Eddie Van Halen: O que aprendi com ele
Por Anderson Tissa
Postado em 11 de outubro de 2020
De um modo geral os vocalistas por terem contato mais direto com o público gozam mais da simpatia dos fãs. Quando me iniciei no rock não foi diferente, rasgava a maior seda para os vocalistas. O cara que me fez prestar mais atenção em outros integrantes foi ele, Eddie Van Halen.
Foi por conta dele que busquei descobrir mais a fundo não só outros guitarristas, como também baixistas e bateristas. Foi ouvindo os solos e riffs de Eddie que passei a me interessar por bandas de rock instrumental. Passei a valorizar de verdade o trabalho individual de cada músico.
Com ele também aprendi a ouvir Van Halen, sua própria banda, incrivelmente não muito escutada em meu ciclo de amizades. Sei lá quantas foram as horas que me dediquei a ouvir suas canções ao longo dos meus 38 anos. Passei bons momentos com aquele riff seco e agudo de 5150, com os incríveis solos de Panama e Dreams, com a enérgica Jump, com as irritadas Eruption e Ain’t Talkin’ ‘Bout Love, com a esquisita Mine all Mine, com a apaixonante Not Enough e praticamente com toda a discografia do Van Halen.
Aprendi até a pronunciar o nome da banda direito. Não é "van ralém", é "van reilem".
Eddie me ensinou a ouvir um punhado de outras bandas e também outros estilos de música. Era assistindo suas performances que eu ouvia mais. Eu passei a ouvir a Elton John por conta da técnica tapping, que Eddie sempre usava. Pensava: - Esse cara está tocando piano na guitarra?
Van Halen não foi a primeira banda que ouvi e nem a primeira que gostei. Mas depois que a conheci passei a ouvir música com outros ouvidos. Eddie pode não ter me ensinado a ouvir rock, mas me ensinou a ouvir.
Morte de Eddie Van Halen
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