RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Ex-vocalista do Iced Earth fará turnê cantando "The Dark Saga" na íntegra

Setlist da próxima tour do Iron Maiden promete, de acordo com o vocalista Bruce Dickinson

Steve Souza diz que não se apresentará novamente com o Exodus; "Definitivamente não"

Iron Maiden pediu para não ser mais indicado ao Rock and Roll Hall of Fame

I Prevail cancela apresentação no Bangers Open Air; leia comunicado

Crypta revela guitarrista convidada que substituirá Jéssica Di Falchi

A banda que serviu de base para o rock nacional que Ritchie Blackmore odiava

O ex-jogador finlandês que fez Tarja Turunen passar a torcer pelo Liverpool Football Club

O disco dos Beatles que marcou a vida de Rex Brown, baixista do Pantera

Bruce Dickinson ficou "chocado" ao ver Simon Dawson tocando com o Iron Maiden

As próximas músicas do Metallica que devem ultrapassar 1 bilhão de plays no Spotify

A canção festiva do Kiss que conta uma história triste e trágica

A banda clássica em que Yngwie Malmsteen recusou convite para tocar: "Seria incrível, mas..."

Para Kerry King, Randy Rhoads era a versão heavy metal de Eddie Van Halen

Carlos Santana passa mal antes de show e é levado de ambulância para hospital


Stamp

Arquivos Digitais: a música não tem preço ou não vale nada?

Por Claudinei José de Oliveira
Fonte: rollandorocha
Postado em 29 de maio de 2015

Historicamente falando, é tradição as pessoas pobres não pagarem pelo consumo da arte, ou podemos acreditar que pobres camponeses, artesãos ou operários bancaram o gênio de um Michelângelo ou de um Mozart? Agora, às custas da exploração de quem foram edificadas as riquezas que patrocinaram as artes, é outra história. Uma simples equação que se resolvia na seguinte fórmula: nós o estropiamos mas permitimos a você um pouco do bálsamo. Tal tradição começou a ir por terra com o advento da sociedade industrial e seu mercado totalizador, onde tudo se torna passível de compra e venda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

As técnicas de gravação de imagem e som vão dar início à indústria cultural com produção voltada para a massa mas, mesmo assim, sobrevive com o rádio e a televisão, o acesso gratuito à arte, veiculada através destes meios. A quantidade de música disponível nas ondas do rádio, diariamente, estava, infinitamente, além da capacidade de compra do suporte físico ( gravações) dessas músicas por uma pessoa pobre, por exemplo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Quando às técnicas de gravação se tornaram digitais foi, simplesmente, o inevitável próximo passo. A industria cultural se lambuzou nas possibilidades de lucro trazidas por tal novidade. Sem custo de produção algum, um número absurdo de catálogos foram ressuscitados e vendidos como o ápice técnico das gravações na era dos CDs. Logo em seguida, o mesmo se deu com imagens gravadas em DVD. Não que isso já não fosse feito antes, na época dos discos de vinil, por exemplo, afinal de contas, é lei do mercado mudar a embalagem para chamar a atenção do comprador. Se como dizem, a indústria fonográfica está morrendo, é sufocada por sua própria ganância.

O caso brasileiro, por conta de suas condições sócio-econômicas, no que diz respeito ao nosso interesse, o rock, é ainda mais ilustrativo. Quando foi editado no Brasil, em meados da década de 1980, o álbum "Empire Burlesque", de Bob Dylan, talvez por conta da significância histórica de sua trajetória como letrista, trouxe, além do encarte com as letras originais, uma folha em papel simples com as traduções das letras para o português, num caso raro de respeito ao consumidor. No mais, este é tratado como se o inglês fosse sua língua mater ou, pior, com o preconceito elitista de que aquilo não é pra quem não pode pagar pelo domínio do inglês. Tal situação só se agravou com a tecnologia digital: as promessas de melhoria foram cobradas mas não foram entregues. Foi alardeada como possibilidade do DVD as opções de qualidade de áudio e legenda, porém o que se viu foi o mesmo descaso com preço maior: CDs sem encartes, documentários e shows em DVD sem legendas. As gravadoras podem alegar, em seu favor, que tais preocupações encareceriam, ainda mais, o produto final mas este nunca chegou barato ao consumidor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Uma pessoa pobre, por mais instruída que fosse, compraria, se continuasse pobre - e a tendência da pobreza é se perpetuar -, ao longo de sua vida, algo em torno de uma centena de gravações musicais analógicas - os bons e velhos LPs. Isto significa que um pobre, fatalmente, não poderia ter uma noção abrangente da história do rock. O mesmo vale para outro estilo musical qualquer, afinal de contas, para ver e ouvir é necessário, antes, comer. Por ser difícil, o pouco era muito e aí reside o valor saudosista atribuído às antigas técnicas.

Dizem que as gerações formadas com a tecnologia digital não paga por música porém, o buraco é mais embaixo: as gerações formadas com a tecnologia digital não reconhecem nem têm como reconhecer o valor da música, afinal, ela é jogada em quantidades absurdamente infinitas, "de graça", em suas caras. Todo prazer tem um preço. Sexo e comida gostosa que o digam. Se a música vem grátis, pode ser que ouvir uma boa música esteja deixando de ser um prazer.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Para aqueles que se formaram pagando por uma boa música no formato físico, o mundo digital poderia ser uma mina onde, com um simples teclar, poderiam ser desencavadas "pepitas de ouro". Não é. É só "ouro de tolo". O roubo de uma joia falsa é, ainda, roubo e, aí, existe todo um comércio por trás da própria ideia de roubo e, no final, alguém irá pagar a conta pois, apesar das aparências, tudo tem seu preço.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Claudinei José de Oliveira

Claudinei José de Oliveira é graduado em História e aproveita o tempo vago para ouvir, ler e escrever rock'n'roll e conversar com seus cachorros. Criou e mantém o blog rollandorocha.blogspot.
Mais matérias de Claudinei José de Oliveira.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS