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Ramones: do início ao triste fim, a história da maior banda de Punk de todos os tempos

Por Mateus Ribeiro
Postado em 12 de agosto de 2023

O Ramones é a maior banda de Punk Rock de todos os tempos. Formado na primeira metade dos anos 1970, o grupo conquistou milhões de fãs com sua sonoridade enérgica, simples e cativante, que influenciou inúmeras bandas e artistas dos mais variados estilos, do Pop ao Thrash Metal.

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Foto: Divulgação
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A trajetória dos Ramones durou 22 anos e foi marcada por grandes músicas, milhares de shows e outros acontecimentos que não são tão nobres, como briga de integrantes e abuso de substâncias ilícitas. E essa matéria especial, redigida por Mateus Ribeiro, vai te levar para o fantástico e agitado mundo dos Ramones. Aperte o play e boa diversão.

O início de tudo

A história dos Ramones começou a ser escrita em Nova York, quando três jovens rapazes, vindos de lugares diferentes dos Estados Unidos, se conheceram. O vocalista Jeffrey Ross Hyman, o guitarrista John William Cummings e o baixista Douglas Glenn Colvin se apresentaram pela primeira vez como um trio em 1974. O grupo virou um quarteto após a entrada do baterista Thomas Erdelyi.

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Vale lembrar que no início dos Ramones, Jeffrey tocava bateria, enquanto Douglas cantava e tocava baixo (sem muita habilidade para conciliar as duas funções).

De onde veio o nome Ramones?

Paul McCartney, lendário vocalista e baixista da banda inglesa Beatles, se hospedava em hotéis sob o pseudônimo Paul Ramon. Daí veio a ideia para batizar a banda como Ramones.

Então, Jeffrey virou Joey Ramone, John virou Johnny Ramone, Douglas virou Dee Dee Ramone e Thomas se tornou Tommy Ramone. Influenciados por bandas de Surf Rock, Rock And Roll e Rockabilly, os quatro Ramones deram o pontapé inicial para o que passou a ser conhecido como Punk Rock.

Os primeiros discos

Dois anos após sua fundação, em abril de 1976, os Ramones lançaram seu primeiro disco, que leva o nome do grupo. "Judy Is A Punk", "I Wanna Be Your Boyfriend", "Beat On The Brat", "Now I Wanna Sniff Some Glue" e a clássica "Blitzkrieg Bop" (de onde veio o grito "Hey, Ho Let's Go") mostraram ao mundo que não era necessário saber tocar dezenas de notas para se fazer Rock.

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A sonoridade direta foi mantida em "Leave Home", segundo trabalho dos Ramones, lançado em 1977. O disco presenteou os fãs com outros clássicos imortais da banda, como "Gimme Gimme Shock Treatment", "Glad To See You Go", "Commando", "Carbona Not Glue" e "Pinhead".

Foto: Reprodução
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O ápice da formação original dos Ramones foi atingido em novembro de 1977, com o lançamento de "Rocket To Russia", disco que se parece com uma coletânea, já que seu tracklist é um festival de obras-primas. Dos primeiros acordes de "Cretin Hop" até as últimas notas de "Why Is It Always This Way?", "Rocket To Russia" é uma aula de Punk Rock, ministrada por quatro mestres em entregar energia e músicas cheias de sentimentos. Duvida? Então, ouça "Rockaway Beach", "Sheena Is A Punk Rocker", "I Wanna Be Well", "I Don't Care" e "Here Today, Gone Tomorrow".

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A primeira troca na formação

Depois de quatro anos e três discos de estúdio lançados, os Ramones passaram pela sua primeira mudança de formação. Tommy deixou as baquetas de lado e passou a ser empresário/produtor da banda. Para seu lugar, foi recrutado Marc Bell, membro da banda Dust.

A partir de 1978, os Ramones passaram a contar com Joey Ramone (vocal), Johnny Ramone (guitarra), Dee Dee Ramone (baixo/vocal) e Marky Ramone (bateria).

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Mudanças no direcionamento musical

O primeiro disco dos Ramones com Marky na bateria é "Road To Ruin". Lançado em setembro de 1978, o quarto trabalho do grupo é mais elaborado que os anteriores, como pode ser ouvido em "I Just Want To Have Something To Do", "Don't Come Close" (que tem até um solo de guitarra), "Questioningly" e "It's A Long Way Back".

