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Arquivos Digitais: a música não tem preço ou não vale nada?

Por Claudinei José de Oliveira
Fonte: rollandorocha
Postado em 29 de maio de 2015

Historicamente falando, é tradição as pessoas pobres não pagarem pelo consumo da arte, ou podemos acreditar que pobres camponeses, artesãos ou operários bancaram o gênio de um Michelângelo ou de um Mozart? Agora, às custas da exploração de quem foram edificadas as riquezas que patrocinaram as artes, é outra história. Uma simples equação que se resolvia na seguinte fórmula: nós o estropiamos mas permitimos a você um pouco do bálsamo. Tal tradição começou a ir por terra com o advento da sociedade industrial e seu mercado totalizador, onde tudo se torna passível de compra e venda.

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As técnicas de gravação de imagem e som vão dar início à indústria cultural com produção voltada para a massa mas, mesmo assim, sobrevive com o rádio e a televisão, o acesso gratuito à arte, veiculada através destes meios. A quantidade de música disponível nas ondas do rádio, diariamente, estava, infinitamente, além da capacidade de compra do suporte físico ( gravações) dessas músicas por uma pessoa pobre, por exemplo.

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Quando às técnicas de gravação se tornaram digitais foi, simplesmente, o inevitável próximo passo. A industria cultural se lambuzou nas possibilidades de lucro trazidas por tal novidade. Sem custo de produção algum, um número absurdo de catálogos foram ressuscitados e vendidos como o ápice técnico das gravações na era dos CDs. Logo em seguida, o mesmo se deu com imagens gravadas em DVD. Não que isso já não fosse feito antes, na época dos discos de vinil, por exemplo, afinal de contas, é lei do mercado mudar a embalagem para chamar a atenção do comprador. Se como dizem, a indústria fonográfica está morrendo, é sufocada por sua própria ganância.

O caso brasileiro, por conta de suas condições sócio-econômicas, no que diz respeito ao nosso interesse, o rock, é ainda mais ilustrativo. Quando foi editado no Brasil, em meados da década de 1980, o álbum "Empire Burlesque", de Bob Dylan, talvez por conta da significância histórica de sua trajetória como letrista, trouxe, além do encarte com as letras originais, uma folha em papel simples com as traduções das letras para o português, num caso raro de respeito ao consumidor. No mais, este é tratado como se o inglês fosse sua língua mater ou, pior, com o preconceito elitista de que aquilo não é pra quem não pode pagar pelo domínio do inglês. Tal situação só se agravou com a tecnologia digital: as promessas de melhoria foram cobradas mas não foram entregues. Foi alardeada como possibilidade do DVD as opções de qualidade de áudio e legenda, porém o que se viu foi o mesmo descaso com preço maior: CDs sem encartes, documentários e shows em DVD sem legendas. As gravadoras podem alegar, em seu favor, que tais preocupações encareceriam, ainda mais, o produto final mas este nunca chegou barato ao consumidor.

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Uma pessoa pobre, por mais instruída que fosse, compraria, se continuasse pobre - e a tendência da pobreza é se perpetuar -, ao longo de sua vida, algo em torno de uma centena de gravações musicais analógicas - os bons e velhos LPs. Isto significa que um pobre, fatalmente, não poderia ter uma noção abrangente da história do rock. O mesmo vale para outro estilo musical qualquer, afinal de contas, para ver e ouvir é necessário, antes, comer. Por ser difícil, o pouco era muito e aí reside o valor saudosista atribuído às antigas técnicas.

Dizem que as gerações formadas com a tecnologia digital não paga por música porém, o buraco é mais embaixo: as gerações formadas com a tecnologia digital não reconhecem nem têm como reconhecer o valor da música, afinal, ela é jogada em quantidades absurdamente infinitas, "de graça", em suas caras. Todo prazer tem um preço. Sexo e comida gostosa que o digam. Se a música vem grátis, pode ser que ouvir uma boa música esteja deixando de ser um prazer.

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Para aqueles que se formaram pagando por uma boa música no formato físico, o mundo digital poderia ser uma mina onde, com um simples teclar, poderiam ser desencavadas "pepitas de ouro". Não é. É só "ouro de tolo". O roubo de uma joia falsa é, ainda, roubo e, aí, existe todo um comércio por trás da própria ideia de roubo e, no final, alguém irá pagar a conta pois, apesar das aparências, tudo tem seu preço.

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Sobre Claudinei José de Oliveira

Claudinei José de Oliveira é graduado em História e aproveita o tempo vago para ouvir, ler e escrever rock'n'roll e conversar com seus cachorros. Criou e mantém o blog rollandorocha.blogspot.
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