Machine Head: Mais um grande clássico destes americanos
Resenha - Unto The Locust - Machine Head
Por Junior Frascá
Postado em 06 de outubro de 2011
Nota: 10 ![]()
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O MACHINE HEAD sempre foi uma banda genial e ao mesmo tempo polêmica, tendo lançado grandes registros de puro thrash metal, e outros com maiores experimentações e modernidades, e que fizeram muitos de seus fãs torcerem o nariz e virarem as costas para a banda. Mas a grande verdade é que a banda nunca deixou o peso de lado em suas composições, e sempre foi desbravadora nos meandros de sua musicalidade, sem medo de tentar coisas novas, sendo uma questão unicamente subjetiva apreciar ou não as mudanças que perpetraram em seu som.
Mas em 2007 a banda lançou o excelente "The Blackening", cuja excelência foi reconhecida por quase a totalidade dos fãs da música pesada, tamanha a qualidade daquele registro, com músicas pesadas e vigorosas, exalando agressividade e bom gosto musical. E desde então estamos esperando por um novo disco deles, e eis que esta espera termina agora, com o lançamento deste "Unto the Locust". E para ser sincero, não esperava me surpreender novamente com um disco do MACHINE HEAD, mas estava enganado.
Como no disco anterior, a banda não deixou de lado os elementos modernos em seu som, mas alguns exageros foram cortados, e tudo aqui é de tanto bom gosto, que fica difícil não se empolgar com o material apresentado.
Como sempre, o grande destaque do álbum é Robb Flynn , com riffs ultra agressivos e marcantes, além de solos precisos (estando muito bem acompanhado por Phil Demmel neste ponto) , além de estar cantando e urrando como nunca. A cozinha formada por Adam Duce (baixo) e Dave McClain também esta sensacional, com muita pegada, e deixando as músicas bem técnicas e progressivas, mas sem muita frescura.
O disco já abre quebrando tudo com a trica "I Am Hell (Sonata In C )", que inicial com uma temática toda climática, com coros de vozes sublimes e macabros ao mesmo tempo, e depois cai numa porradaria de deixar o queixo caído, tamanha a agressividade apresentada, com a bateria a mil e riffs e mais riffs pessadíssimos, além de linhas vocais muito legais. Tem tudo para se tornar um grande clássico da banda, e seus mais de oito minutos passam voando. Puro thrash metal!
Na sequência, "Be Still and Know" continua com a pegada agressiva do disco, novamente com riffs espetaculares, mas é um pouco mais moderna e melódica, mas sem exageros. O refrão é muito cativante, daqueles que você já sai cantando logo após a primeira audição, e os solos de guitarra são muito diversificados e criativos.
"Locust", a faixa seguinte, que já havia sido disponibilizada pela banda para audições, é mais cadenciada e carregada, mas nem por isso menos pesada, com belas melodias vocais e riffs cavalgados de cair o queixo, além de paradas certeiras, com mudanças de climas muito bem encaixadas, lembrando o saudoso tempo de clássicos como "Master of Puppets", do METALLICA.
"This is the End" é a faixa mais experimental do trabalho, e começa com um suave dedilhado de violão, mas não se enganem: após alguns minutos o negócio volta para o puro thrash metal, com a agressividade e violência sonora rolando soltas, com até alguns "blast beats"! Robb também despeja fartamente seus riffs precisos, e varia muito bem seus vocais, apesar de o refrão ter um "toque" de metalcore, mas nada que tire o brilhantismo da canção.
Já "The Darkness Within" é uma semi "balada", repleta de passagens variadas e alguns elementos que lembram o Stoner Metal, e bastante peso (na medida do possível para uma balada). O grande destaque são os solos, realmente excelentes e o final da canção, quando partes mais agressivas e outras mais melódicas são apresentadas em um contraste muito interessante e bem arranjado.
Em "Pearls Before the Swine" o disco retoma o caminho mais agressivo, em uma canção puramente thrash metal, que alia partes cadenciadas com outras mais rápidas com grande competência, e como sempre, tendo Robb como destaque, tanto nos vocais, muito bem variados, como nas guitarras (reparem o absurdo de qualidade nos riffs do meio para o final da música). A cozinha também esta destruidora. Outro grande destaque da bolachinha.
Encerrando o disco com chave de ouro, segue a estupenda "Who We Are", que começa com um surpreendente coro de crianças, e passa novamente ao mais puro e espetacular thrash metal, sendo mais direta que as anteriores e também repleta de peso e agressividade, e com um refrão simplesmente perfeito. Tente, apenas tente ouvir esse refrão uma vez e não sair cantarolando-o por ai. Sem dúvida uma das melhores músicas do disco e da carreira da banda.
A qualidade de gravação também deve ser ressaltada, pois como sempre, está soberba, deixando o som sujo e moderno ao mesmo tempo, tendo sido feita por JingleTown Studios em Oakland, com Robb Flynn como produtor.
Mais um grande clássico destes americanos, podendo ser considerado desde já um dos melhores registros de sua carreira, estando fácil no mesmo nível de "Burn my Eyes" e "The Blackening", se não for melhor que estes (isso só o tempo dirá). Na minha opinião, o melhor disco de 2011 até o momento. Corram já atrás do seu, e aproveitem que em breve o disco estará sendo liberado no mercado nacional.
Unto the Locust – Machine Head
(2011 – Roadrunner - Importado)
Formação:
Robb Flynn - Vocals, Guitars
Adam Duce - Bass
Phil Demmel - Guitars
Dave McClain - Drums
Track List:
1. I Am Hell (Sonata In C )
I: Sangre Sani (Blood Saint)
II: I Am Hell
III: Ashes to the Sky
2. Be Still and Know
3. Locust
4. This Is the End
5. The Darkness Within
6. Pearls Before the Swine
7. Who We Are
Outras resenhas de Unto The Locust - Machine Head
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