A tocante versão para "Needles and Pins" arranca lágrimas das pessoas mais sensíveis e "I Wanna Be Sedated" é uma das músicas mais divertidas gravadas por uma banda de qualquer vertente do Rock And Roll.

Trocando por miúdos, "Road To Ruin" é um disco sensacional, que merece nota 10.

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Produtor dos Beatles e som pomposo

Para seu quinto disco de estúdio, os Ramones contaram com a colaboração de Phil Spector, renomado produtor, que trabalhou com vários nomes da música, como Beatles e John Lennon. Ao lado de Phil, o quarteto escreveu "End Of The Century", álbum lançado em 1980 que é mais pomposo que seus antecessores.

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Embora não seja tão marcante quanto os quatro primeiros registros, "End Of The Century" tem seus momentos brilhantes, casos de "Do You Remember Rock 'n' Roll Radio?", "Baby, I Love You" e "Rock 'n' Roll High School". Outras faixas do disco que merecem atenção são "I Can't Make It On Time" , "Chinese Rocks", "Danny Says" e "The Return Of Jackie And Judy".

"The KKK Took My Baby Away": a lenda e a história (provavelmente) real

"Pleasant Dreams", sexto disco dos Ramones, é uma espécie de mistura que tudo que a banda havia feito até 1981. A energia e o "romantismo inocente" dos primeiros trabalhos estava presente, lado a lado com alguns experimentos apresentados em "End Of The Century".

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A terceira faixa do álbum, a clássica "The KKK Took My Baby Away", é uma das músicas mais famosas e tristes do grupo. Além disso, há uma lenda a seu respeito.

Provavelmente você já ouviu por aí que "The KKK Took My Baby Away" é uma cutucada de Joey em Johnny, uma vez que o guitarrista "roubou" Linda, a namorada do vocalista. Porém, segundo Mickey Leigh (irmão de Joey Ramone), a história é diferente. De acordo com Mickey, a letra da música foi inspirada em Wilna, namorada de Joey no início dos anos 1970. Os pais do cantor reprovaram o relacionamento, o que ocasionou a separação..

Voltando a falar sobre "Pleasant Dreams", "We Want The Airwaves", "Don't Go", "She's a A Sensation", "7-11" e "You Sound Like You're Sick" são ótimas músicas.

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Queda brusca e saída de Marky Ramone

Sétimo álbum dos Ramones, "Subterranean Jungle" é, de longe, o registro menos inspirado dos quarteto. Lançado em 1983, o disco tem pouquíssimos momentos memoráveis, com destaque para "Psycho Therapy" e "Somebody Like Me". A falta de criatividade foi tamanha que três das doze faixas do trabalho são covers.

O momento na banda não era bom e Marky Ramone, que na época sofria com o alcoolismo, puxou o carro. Curiosamente, a capa de "Subterranean Jungle" mostra os membros da banda em um trem e o baterista aparece afastado de Dee Dee, Johnny e Joey. Seria um aviso?

Richie Ramone e a fase mais subestimada dos Ramones

O lugar de Marky foi ocupado por Richard Reinhardt, que virou Richie Ramone. Talentoso e técnico, Richie também atuou como compositor e escreveu um dos maiores sucessos da banda, a caótica "Somebody Put Something In My Drink".

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O primeiro disco dos Ramones com Richie é o excelente "Too Tough To Die", que é um dos álbuns mais bem trabalhados do conjunto. As músicas ficaram mais lapidadas, pesadas e longas, sendo que três delas ultrapassam os quatro minutos, o que é uma eternidade para os padrões "ramônicos". "Mama's Boy", a profunda"I'm Not Afraid Of Life", as empolgantes "Howling At The Moon (Sha-La-La)" e "Daytime Dilemma (Dangers Of Love)" são os grandes momentos do disco, que ainda conta com as frenéticas "Durango 95" e "Wart Hog".

O nome "Too Tough To Die" ("Forte Demais para Morrer") se refere a uma briga que quase tirou a vida do guitarrista Johnny Ramone.

