Primordium: Aprimorando ainda mais a sua técnica
Resenha - Todtenbuch - Primordium
Por Thalles Magno
Postado em 08 de abril de 2015
Nota: 9
Que o tempo é um dos fatores para o aperfeiçoamento das bandas, isso ninguém pode negar. No caso do Primordium foi evidente, lançaram 2 demos e 1 EP e só após 15 anos desda sua formação foi lançado seu primeiro álbum nomeado "Todtenbuch" via Rising Records, em 2014. Uma obra envolvente, mística e conceitual toda focada na cultura egípcia, valorizando a velha escola do Death Metal de modo eficaz e preciso. Dessa forma a banda deu seu passo inicial para se tornar uma das melhores bandas brasileiras de todos os tempos.
A arte gráfica e a qualidade do material ficou fabulosa, de alta qualidade mesmo! Sendo a capa desenvolvida pelo artista plástico Sandro Freitas que tomou a liberdade de criar o desenho por base nas ideias da banda.
Após a Intro ''Todtenbuch'', o CD começa com "Curse of Imhotep", uma das melhores do disco pois possui uma atmosfera muito especial. Os backing vocals combinam perfeitamente com a música e sem falar nos riffs bem produzidos e executados, deixando a canção ainda mais enriquecida. Vale ressaltar que essa música é baseada no filme ''A Múmia (1999)''.
Em seguida é a vez de "Mummified" e "Gates of Re-Staú", faixas bem conduzidas pelo baterista que evidencia muito bem o uso dos pedais e dos pratos, fora isso vale o destaque para os excelentes elementos que são misturados a sua música por intermédio do sampler. Dando continuidade a essa obra-prima nacional, é a vez de ''Legion'', evidenciado todo o potencial do Primordium, possui um clima místico e cadenciado, além de fazer até uso de um violino, instrumento não tão utilizado por bandas de Death Metal Old School, investindo assim, em uma sonoridade criativa e autêntica.
Prosseguindo com o álbum, é a vez de ''Transcending'', um hit já bastante conhecido pela sua divulgação, exalando elementos rápidos e atmosféricos. Logo adiante é a vez de "Khmunu", uma faixa experimental que faz uso de um instrumento musical não tão conhecido chamado ''Didgeridoo'' (instrumento de sopro dos aborígenes australianos), servindo para dar uma acalmada e gerar mais expectativas pelas próximas músicas.
Em ''Glory Of Rá'' e ''Pillars of Eternity'' o Primordium abusa de sua criatividade e desenvolve diversos compassos diferentes, refrões obscuros e envolventes, levando o ouvinte a imaginar como seriam os tempos da antiguidade em que o Egípcios eram uma grande potência, creio que isso seja uma dos objetivos da banda.
O álbum finaliza com ''Negative Confession'' e ''Osiris (Arcanus XX)'', a primeira gera um clima soturno e ao mesmo tempo empolgante, abrangendo todo um misticismo em suas entrelinhas. Já a segunda, além de possuir uma boa atuação do baixista, termina com um violão melancólico despertando um sentimento de perspectiva para com um futuro álbum.
Portando o Primordium é uma banda que vêm produzindo sua música com personalidade, buscando sempre aprimorar mais ainda sua técnica, almejando o sucesso pela sua autenticidade. Gravem este nome, vocês ainda o ouvirão muito futuramente.
Track List:
01. Todtenbuch
02. Curse of Imhotep
03. Mummified
04. Gates of Re-Staú
05. Legion
06. Transcending
07. Khmunu
08. Glory of Rá
09. Pillars of Eternity
10. Negative Confession
11. Osiris (Arcanus XX)
Membros:
Gerson Lima - (Vocal)
João Felipe Santiago - (Baixo)
Lux Tenebrae - (Guitarra)
Alex Duarte - (Guitarra)
Augustus Caesar - (Bateria)
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