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Sepultura: Após três anos, qual é a impressão que fica?

Resenha - Machine Messiah - Sepultura

Por Felipe Cipriani Ávila
Postado em 30 de janeiro de 2020

Por se tratar de um play que tem o conceito da robotização da sociedade como carro-chefe para os conteúdos debatidos e trabalhados no decorrer das faixas (embora não seja estritamente conceitual, como o foi, por exemplo, "Dante XXI" (2006), baseado no livro "A Divina Comédia", de Dante Alighieri), abre-se espaço de sobra para diversos olhares e percepções a respeito das temáticas abordadas nas músicas e, no mesmo sentido, no que se refere ao conteúdo lírico especificamente, sobretudo tendo como espelho o mundo em que vivemos presentemente, tão dominado pela cultura das multitelas e pelos mais variáveis aplicativos e dispositivos eletrônicos, que prometem a resolução de vários dos nossos problemas em poucos cliques. Isto é, a solução, supostamente, está bem nas palmas de nossas mãos. Lançado no dia 13 de janeiro de 2017, via Nuclear Blast/Sony Music (distribuição na América Latina), "Machine Messiah" é o décimo quarto trabalho de estúdio do SEPULTURA.

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No entanto, três anos depois, fica a pergunta: e musicalmente falando, qual é a impressão que "Machine Messiah" proporciona ao ouvinte?

De pronto, podemos afirmar, enfaticamente, que "Machine Messiah" é um álbum coberto de predicados, não somente por uma razão ou uma conjuntura separada, contudo, decerto, por uma série de ligas, conexões, posturas, ações, decisões, músicos e profissionais (mais do que gabaritados e respeitados mundo afora) que trabalham em uma mesma sintonia, buscando o mesmo fim, sempre: alcançar o melhor e mais satisfatório resultado possível, respeitando, mas não se prendendo ao passado (mais do que) glorioso; desde a produção, encabeçada pelo respeitadíssimo sueco Jens Bogren (ANGRA, KATATONIA, OPETH, ORPHANED LAND, AMON AMARTH, PARADISE LOST etc.), no Fascination Street Studios, em Örebro, na Suécia, até o entrosamento apresentado pelo grupo, que salta aos olhos (e, evidentemente, aos ouvidos), observa-se o quanto a experiência, o amadurecimento e o comprometimento contam e foram recompensados. Como consequência disso, dez faixas foram geradas, e, verdadeiramente, impressionam e sensibilizam por sua musicalidade singular e execuções impecáveis. A fascinante arte de capa também merece menção. Deveras alinhada à concepção lírica, foi criada pela artista filipina Camille Della Rosa.

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Para se convencer de todo o poderio, relevância e vitalidade de tão notável nome do Heavy Metal mundial, basta assistir a uma apresentação deste ao vivo. Não é exagero declarar que verdade, "sangue nos olhos" e honestidade são componentes e atributos encontrados facilmente em qualquer show do SEPULTURA. É inegável a química existente entre os integrantes, fator que atesta, com efeito, que eles vestem a mesma camiseta, honrando, indubitavelmente, o legado já estabelecido e buscando, incessantemente, lançamento após lançamento, apresentar aos fãs (e, acima de tudo, a si mesmos), seguidores ou, simplesmente, simpatizantes, algo novo, que fuja do lugar-comum e dos clichês, porém que, nas mesmas proporções, mantenha a essência e as raízes dessa instituição do som pesado.

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No tocante ao repertório propriamente dito, percebe-se uma boa dose de sofisticação e de variação em várias partes, o que não significa, absolutamente, que a sonoridade tenha sido "suavizada". Por exemplo, o uso de violinos (uma ideia que partiu de Jens Bogren) em certos trechos, um dos diferenciais da obra, que se concretizou com a participação da "Orquestra Myrath", conduzida por Elyes Bouchoucha, tecladista do quinteto tunisiano de Metal Progressivo MYRATH, contribuiu consideravelmente para reforçar a qualidade e o clima de caos e tensão encontrado em distintos períodos do álbum, enriquecendo e encorpando ainda mais a sonoridade do quarteto. As orquestrações se convergem muito bem com os diversos contrastes e peças existentes na musicalidade ímpar e firme do SEPULTURA. "Phantom Self" demonstra bem isso. Com uma introdução evocando o característico ritmo pernambucano maracatu, o tema evidencia o casamento perfeito entre os violinos, a bateria sobre-humana de Eloy Casagrande (em seu segundo full-length de estúdio com a banda, a habilidade e a técnica dele parecem desconhecer limites), o contrabaixo preciso de Paulo Xisto Jr. e a guitarra diferenciada e deslumbrante de Andreas Kisser (por sinal, como é gratificante ouvi-lo tão solto e mostrando o porquê de ser um guitarrista tão respeitado e reverenciado internacionalmente. O "duelo" dele com os violinos dá um tempero a mais à música, comprovando o alto patamar técnico em que os instrumentistas se encontram). O que emitir em relação aos vocais de Derrick Green? Temos, aqui, uma de suas melhores e mais consistentes performances (a recorrência dessa afirmação pode ser alta, no desenvolver desta análise). A propósito, nessa direção, outro ponto a ser destacado é a versatilidade que ele apresenta e imprime em diferentes momentos, cantando com desenvoltura, naturalidade, e não somente de forma mais tradicional e agressiva, mas também utilizando a sua voz limpa de modo bastante elogiável, com maior frequência, o que proporciona novas cores às faixas.

