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Para entender: o que é punk rock?

Por Ricardo Seelig
Fonte: Collectors Room
Postado em 30 de abril de 2016

O punk surgiu nos Estados Unidos e na Inglaterra em meados da década de 1970, como a resposta de uma nova geração de músicos contrários aos aspectos comerciais cada vez mais presentes no rock, bem como os pretensiosos exageros encontrados principalmente nos grupos de rock progressivo da segunda metade dos anos setenta. Em suma, o que esta geração de novos músicos buscava era a resgate do sentimento de rebeldia e contestação do velho rock and roll.

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As raízes do punk estão no final dos anos 1960, em bandas de garage rock e de proto-punk como Stooges e MC5. No entanto, essa associação e o próprio termo proto-punk só passaram a ser utilizados a partir do surgimento e da popularização do gênero, entre 1976 e 1977, através de bandas como Ramones, Sex Pistols e The Clash.

Essa primeira explosão foi muito forte principalmente na Inglaterra, tendo como bala de canhão a atitude selvagem e o marketing agressivo do Sex Pistols. Com canções provocativas como "Anarchy in the U.K." e "God Save the Queen", a banda atraiu a atenção da mídia de maneira massiva, colocando os holofotes sobre a cena. Junto com isso todo um grupo de bandas inglesas veio à tona, revelando ao mundo nomes como Clash, Damned e Wire. Com menos estardalhaço mas com qualidade inegável e influência enorme, a cena nova-iorquina do período, tendo os Ramones e o Television à frente, fez história com discos que se transformaram em clássicos instantâneos como "Marquee Moon" e "Rocket to Russia".

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Musicalmente o punk apresenta forte influência do rock dos anos 1950, do garage rock e do surf rock e é caracterizado por músicas curtas e diretas, andamentos rápidos, riffs agressivos e cheios de distorção, arranjos simples e vocais gritados. Há, claro, variações a partir destes elementos, como fica claro com uma simples audição de qualquer LP do The Clash, por exemplo.

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No aspecto lírico, as letras abordam comumente temas que partem para o confronto e trazem pautas agressivas, sem medo de falar sobre assuntos que passam longe de artistas mais mainstream. A postura anti-establishment, contra o sistema, faz parte do DNA do discurso punk.

Esteticamente, o que temos é um visual agressivo e que reflete a postura contrária ao sistema, estereotipada através de moicanos, piercings, jaquetas de couro, coturnos, jeans e roupas rasgadas. No entanto, basta um mergulho um pouco mais profundo no estilo para perceber diferentes vertentes que refletem desde o olhar minimalista dos skinheads até o aspecto andrógino de Patti Smith.

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Uma particularidade do punk é a capacidade de mutação, refletida nas inúmeras transformações e sub-gêneros derivados do estilo, como o Oi!, o Psychobilly e as Riot Grrrl. A mais notável destas variações é o hardcore, com uma sonoridade ainda mais primal, violenta e agressiva e dona de um movimento próprio também com sub-gêneros, como o post-hardcore.

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No final dos anos 1990 o mercado musical experimentou um revival do punk com a ascenção de bandas como Green Day, Rancid, Offspring e Blink-182, que obtiveram enorme sucesso nos Estados Unidos e estabeleceram o punk rock como uma força comercial respeitável desde então. Essa geração de bandas acabou sendo classificada como pop punk, termo que reflete a onipresença de refrãos e melodias fortes nas canções dos grupos citados.

Com uma grande variedade de gêneros, movimentos e culturas, o punk não apenas segue vivo em diversas regiões do mundo como atesta a sua importância como um dos gêneros mais influentes e relevantes da história do rock.

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Abaixo, uma pequena discografia selecionada com alguns dos títulos mais importantes do punk:

Ramones - Ramones (1976)
Sex Pistols - Never Mind the Bollocks Here’s the Sex Pistols (1977)
The Clash - The Clash (1977)
Wire - Pink Flag (1977)
The Damned - Damned Damned Damned (1977)
Television - Marquee Moon (1977)
Ramones - Rocket to Russia (1977)
Heartbreakers - L.A.M.F. (1977)
Ramones - Leave Home (1977)
Dead Boys - Young Loud and Snotty (1977)
Richard Hell & The Voidoids - Blank Generation (1977)
Buzzcocks - Another Music in Different Kitchen (1978)
Ramones - Road to Ruin (1978)
The Clash - Give ‘Em Enough Rope (1978)
The Clash - London Calling (1979)
Ramones - It’s Alive (1979)
Sex Pistols - The Great Rock ’n' Roll Swindle (1979)
The Undertones - The Undertones (1979)
The Damned - Machine Gun Etiquette (1979)
Stiff Little Fingers - Inflammable Material (1979)
Buzzcocks - A Different Kind of Tension (1979)
X - Los Angeles (1980)
Dead Kennedys - Fresh Fruit for Rotting Vegetables (1980)
Wipers - Youth of America (1981)
X - Wild Gift (1981)
Dead Kennedys - Plastic Surgery Disasters (1982)
Descendents - Milo Goes to College (1982)
Minutemen - Double Nickels on the Dime (1984)
Green Day - Dookie (1994)
Offspring - Smash (1994)
Rancid - … And Out Come the Wolves (1995)
Social Distortion - White Light White Heat White Trash (1996)

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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room - www.collectorsroom.com.br - e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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