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A sequência de "Too Tough To Die" é "Animal Boy", trabalho que na opinião deste que vos escreve, é o mais subestimado da banda, pois tem excelentes músicas e não recebe a atenção que merece. Além da citada "Somebody Put Something In My Drink", o tracklist de "Animal Boy" é composto pela agitada faixa-título, a balada melancólica "She Belongs To Me", a tensa "Mental Hell", a tocante "Something To Believe In" e "Love Kills", inspirada em Sid Vicious e Nancy Spungen, um dos casais mais intensos do Rock And Roll.

Outra música de "Animal Boy" que merece ser lembrada é "My Brain Is Hanging Upside Down (Bonzo Goes To Bitburg)", raro momento da carreira do Ramones em que a política foi abordada. A canção é uma crítica a Ronald Reagan, que na época presidia os Estados Unidos da América e visitou o cemitério da cidade alemã de Bitburg, onde integrantes do partido nazista foram enterrados.

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O último play dos Ramones gravado com Richie na bateria é "Halfway To Sanity", disco mais "obscuro" do grupo. "I Wanna Live", que abre os trabalhos, é um dos grandes clássicos da banda, porém, as outras faixas não são famosas, o que não significa que são ruins. "Garden Of Serenity", "Bop 'Til You Drop", "I Know Better Me" e a trieste "Bye Bye Baby" (música mais longa dos Ramones, com 4 minutos e 35 segundos de duração) são as principais músicas de um disco pesado, melancólico e intenso.

No final das contas, embora não seja tão celebrada, a fase Richie Ramone é cheia de grandes músicas, que flertam com várias vertentes da música, como Pop e Heavy Metal.

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A volta de Marky Ramone, Cemitério Maldito e a saída de Dee Dee Ramone

Richie Ramone saiu do Ramones por conta de conflitos financeiros com os demais integrantes da banda. O baterista queria receber mais dinheiro das vendas das camisetas, porém, seu pedido não foi aceito e ele foi demitido.

Recuperado de seus problemas com o alcoolismo, Marky retornou ao Ramones e a banda gravou um de seus melhores discos, o excelente "Brain Drain", cujo carro-chefe é a maravilhosa "Pet Sematary", faixa da trilha sonora do filme "Cemitério Maldito".

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"I Believe In Miracles", "All Screwed Up", "Can't Get You Outta My Mind", "Ignorance Is Bliss" e "Merry Christmas (I Don't Want To Fight Tonight)" são as outras maravilhas de "Brain Drain", disco que mostrou todo o poderio dos Ramones, mas ficou marcado por um fato triste: foi o último registro do quarteto gravado por Dee Dee Ramone, que além de baixista, foi um dos principais compositores do conjunto.

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Dee Dee era muito talentoso, mas usava e abusava das drogas, o que afetava seu relacionamento com os demais integrantes. Em 1989, ele decidiu que iria sair da banda e investir em sua carreira solo. O músico adotou o nome artístico Dee Dee King e virou rapper, em uma experiência que não foi muito bem-sucedida.

Sangue novo, "Loco Live" e "Mondo Bizarro"

Foto: Encarte Mondo Bizarro
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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Coube a Christopher Joseph Ward, bem mais jovem que os demais Ramones, a ingrata missão de substituir Dee Dee. C.J. Ramone, como passou a ser chamado o baixista e vocalista, trouxe sangue novo aos Ramones. O insano e veloz "Loco Live", registro ao vivo que apresenta os maiores clássicos da banda nova-iorquina, é uma prova de que C.J. foi uma escolha acertada.

C.J. estreou em estúdio no magnífico "Mondo Bizarro" (1992), trabalho mais completo dos Ramones. Potente, enérgico, divertido e bem produzido, "Mondo Bizarro" mostra que Joey e seus amigos não ficaram parados no tempo. "Censorshit", "Poison Heart", "Strength To Endure" (cantada por C.J.), "It's Gonna Be Alright", "Tomorrow She Goes Away" e "Touring" são faixas que valem pelo disco todo.

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Os mestres homenageiam os seus mestres

Em 1993, os Ramones, que já eram influência para muitos artistas, resolveram homenagear as bandas que os influenciaram com um disco de covers. Lançado em dezembro do citado ano, "Acid Eaters" traz interessantes versões para músicas de Rolling Stones, Jefferson Airplane, Creedence Clearwater Revival, The Who e Bob Dylan.

