Jimmy Page revela quem ele considera o guitarrista mais completo de todos os tempos
Por Bruce William
Postado em 04 de agosto de 2025
A geração britânica dos anos 60 produziu uma quantidade impressionante de guitarristas que reinventaram o rock. Enquanto nomes como Eric Clapton, Jeff Beck e Jimi Hendrix (apesar de americano, muito associado à cena londrina) exploravam e experimentavam sonoridades e possibilidades que o instrumento permitia, Jimmy Page observava tudo com atenção, desenvolvendo seu próprio estilo que mais tarde se tornaria marca registrada do Led Zeppelin.
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Ainda nos tempos em que tocava com os Yardbirds, Page já flertava com ideias fora da curva, e foi justamente essa inquietação que deu origem ao Zeppelin. Tentando ser original, ao invés de adotar fórmulas pré-estabelecidas, ele apostava em combinações arriscadas de blues, folk, psicodelia e improvisação, sempre buscando uma abordagem única e personalizada para a guitarra.
Entre tantos colegas de geração, um nome em especial chamava sua atenção: Peter Green. Para Page, o guitarrista que assumiu o posto deixado por Clapton nos Bluesbreakers e fundou o Fleetwood Mac original não era apenas talentoso, era o pacote completo. Ele elogiava não só a técnica, mas também a sensibilidade melódica, a composição e até a voz de Green. A faixa "Oh Well", por exemplo, era considerada por Page uma obra "brilhante", tanto pela estrutura quanto pela entrega emocional (youtube).

"Tenho total respeito pelo trabalho do Peter Green", declarou Page em fala publicada na Far Out.
Mesmo com uma produção limitada devido a problemas de saúde mental, Peter Green influenciou profundamente não só o som do Fleetwood Mac, mas também guitarristas como o próprio Page. Para muitos, canções como "Albatross" (youtube) ajudaram a construir o caminho que levaria a momentos mais introspectivos e melancólicos da guitarra no rock britânico, o que aconteceria mais tarde em "Ten Years Gone", do Led Zeppelin, como exemplo.

Page nunca escondeu sua admiração pelo guitarrista que ele adorava e respeitava. Mesmo tendo fama de "emprestar" ideias aqui e ali, ele admitia e assumia de onde vinham suas referências. E quando o assunto era Peter Green, não havia dúvida: o que havia era um respeito genuíno, e que se transformou em uma admiração eterna.
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