Angra: "Secret Garden" é digno de figurar no Top Five da banda
Resenha - Secret Garden - Angra
Por Matheus Rodrigues
Postado em 19 de dezembro de 2014
Nota: 10
O Angra acabou de lançar, precisamente na terça-feira (17), o seu oitavo álbum de inéditas, intitulado "Secret Garden".
Após o intervalo de quatro anos sem lançar material inédito, o Angra está de volta, e dessa vez mais forte do que nunca, provando que ainda pode ser uma das bandas guardiãs do Metal Tupiniquim por vários anos.
Newborn Me - Bem diferente do Angra que conhecíamos, com uma pegada bem mais prog do que power, diria eu que com uma certa influência do Dream Theater. Destaque pro lindo solo do Kiko.
Black Hearted Soul - O bom e conhecido "Metal castelinho", o que não impede de ser uma grande música. Se nos restringirmos ao catálogo do Angra, é algo similar a Z.I.T.O. Uma das músicas que evoca a "velha essência" da banda, que muitos diziam que estaria em falta no disco.
Final Light - Outra música com a faceta mais conhecida do Angra, ainda que tenha uma pegada meio prog, como o sintetizador e a bateria. Mostra aos fãs como o Lione pode ser aproveitado na banda. Possui um refrão "cantem comigo" que pode funcionar muito bem ao vivo.
Storm of Emotions - Excelente balada, mostrando a versatilidade dos instrumentistas, e, sobretudo, do Lione, que dá um show à parte nessa música. Ponto negativo nela é que a entrada repentina do Rafael rompe a atmosfera da música, mas é uma ótima escolha pro tracklist.
Violet Sky - Totalmente inovadora, quanto ao Angra. Difícil até ser caracterizada como música da banda, se tivermos em mente o que já fizeram. Mostra todo o talento do Bruno, toda a genialidade do Rafael (tanto como vocal quanto instrumentista). Uma música que sempre irá surpreender quem a ouve por conta do tempo "quebrado". Mostra como a banda ainda é capaz de se reinventar.
Secret Garden - Faixa-título, algo surpreendente. Linda balada, muito bom refrão. Mais uma vez mostrando que o Angra mudou, e que mudanças nem sempre são ruins. Não dava pra esperar menos de uma música que tem a Simone Simons como participação.
Upper Levels - Uma das melhores do disco, senão a melhor. Totalmente prog, com uma intro que pode até lembrar "Take the Time" (Dream Theater). Mostra toda a técnica da banda e todo o potencial vocal do Lione. Também não deixa de mostrar o "fator Angra" no fim da música. Provavelmente uma que entrará pro setlist da banda.
Crushing Room - Lindo dueto entre Bittencourt e Doro Pesch, onde cada um soube respeitar o espaço alheio, o que resultou em uma das melhores baladas da banda. Lindos arranjos vocais e instrumentais.
Perfect Symmetry - Mais uma vez traz o "velho Angra" de volta à vida. Se pensarmos em arranjamento / tempo, algo similar à Running Alone. Outra que pode ser muito bem aproveitada pela banda.
Silent Call - Balada acústica, que pode até lembrar "Forgotten Land" (Almah), que nos mostra que Angra consegue fazer coisas muito boas com ideias simples, e também que Rafael é muito bom como vocal, mesmo que este não seja seu ofício.
Um dos melhores lançamentos do ano e da banda, com certeza. Vale a aquisição. "Foram vocês que nos mandaram vários e-mails, dizendo "não importa quem tá cantando. A gente quer que vocês continuem. E foi essa força que fez a gente voltar. (....) Então, pra quem acha que o Angra devia acabar, eu gostaria de dizer que a gente tá apenas começando'".
(BITTENCOURT, Rafael).
Nota 10. CD digno de figurar no Top Five do catálogo da banda.
Tracklist:
1 - Newborn Me
2 - Black Hearted Soul
3 - Final Light
4 = Storm of Emotions
5 - Violet Sky
6 - Secret Garden
7 - Upper Levels
8 - Crushing Room
9 - Perfect Symmetry
10 - Silent Call
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