Adeus, amigos

Infelizmente, a trajetória dos Ramones começou a ir para o buraco em 1995, com o lançamento do último disco da banda, intitulado "Adios Amigos". Apesar do clima de despedida, o álbum fecha a carreira de banda de forma digna e tem boas músicas, casos de "Life's A Gas", "I Don't Want To Grow Up" (um dos covers mais legais gravados gravados pelos caras), "The Crusher", "Cretin Family" e "Born To Die In Berlin".

O último show e o fim definitivo

A carreira dos Ramones chegou ao fim de forma definitiva no dia 6 de agosto de 1996, quando o grupo realizou seu último show, em Los Angeles (Califórnia, EUA). A apresentação, registrada no ao vivo "We're Outta Here", contou com a presença de vários músicos, incluindo Lemmy Kilmister (baixista/vocalista do Motörhead) e Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam). Dee Dee também participou do evento e protagonizou o seu próprio show.

Nunca houve uma reunião da banda, apesar do desejo dos fãs. O "revival" é impossível de se concretizar, já que os integrantes originais do grupo não estão mais vivos. E por falar nos integrantes, confira a seguir uma pequena ficha de cada músico que passou pela maior banda Punk de todos os tempos.

Joey Ramone, a voz dos Ramones

Foto: Divulgação
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Principal figura dos Ramones, Joey Ramone era dono de uma voz única, estranha e cativante nas mesmas proporções. Compositor de muitos hits do grupo, Joey foi, ao lado de Johnny, o único membro a participar de todas as formações da banda.

A vida de Joey chegou ao fim em abril de 2001, após longa batalha contra a leucemia. No ano seguinte à sua morte, foi lançado o ótimo disco solo "Don't Worry About Me".

Nome real: Jeffrey Ross Hyman
Data de nascimento: 19 de maio de 1951
Data da morte: 15 de abril de 2001
Discos que gravou: Todos

Johnny Ramone, o homem de pulso firme

Sempre com cara de poucos amigos, Johnny Ramone controlava os Ramones de forma muito rígida. Musicalmente falando, Johnny se notabilizou pelas velocidade com que tocava sua guitarra nas apresentações ao vivo.

Johnny tinha câncer de próstata e faleceu em 15 de setembro de 2004, aos 55 anos de idade.

Nome real: John William Cummings
Data de nascimento: 8 de outubro de 1948
Data da morte: 15 de setembro de 2004
Discos que gravou: Todos

Dee Dee Ramone, o "gênio maluco" dos Ramones

Criativo e intenso, Dee Dee escreveu muitas músicas dos Ramones e foi peça fundamental para o sucesso da banda. O baixista e vocalista, também conhecido pelos seus abusos, morreu dia 5 de junho de 2002. A causa de sua morte foi overdose de heroína.

Nome real: Douglas Glenn Colvin
Data de nascimento: 18 de setembro de 1951
Data da morte: 5 de junho de 2002
Discos que gravou: "Ramones", "Leave Home", "Rocket To Russia", "Road To Ruin", "It's Alive" (ao vivo), "End Of The Century", "Pleasant Dreams", "Subterranean Jungle", "Too Tough To Die", "Animal Boy", "Halfway To Sanity" e "Brain Drain"

Tommy Ramone, o Ramone mais tranquilo

O baterista original dos Ramones era mais sossegado que seus companheiros e fez um trabalho muito competente nos primeiros discos do grupo. Nascido na Hungria, Tommy atuou como produtor da banda depois que foi substituído por Marky.

Tommy, último membro original dos Ramones a falecer, foi outra vítima do câncer e morreu em 11 de julho de 2014.

Nome real: Thomas Erdelyi
Data de nascimento: 29 de janeiro de 1949
Data da morte: 11 de julho de 2014
Discos que gravou: "Ramones", "Leave Home", "Rocket To Russia" e "It's Alive" (ao vivo)

Marky Ramone, o homem que desce o braço

Escolhido como o substituto de Tommy, Marky teve duas passagens pelo Ramones. Técnico e preciso, Marky senta o braço em seu kit e é um baterista muito rápido, principalmente nos shows que fez e ainda faz. Marky até hoje toca músicas dos Ramones em shows da banda que o acompanha.

