O melhor guitarrista que Jimmy Page ouviu em sua vida; "Ele era instintivamente o melhor"
Por Bruce William
Postado em 03 de abril de 2025
Jimmy Page sempre foi visto como um dos maiores guitarristas do rock, mas nunca fez questão de se colocar como o mais técnico ou refinado. Mesmo tendo criado solos marcantes e riffs que entraram para a história, ele sabia que havia músicos mais avançados do ponto de vista instrumental - especialmente no universo do jazz e do fusion.
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Nessa busca por sons mais sofisticados, muitos guitarristas da época olharam para nomes como Miles Davis, John Coltrane e outros artistas que exploravam harmonias complexas e improvisos instintivos. Foi nesse cenário que surgiu John McLaughlin, primeiro tocando com Miles e depois à frente da Mahavishnu Orchestra, grupo que virou referência para quem queria ultrapassar os limites do rock tradicional.
McLaughlin usava escalas fora do padrão, acordes incomuns e frases que desafiavam até os ouvidos mais treinados. Mesmo Page, que já havia experimentado técnicas pouco convencionais com o Led Zeppelin, reconhecia que McLaughlin, de quem ele inclusive teve aulas, estava em outro patamar: "Ele era instintivamente o melhor, eu percebi. Eu não ouvia muito jazz - ou era algo bem seletivo, o que eu ouvia - mas eu podia perceber, com base no que eu conhecia, que ele era facilmente o melhor que eu iria ouvir ou testemunhar ali na minha frente. Ele era o melhor que eu iria ver, com certeza.", disse em 2020 durante conversa com a Reverb, resgatada pela Far Out.
Ao dizer isso, Page não estava diminuindo sua própria trajetória. O que ele fez com canções como "Kashmir" ou "Going to California" mostra justamente o oposto: que é possível alcançar resultados marcantes sem seguir o caminho mais técnico. Sua criatividade e senso de ambiência o levaram a criar arranjos únicos, mesmo sem a mesma bagagem formal que outros guitarristas carregavam.
Para McLaughlin, a guitarra era quase uma extensão do pensamento musical mais erudito. Para Page, era uma ferramenta de invenção, ruído, textura e emoção. E, no fim das contas, talvez tenha sido essa diferença que fez o Zeppelin soar como soava - com liberdade total, sem amarras teóricas, mas com sensibilidade artística o bastante para marcar época.
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