Haaze: O legítimo produto de uma mente doente
Resenha - Swamp Mama - Haaze
Por Ricardo Cunha
Postado em 14 de junho de 2019
Nota: 8
Você já tinha ouvido falar de uma cidade chamada Red Deer? Pois bem, é uma cidade da província de Alberta, que por sua vez, fica no Canadá. Haaze é provavelmente o maior produto de exportação desta que é a terceira cidade mais populosa da província. Eles se definem como "Os reis dos "Swamp Riffs"" No final de 2017, como uma dupla, lançou seu primeiro EP entitulado simplesmente de "Riffs".
Swamp Mama é o legítimo produto de uma mente doente. Vocais guturais - sim, o trio tem dois vocalistas - altamente influenciados pelo "Splatter" americano, guitarras distorcidas e muita, muita sujeira. Eles misturam stoner, doom, metal e sludge e isso resulta numa espécie de pesadelo sonoro capaz de assustar aos desavisados. Para dar forma ao conteúdo, Mitchell Soloway (Guitar & Vocals) e Jack Sutherland (Bass & Vocals) e recrutaram Alex Adamson (Drums), que adicionou mais insanidade ao grupo. A música da banda é repleta de adrenalina juvenil. Interessante notar (e isto não é demérito) que, enquanto seus contemporâneos estão expandindo sua música para algo mais progressivo e clássico, o HAAZE se aprofunda nas tendências esporrentas. O que aqui se ouvi pode ser considerado o lado mais maníaco do doom/Sludge, mas o álbum tem uma dinâmica própria que faz de si um material de qualidade para os adeptos do estilo. Em muitos momentos é possível notar um certo grau de complexidade nas composições e, nesse sentido, os destaques são: 35 Indians, Stereotypically Doomed, e Swamp Mama.
Noutros momentos, essa abordagem metódica pode até diminuir a espontaneidade, do trabalho em questão, mas a música aqui contida parece absorver várias influências e, no processo criativo, a mistura ganha significados que acrescentam algo à cena global. Estou certo de que os fãs do gênero não ficarão desapontados. Swamp Mama é feroz, intenso e técnico na medida certa para fazer suas cabeças balançaram ao passo que a fumaça invade seu cérebro.
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