Led Zeppelin priorizava música ou letra? Paulo Ricardo compara caso com artistas brasileiros
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de junho de 2025
Em entrevista ao G1, Paulo Ricardo refletiu sobre a diferença entre o rock internacional e a música popular brasileira. Ao falar sobre a força sonora do Led Zeppelin, o cantor destacou: "Você ouve uma música do Led Zeppelin e a letra não é importante. Importante, enfim, é aquela força do negócio."

O ex-vocalista do RPM, uma das bandas mais marcantes dos anos 1980, aproveitou a comparação para analisar o papel do rock nacional no período da redemocratização. "Nós tivemos o privilégio de crescer com Chico, Caetano, Gil, Vinícius, Raul, Paulo Coelho. Diferente de muita coisa do rock que não tem muita profundidade", afirmou.
Segundo ele, o cenário brasileiro era outro. Com a chegada da abertura política, a música passou a expressar temas que antes estavam proibidos. "A gente chega num momento em que não tem outra escolha a não ser falar do que tá acontecendo. Aquilo tudo é muito intenso."
Sobre o espírito da época, Paulo Ricardo destacou a irreverência e a leveza com que sua geração lidava com questões sérias. "É o deboche do Cazuza, o que a imprensa chamava de rock de bermudas, esse rock colorido com cores fluorescentes da Blitz, da New Wave." Ele citou ainda o papel de bandas como Paralamas, Barão Vermelho, Titãs e Ultraje a Rigor. "Ultraje tem um papel importante com Inútil – ‘a gente não sabemos escolher presidente’."
O cantor lembrou que, mesmo com o fim da ditadura, a censura ainda rondava. O primeiro álbum do RPM, Revoluções por Minuto, teve uma faixa proibida. "Atrás tá escrito: ‘Proibida a execução e radiodifusão da música Revoluções por Minuto’. E eu nunca soube por quê. Nunca recebi um ofício do departamento de censura."
Para Paulo Ricardo, enquanto o Led Zeppelin representava a força crua da música, o rock brasileiro da década de 1980 foi além do som. "O papel do rock, diferentemente de outros gêneros, é tocar na ferida."
Confira a entrevista completa abaixo.
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