende? Daqui alguns anos, os de nós que estivermos vivos vão olhar para essas ideias pelas quais debatemos hoje e vão rir da nossa cara.
Você pode ter certeza absoluta. Isso sempre foi assim! Quais são as ideias políticas e sociais que estavam vigentes quando as obras clássicas foram feitas? Ninguém lembra. De repente estava eu e o Licks lá juntos de novo. É nós! Vamos rir dessas coisas lá na frente. Vejo que vivemos um momento de desconstrução das referências das pessoas. Familiares, culturais e religiosas. As pessoas estão um tanto quanto desorientadas. Desesperadas por referências. Elas querem ouvir as músicas que ouviam na juventude.
Começaram a namorar ouvindo essas músicas dos Engenheiros, que transcende as gerações. Todos gostam! Não tinham muros e grades, estavam começando a ser construídos. Hoje virou a cortina de ferro! É o Muro de Berlim na cabeça de todos. Estamos passando por cima, graças a Deus. Não tem necessidade de polêmica. Não vai ser tipo Pink Floyd. A disputa pelo ego maior. Não temos mais idade para isso. O mundo já está cheio disso. Estamos aqui para trazer união".
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