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Avenged Sevenfold: desmistificando o ódio pela banda

Por Autor pediu para não ser identificado
Fonte: Wikipédia
Postado em 31 de dezembro de 2013

A banda californiana Avenged Sevenfold tem crescido muito nos últimos tempos com o disco Nightmare debutando em 1º lugar na Billboard em 2010 e recentemente o seu sucessor Hail to the King também alcançou a 1º posição, o que prova que a banda possui aceitação no mainstream, mesmo que dentro da reclusa comunidade metal os fãs "true" ainda insistam em odiar e rejeitar a banda e suas realizações. A grande pergunta é: "O Avenged Sevenfold realmente merece todo o ódio por parte dos headbangers?", para que cada um tire suas próprias conclusões serão expostos alguns pontos.

1. A MÚSICA

O tópico mais importante na decisão da qualidade de uma banda. Analisando a discografia do Avenged Sevenfold como um todo, é possível classifica-los como Metal Alternativo. No seu primeiro disco (Sounding the Seventh Trumpet) a sonoridade da banda estava bem enraizada no Metalcore, que possuía uma pegada bem mais Hardcore Screamo do que Metal propriamente dito, mesmo assim o disco ainda possui momentos Heavy Metal como "To End The Rapture" e momentos inteiramente Hardcore Punk como em "Streets". No segundo disco, o Metalcore da banda se tornou bem mais refinado que na sua primeira abordagem, as músicas começaram a apresentar harmonizações de guitarra (marca registrada da banda), mais canto do que gritos, estruturas e solos elaborados. Todas essas características deram origem ao álbum "Waking the Fallen" considerado até hoje uma das melhores empreitadas do estilo.

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No seu terceiro disco (City of Evil), a banda sofreu uma mudança drástica de sonoridade devido ao fato de que Matt Shadows decidiu parar de gritar em prol de sua evolução como cantor. Devido ao fato de ele estar se descobrindo como um novo vocalista, sua voz soa nasal e gemida algumas vezes (trejeitos de Axl Rose) e parte das músicas está repleta de backing vocals (característica herdada do Hardcore eu suponho). No quesito instrumental o disco dá mais um grande salto em relação ao seu antecessor*, pois apresenta estruturas épicas e está recheado de solos e leads criativos de Synyster Gates, que por vezes lembram algumas características de mestres como Slash, Dimebag Darrel e até mesmo John Petrucci, com direito à divertidas passagens de violões espanhóis e orquestrações, além de uma linha de bateria ótima por parte de Jimmy Sullivan.

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No seu quarto disco, o Self-Titled o som da banda se torna extremamente experimental, indo desde o operático e teatral até o Country, passando ainda por estilos como Rapcore, Rock Progressivo, Hard Rock, Groove Metal e etc. O disco marca uma participação maior de Jimmy "The Rev" nas composições da banda e nos vocais, também é o último a ser gravado pelo mesmo, que veio a falecer em dezembro de 2009. Jimmy deixou uma gama de boas músicas como a excelente "Afterlife", a pegajosa "Almost Easy", a sombria "Bromptom Cocktail" e a estranha "A Little Piece of Heaven" que é provavelmente a músicas mais criativa e divertida da história da banda, quase um Avant-Garde Metal. Outra característica do disco é o fato de M. Shadows ter se tornado um cantor mais confiante, soltando definitivamente sua voz e parando de flertar tanto com o estilo Axl Rose.

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O disco Nightmare (primeiro disco da banda a atingir o primeiro lugar na Billboard) teve as linhas de bateria gravadas por Mike Portnoy (Ex-Dream Theater) e é extremamente carregado emocionalmente já que se trata de um tributo ao falecido baterista The Rev. A banda mais uma vez uma vez explora estilos diferentes, embora não de uma forma tão "descarada" quanto no seu antecessor, passando por músicas com a sonoridade do Heavy Metal clássico, Metal Progressivo, baladas com violão e piano até o Death/Thrash Metal furioso de "God Hates Us". O disco provavelmente seria o trabalho definitivo da banda se não apresentasse uma falta de músicas pesadas, fator que provavelmente se deu ao imenso luto assumido pelos integrantes, porém eles compensaram essa falta mais tarde lançando as ótimas "Not Ready to Die" e "Carry On" para a trilha sonora dos jogos da franquia Call of Duty.

