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Rock: Realmente sexo, drogas e rock'n roll? (Dos anos 80 até hoje)

Por Rodrigo Contrera
Postado em 07 de agosto de 2016

Comentei em artigo anterior como se deu, ao menos do meu ponto de vista, essa ideia de que o rock, desde os seus primórdios, deveria vir acompanhado por um estilo de vida em que o sexo seria desbragado, as mulheres seriam mais fáceis (para falar o mínimo), os rockstars estariam embriagados de sexo o tempo todo, e por aí vai. Falei algo de Elvis e dos Beatles, assim como dos pontos de vista que eles pareciam passar quanto ao tema, e dos anos 60, que criaram essa visão meio Woodstock de que o amor deveria ser livre, o amor não estaria necessariamente vinculado ao sexo, de que o sexo poderia ser ilimitado, em tipos e limites, em que o prazer seria a moeda, e em que o amor seria algo mais estranho, talvez até difícil de encontrar - ou impossível.

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Ocorre que, com o fim da era Disco e a chegada da Aids, todos os comportamentos passaram por uma reformulação, e mesmo os perfis dos rockstars viraram outra coisa. Claro que sempre houve um Kiss, só para dar um exemplo, em que as mulheres aparecem como objeto, ou mesmo como algo a ser conquistado como se conquista um continente, ou um Whitesnake, em que as mulheres surgem como envolvimentos românticos, mas com perfis específicos (mulheres altas, longuilíneas, com peitões e bundas apetitosas), e com modas específicas, bastante delimitadas a um ocidente de loiras, de olhos claros, gostosas e impossíveis (mas não, é claro, para o rockstar).

Ocorre que com a chegada de outros tipos de rock e heavy metal em grande parte a questão amorosa passou para segundo plano. Os temas passaram a ser outros, os perfis dos músicos também (alguns muito rasteiros, bastante ogros, distantes até da ideia de amor fazendo a eles algum sentido), as músicas tornaram-se ora mais agressivas ora mais distantes do espírito de pessoas comuns, e com isso um novo perfil de amor e sexo, e mesmo de realidades de sexo entre os rockstars passou a se tornar corrente. Pois não sabemos quais foram realmente as realidades para um Iron Maiden, uma das bandas clássicas (refiro-me aos 80) mais representativas, nem para um Accept (embora imaginemos), ou para um Udo, ou para as bandas black metal que vieram depois. É como se nelas o amor e o sexo fossem não propriamente temas proibidos, mas temas difíceis de abordar, propriamente dizendo.

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Por outro lado, o hard rock continuou abordando temas como amor e sexo, e o imaginário de rockstars continuou sendo povoado por sexo desbragado. Como num Guns'n Roses, ou num Aerosmith (que no começo parecia afastar esse tipo de imaginário, eu me lembro bem). Mas, tirante o hard rock, no heavy metal passou a haver o crescimento cada vez maior de outros universos, mais estratosféricos, ou sinfônicos, ou menores, restritos a vidas comezinhas em que o imaginário de loiras gostosas passava realmente a segundo plano. Não consigo imaginar, por exemplo, o dia a dia de bandas como Pantera, por exemplo, em que um Dimebag Darrell restou morto num bar, com imagens que podemos conferir até hoje. Não consigo imaginar sexo naquilo lá, ao menos sexo que eu consiga imaginar. Pois imagino que os caras sejam até mesmo disputados; mas por quem? Por mulheres do tipo que eu conheço, eu duvido. São universos que parecem se afastar claramente da ideia de drogas, sexo e rockn'roll, ficando mais no rock e nas drogas, com sexo na medida da marginália (pelo menos é isso o que eu imagino).

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Ocorre que com o passar do tempo os ídolos clássicos foram envelhecendo. E assim fazendo eles foram explicando como foram suas épocas. E foram também se acomodando. E fomos percebendo como muito da vida deles era, sob certa medida, até mesmo tradicional, e como os relacionamentos foram caindo em imaginários bem conhecidos, clássicos ou até mesmo tradicionais. Nesse ponto é que percebemos como os ideais de sexo desbragado viraram mais um clichê (em certa medida, claro, real) do que realmente algo que os músicos querem ou que vivenciam. Pode-se dizer que com o passar do tempo as drogas e o sexo foram deixando de assumir esse perfil tão diferenciado no ambiente do rock para assumirem características até certo ponto tradicionais, que a vida comum assume inclusive para si. Vejo isso, por exemplo, nos ideais que os rockstars entronizam como vidas ideais, atualmente. Nada que, em grande parte, se diferencie do que qualquer um visa, tranquilidade, amor e sexo, bastante sexo, até porque ninguém é de ferro. Mas, pode-se perguntar: e as drogas e excessos? Claro, vemos um e outro morrendo por aí de exageros. Mas é difícil imaginar que, fazendo contas, esses excessos ocorram, nesses ambientes, realmente em quantidade maior do que na realidade. São pessoas comuns, hoje. Os rockstars viraram, em grande medida, pessoas comuns. E os mitos parecem ter ficado para trás.

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Não é à toa que muitos artistas, de vários gêneros, reclamam que as pessoas ficaram mais caretas. Pois é mesmo. Eles também ficaram. Hoje muito poucos posam de satanistas (e são expulsos por outros). Muito poucos saem realmente querendo posar de sex symbols. Pois os sex symbols passaram para outros âmbitos (rap, teatro, cinema, etc.). Muito poucos defendem que rock, sexo e drogas seriam componentes de uma vida a ser levada seriamente. São poucos os que defendem isso (claro que existem muitos que ainda o fazem, mas não necessariamente em conexão com o rock). Daí que imaginar o rock com garotas peitudas e loiras é, em certa medida, relativamente raro, hoje, e bastante brega. Se nem o Gene Simmons hoje faz isso! Pois então. O rock, tendo caído na vida, caiu em sua mesmice, e boa parte dele nem histórias tão legais assim tem para oferecer.

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Pena? Nada, é a vida. Até chegar algum rock que realmente mexa com algo. Mas isso, nem o Kurt Cobain conseguiu. E olha que ele se matou (degrau máximo).

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Sobre Rodrigo Contrera

Rodrigo Contrera, 48 anos, separado, é jornalista, estudioso de política, Filosofia, rock e religião, sendo formado em Jornalismo, Filosofia e com pós (sem defesa de tese) em Ciência Política. Nasceu no Chile, viu o golpe de 1973, começou a gostar realmente de rock e de heavy metal com o Iron Maiden, e hoje tem um gosto bastante eclético e mutante. Gosta mais de ouvir do que de falar, mas escreve muito - para se comunicar. A maioria dos seus textos no Whiplash são convites disfarçados para ler as histórias de outros fãs, assim como para ter acesso a viagens internas nesse universo chamado rock. Gosta muito ainda do Iron Maiden, mas suas preferências são o rock instrumental, o Motörhead, e coisas velhas-novas. Tem autorização do filho do Lemmy para "tocar" uma peça com base em sua autobiografia, e está aos poucos levando o projeto adiante.
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