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Como já mencionado, a polivalência é um dos aspectos que mais chamam a atenção nesse play. A faixa de abertura, exatamente a que dá nome ao disco, já ratifica isso. Com instrumental mais melódico e andamento mais arrastado e pesado, nos deparamos com linhas vocais carregadas, sombrias e bem-feitas. A guitarra de Andreas Kisser se mostra bem à frente, imponente e com passagens muito bonitas, emotivas e cativantes. No marcante refrão, Derrick volta ao seu vocal mais usual, repleto de potência e visceralidade. Os solos de guitarra respondem muito bem à proposta e à roupagem do tema. Já "I Am The Enemy" escancara o lado mais habitual, cru e Hardcore do grupo, com Eloy Casagrande "maltratando" o seu kit de bateria. Nesse ponto, não há muito tempo para respirar. Em "Alethea", temos um ritmo mais quebrado, tribal, com a bateria dando a tônica, prova cabal de que o posto de baterista não poderia estar melhor ocupado. A instrumental "Iceberg Dances" é inventividade genuína, tendo integrado até trilha sonora de novela global ("A Força do Querer", de Glória Perez). Quer dizer, o todo se mostra exemplar, evidenciando uma faceta mais progressiva e bastante influência de música brasileira, latina, especialmente nordestina. Andreas Kisser se instiga e se inflama, fazendo bonito em vários momentos, principalmente nos trechos de violão clássico. A seguinte, "Sworn Oath", é um dos pontos altos. Com uma atmosfera meio Mastodon (quarteto de Atlanta (Geórgia), Estados Unidos) no seu princípio, temos uma música muitíssimo bem concebida e vigorosa. Quando descamba para o peso, para a agressividade pura, mostra uma das melhores atuações vocais de Derrick. Aliás, como ele se desafia e se supera, ele que já foi alvo de tantas críticas e de tanto ceticismo, principalmente por parte dos fãs ditos mais tradicionais. A "Orquestra Myrath", mais uma vez, complementa muito bem todo o direcionamento sombrio e envolvente do tema. Um dos destaques de uma obra tão bem planejada, composta e construída. "Resistant Parasites" realça as linhas de contrabaixo de Paulo Jr. (que evoluiu muito com o passar dos anos); punch e climas orientais unem-se em uma só harmonia (as orquestrações se encaixam muito bem, novamente), sendo, assim como "Silent Violence" e "Vandals Nest", altamente agressivas e pujantes. O encerramento, com "Cyber God", tem outro desempenho estupendo de Derrick Green. Ora fazendo uso de vocais limpos, ora privilegiando os vocais agressivos e guturais, ele dita os rumos de maneira primorosa. Andreas Kisser não cansa de brilhar. Fechamento espetacular para um trabalho tão caprichado, verdadeiro e criativo. Ou seja, temos uma banda que se recusa a ficar estagnada, seguindo fórmulas musicais prontas e previsíveis. Por isso, é tão bem-sucedida e gigante.

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Após três anos de lançamento, "Machine Messiah" segue bastante relevante, justamente por mostrar uma unidade que, a despeito de todas as críticas e do saudosismo presente em parcela do público, segue firme e forte, convicta do seu papel e da sua importância no universo da música pesada. Agora, aguardemos. Com proposta conceitual, "Quadra", cuja capa foi elaborada por Christiano Menezes, será lançado em breve, no dia sete de fevereiro, através da já citada Nuclear Blast, enquanto que a distribuição no Brasil e nos demais países da América Latina ficará sob responsabilidade da gravadora BMG. Pelos singles divulgados até o presente momento, os poderosos "Isolation" (de acordo com fala do vocalista Derrick Green, a letra apresenta uma crítica ao sistema carcerário dos Estados Unidos) e "Last Time" (aborda-se a luta pela superação de algum vício), podemos esperar por mais um trabalho abarrotado de qualidade e de integridade artística. A produção continua a cargo de Jens Bogren, outra vez no Fascination Street Studios (Suécia), e foi confirmada a participação de Emmily Barreto, vocalista do grupo potiguar FAR FROM ALASKA, no tema "Fear; Pain; Chaos; Suffering". Frequentemente, a diversidade pode (e deve) ser muito bem-vinda, somando e agregando novas ideias. Pelos indícios, as melhores expectativas estão prestes a se concretizar. Avante, SEPULTURA!

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Lista de músicas de "Machine Messiah":

01. Machine Messiah
02. I Am The Enemy
03. Phantom Self
04. Alethea
05. Iceberg Dances
06. Sworn Oath
07. Resistant Parasites
08. Silent Violence
09. Vandals Nest
10. Cyber God

Lista de músicas de "Quadra":

01. Isolation
02. Means To An End
03. Last Time
04. Capital Enslavement
05. Ali
06. Raging Void
07. Guardians Of Earth
08. The Pentagram
09. Autem
10. Quadra
11. Agony Of Defeat
12. Fear; Pain; Chaos; Suffering (Participação de Emmily Barreto (FAR FROM ALASKA))

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Sobre Felipe Cipriani Ávila

Headbanger convicto e fanático, jornalista (graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas), colecionador compulsivo de discos, não vive, de modo algum, sem música. Procura, sempre, se aprofundar no melhor gênero de música do mundo, o Heavy Metal, assim como no Rock'n'Roll, de um modo geral, passando pelo clássico, pelo progressivo, pelo Hard setentista e oitentista, e não se esquecendo do Blues. Play It Loud!
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