Nome real: Marc Steven Bell
Data de nascimento: 15 de julho de 1952
Discos que gravou: "Road To Ruin", "End Of The Century", "Pleasant Dreams", "Subterranean Jungle", "Brain Drain", "Loco Live" (ao vivo), "Mondo Bizarro", "Acid Eaters", "Adios Amigos" e "We're Outta Here" (ao vivo)

Richie Ramone, o baterista compositor

Além de exímio baterista, Richie cantava e seus dotes vocais são demonstrados na música "(You) Can't Say Anything Nice", que não foi lançada em nenhum disco oficial. O músico também escreveu "Somebody Put Something In My Drink" e "I'm Not Jesus", duas pedradas que figuram entre as composições mais pesadas dos Ramones.

Nome real: Richard Reinhardt
Data de nascimento: 11 de agosto de 1957
Discos que gravou: "Too Tough To Die", "Animal Boy" e "Halfway To Sanity"

"All is very well, C.J. is here"

Último músico a entrar para a "família Ramone", C.J. fez um ótimo trabalho, tanto como baixista quanto como vocalista. Com sua voz, sua energia e seu carisma, C.J. conquistou seu espaço no coração dos fãs dos Ramones.

Nome real: Christopher Joseph Ward
Data de nascimento: 8 de outubro de 1965
Discos que gravou: "Loco Live" (ao vivo), "Mondo Bizarro", "Acid Eaters", "Adios Amigos" e "We're Outta Here" (ao vivo)

Curiosidades interessantes sobre os Ramones

Discos de curta duração

Uma das características mais marcantes dos Ramones é a duração de suas músicas. De fato, Joey e sua turma não eram muito fãs de canções longas, tanto que nenhum dos trabalhos de estúdio do grupo chega a 40 minutos.

Disco mais curto e disco mais longo

O álbum mais curto dos Ramones é o primeiro, que tem 29 minutos e 4 segundos. Já o mais longo é "Mondo Bizarro", com seus 37 minutos e 25 segundos.

Música mais longa

A canção mais longa dos Ramones é "Bye Bye Baby", faixa de "Halfway To Sanity", que por 25 segundos não bate a casa dos 5 minutos.

Joey não era o único vocalista

Joey foi o principal vocalista dos Ramones, mas existem algumas músicas do grupo cantadas por Dee Dee e C.J Ramone.

Dee Dee trocou músicas por sua liberdade

Mesmo longe dos Ramones, Dee Dee escreveu algumas músicas que foram gravadas pela banda. É o caso de "Poison Heart" e "Strength To Endure", faixas de "Mondo Bizarro". De acordo com as anotações do disco, o baixista vendeu o direito dessas músicas para seus ex-parceiros, que em troca, o tiraram da prisão.

Covers em quase todos os discos

Dos treze álbuns de estúdio dos Ramones, apenas quatro não apresentam nenhum cover: "Pleasant Dreams", "Too Tough To Die", "Animal Boy" e "Halfway To Sanity".

O Ramone esquecido

Clem Burke, baterista da banda Blondie, fez dois shows dos Ramones, sob o pseudônimo Elvis Ramone. As apresentações foram realizadas em agosto de 1987, porém, como ele não desempenhou muito bem suas funções, abriu caminho para a volta de Marky.

Eles gostavam de tocar ao vivo

Ao longo de sua carreira, os Ramones fizeram nada mais nada menos que 2.263 shows, uma marca assustadora.

Shows no Brasil

Os Ramones se apresentaram 15 vezes no Brasil, sendo que o primeiro show foi realizado em 1987 e o último em 1996, ano em que encerrou suas atividades.

Hall da Fama do Rock And Roll

Os Ramones se tornaram integrantes do Hall da Fama do Rock And Roll em abril de 2002. E o baixista Dee Dee, que morreria algumas semanas depois, fez um discurso pra lá de inusitado.

"Eu gostaria de me parabenizar, agradecer a mim mesmo e dar um tapinha nas minhas próprias costas. Obrigado Dee Dee, você é realmente maravilhoso, eu te amo."

Agora que você já sabe um pouco mais sobre os Ramones, é hora de curtir uma playlist com 25 músicas perfeitas para se apaixonar pela banda. Aperte o play e boa diversão.

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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