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Mais recentemente, o Avenged Sevenfold lançou o álbum "Hail to the King" e mais uma vez conquistou as paradas, o disco é o primeiro que não apresenta composições do falecido Sullivan, e apresenta uma sonoridade unicamente voltada para o Heavy Metal clássico e para o Hard Rock sendo influenciado fortemente pelo Black Album do Metallica, o Megadeth noventista, Guns N’ Roses, Black Sabbath e Led Zeppelin. Neste disco não é possível notar mais nenhuma influencia do Hardcore que estava presente nos primeiros trabalhos do grupo. "Hail to the King" marca mais um passo na evolução da banda.

2. O VISUAL DA BANDA

Um dos maiores dilemas com relação ao grupo, mesmo sendo do conhecimento de todos que é um fator praticamente irrelevante, a banda em seu princípio não tinha um visual extravagante, eram definitivamente parecidos com típicos músicos californianos de Hardcore.

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Lá pro ano de 2005 com o lançamento do "City of Evil" a banda aderiu a um visual mais carregado com maquiagens pesadas, unhas pintadas de preto, franjas e etc. (Até o Slayer já teve essa fase tirando as franjas.), com o passar dos anos o Avenged Sevenfold foi gradativamente abandonando essa imagem embora ainda sejam associados a ela. Atualmente o visual da banda não apresenta nada de incomum, apenas caras com suas roupas e guitarras.

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3. OS FÃS DA BANDA

Os fãs do Avenged Sevenfold são em sua maioria adolescentes que não possuem conhecimento aprofundado do Rock e Heavy Metal e exaltam os caras acima de qualquer coisa, o que pode levar a certa rejeição por parte dos headbangers tradicionais tanto para com os fãs como para a música da banda, o que é ruim visto que o grupo realmente tem coisas boas a oferecer. É possível notar a inexperiência de alguns seguidores do a7x nas redes sociais, sites e etc. O ideal seria ignorar argumentos idiotas ao invés de cair de pau em cima da banda, afinal de contas se o mestre Portnoy tocou com eles o grupo não pode ser tão ruim assim.

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4. A BANDA (FORMAÇÃO CLÁSSICA)

M. Shadows (Matthew Sanders) – Frontman do Avenged Sevenfold e ex-vocalista de Metalcore. Sua voz é um híbrido rasgado de Axl Rose com Phil Anselmo, considerado um bom vocalista já que consegue reproduzir alguns clássicos do Pantera com competência e alcançar notas altas. É o principal letrista do Avenged Sevenfold.

Synyster Gates (Brian Ewin Haner Jr.)- Provavelmente o integrante da banda que mais tem domínio do próprio instrumento, os solos e leads de Gates são criativos e técnicos (sim), sempre recheados de arpejos. Ele cita Dimebag Darrell, Slash, John Petrucci e outros guitarristas de Jazz como influência. Tocava numa banda de Avante-Garde Metal (Pinkly Smooth) com The Rev antes de se juntar ao Avenged Sevenfold.

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Zacky Vengeance (Zachary Baker)– Guitarrista canhoto com postura punk, ao vivo faz backing vocals, toca as bases das músicas e faz harmonias de guitarra com Gates, fundou a banda junto com M.Shadows.

Johnny Christ (Jonathan Lewis Seward)- Baixista da banda e suporte das bases musicais durante as harmonias de Zacky e Synyster. Cita Cliff Burton como seu baixista favorito.

The Reverend Tholomew Plague (James Owen Sullivan) – The Rev era o baterista e provavelmente o músico mais criativo e excêntrico da banda, tendo presenteado a mesma com composições como "Afterlife", "Almost Easy", "A Little Piece of Heaven", "Fiction", "God Hates Us" e etc. Sabia cantar por ter sido vocalista de outros grupos, o que fazia dele um bom reforço no estúdio e ao vivo, também sabia tocar piano e guitarra. Era o líder da banda de Avante-Garde Metal Pinkly Smooth antes de decidir se dedicar integralmente ao Avenged Sevenfold junto com Synyster Gates. Citava Dave Lombardo, Mike Portnoy e Vinnie Paul como seus bateristas favoritos.

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5. DEATHBAT

A mascote do Avenged Sevenfold, para uma banda de rock não existe símbolo mais óbvio. Muita polêmica se dá devido ao fato de que o Deathbat se parece com o esqueleto com asas usado pelo Overkill (e por outras trocentas bandas), uma discussão completamente irrelevante.

6. CONTEÚDO LÍRICO

As letras da banda englobam diversos assuntos como:

• Declarações de amor para garotas.
• Relações pessoais.
• Política.
• Músicas de cunho bíblico como Caim matando Abel e a história da Torre de Babel.
• Inferno.
• Zumbis
• O fim do mundo.
• Reis tiranos.
• Matar a namorada e estuprar o corpo.
• Guerras.

Nada que não seja metal o suficiente em minha opinião, mas vai de cada um.

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