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Plebe Rude: terceiro da banda é relançado digitalmente

Por André Nascimento
Fonte: Spotify
Postado em 13 de abril de 2017

Depois de seus dois primeiros álbuns serem relançados digitalmente, a PLEBE RUDE tem agora seu terceiro álbum homônimo, que também é conhecido com "Plebe Rude III", disponibilizado em várias plataformas de streaming e download.

Originalmente lançado em 1988, o álbum é o primeiro trabalho da banda brasiliense sem a produção do paralama Herbert Vianna e na época sofreu críticas por misturar a sonoridade PÓS-PUNK com ritmos brasileiros regionais. O baixista André X contou num post escrito no ano de 2007 em seu desativado blog X da Questão detalhes sobre a gravação do álbum, que seria o derradeiro álbum lançado pela EMI. Leia abaixo na íntegra:

A Gravação de Plebe Rude III

Plebe Rude - Mais Novidades

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Vocês sabiam que a única razão que o terceiro disco se chama simplesmente Plebe Rude é que a gente não conseguiu chegar a um acordo quanto ao nome? Só esse fato já é suficiente para imaginar como foram as sessões de gravação. Não chegamos a um consenso quanto ao produtor, então trabalhamos com três: Roberto Reis, Armando Telles e, novamente a bordo de um projeto da Plebe, o Renato Luiz.

O Roberto Reis e o Armando eram nossos técnicos de palco. Fomos convencidos de que, se são bons ao vivo, fariam um trabalho legal no estúdio. Só que há uma diferença muito grande entre os dois ambientes e o que a banda mais precisava naquele momento era de um produtor com opiniões e liderança forte, não de dois técnicos de som. Na verdade três, pois o lado conservador da Plebe teve voto forte ao trabalhar pelo terceiro disco em seguida com o Renato Luiz. Deveríamos ter partido para produtores de nome, outros estúdios, outros pontos-de-vista, mas não, ficamos no mesmo caminho já trilhado nos outros discos.

A Plebe Rude é uma banda polarizada no sentido que há uma dualidade de sentimentos e emoções rolando. Mesmo caminho na produção, outra estratégia na música. Isso que sempre me deixa bolado. Estávamos partindo para um disco experimental, bastante ousado, mas fomos extremamente conservadores na sua produção. Chegamos ao estúdio, para variar, vindos de uma série de shows. Quando não estávamos tocando, cada um estava na sua, o Jander isolado em Mendes, o Gutje armando as suas, o Philippe recuperando de uma separação e eu começando a estudar à noite na Escola Superior de Propaganda e Marketing. Ou seja, mais uma vez, nada de coesão e foco no que estava sendo feito.

Não é que tínhamos desistido da Plebe, é que faltou uma pessoa para dar uns tapas na gente e falar: olha, a Plebe são vocês quatro, lavem a roupa suja, se unam, porque a vida de vocês está em jogo. Realmente, nossa visão à época era míope, para não dizer completamente cega.

O gozado é que o disco reflete uma postura coletiva de ousar. O Philippe insistia em mostrar que éramos excelentes músicos, então incluía em suas composições acordes e arranjos complicados, muitas vezes deixando de lado o simples e óbvio que sempre deram excelentes canções. O Jander fascinado pelo som da viola de Elomar e de outros músicos regionais, trouxe essa influência também para o estúdio. Gozado que os dois, sempre antagônicos, se uniram para influenciar no que viria a ser o som de nosso terceiro e último disco de estúdio pela EMI.

A única música feita em conjunto foi Plebiscito, que era um dos nomes cotados para o disco. É a mais simples do disco, baseada numa linha de baixo que trouxe, inspirada nos Comsat Angels. Só que de CA não ficou nada. Com o único riff rock n roll do disco e uma parte do meio bem energética, é a faixa que guarda alguma referência aos primeiros dois discos. As outras são obras de masturbação musical, ao meu ver. Não que sejam ruins, mas não eram o que a Plebe necessitava naquele momento. Toda bagagem punk e pós-punk foi atirada no lixo. Tanto é que hoje em dia não tocamos nenhuma faixa desse disco. Para comentários faixa a faixa, checar o site.

A gravadora sacou isso e tentou nos avisar. Não queriam lançar o disco na época prevista. Queriam nos dar mais tempo para gravar outras músicas. Queriam que a gente usasse uma letra do Cazuza. Não ouvimos, insistimos que fosse lançado. Foi. Um tiro na água. Olhando para trás, fazendo a minha culpa, acho que poderíamos ter atendido aos pedidos da EMI sem comprometer a nossa imagem. Mas éramos jovens, tão jovens....... tínhamos todo o tempo do mundo (achávamos).

E as gravações? Totalmente sem comando. O Renato Luiz, apesar de excelente técnico de som, não era um produtor, suas opiniões se limitavam ao lado técnico da gravação. Os outros dois, coadjuvantes de quinta, não participavam em nada. André, Philippe, Jander e Gutje achando que estavam ousando muito, dando um importante passo de evolução no som da banda, não percebendo os erros que estavam cometendo. Todos se achando os melhores dos músicos por estarmos compondo coisas complicadas, com sotaques regionais. Daí vem o Renato Russo, faz um disco de rock, só com três acordes, belíssimas canções que qualquer um canta junto, e vende mais de cinco vezes do que o Plebe Rude III. Lição aprendida. Faltou um líder no estúdio, faltou uma voz que falasse igualmente para os quatro.

A EMI não teve interesse nenhum em divulgar o disco. A relação gravadora/banda se deteriorou a tal ponto que, numa entrevista (que foi marcada pelo empresário da banda, não pela gravadora, como é de praxe) a gente rasgou o símbolo da EMI. Foi a gota d’água. No dia seguinte, estávamos oficialmente barrados do prédio em Botafogo. Uma maneira bem direta de dizer: estão despedidos.

http://xdaquestao.blogspot.com.br/2007/01/gravao-de-plebe-rude-iii.html

"Plebe Rude III" é até hoje o último registro em estúdio com a formação clássica Philippe Seabra (vocal/guitarra), Jander Bilaphra (segundo vocal/guitarra), André X (baixo) e Gutje Woorthmann ( bateria). Depois da recisão com a EMI, Jander foi demitido no ano de 1990 e Gutje saiu após uma briga com o baixista em 1992. Somente em 1999 a PLEBE RUDE, que chegou a encerrar suas atividades e ficou entre 1994 e 99 sem tocar, voltou com a formação clássica para tocar no festival brasiliense Porão do Rock e depois chegaram a um consenso em fazer um registro ao vivo, que é o álbum "Enquanto a Trégua Não Vem", de 2000, e que marcou o retorno da banda a EMI.

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