RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Led Zeppelin priorizava música ou letra? Paulo Ricardo compara caso com artistas brasileiros

Ian Anderson diz que Robert Plant quase o substituiu no Jethro Tull

A canção mais apocalíptica de todos os tempos, segundo Bruce Springsteen

A verdadeira razão que levou Robert Smith a criar The Cure

Os cinco álbuns obrigatórios pra quem quer ouvir Slash na guitarra

O disco dos Ramones que traz "tudo o que você precisa saber sobre rock", segundo jornalista

O conceito de "legitimidade genética" que Paulinho da Viola usou para defender Rita Lee

A canção pop que Geddy Lee diz que nunca envelhece, e que até inspirou o Rush a ousar mais

A música do Metallica que se chamava "Load" originalmente

AC/DC deve anunciar últimos shows da carreira para o final do ano, diz revista

O álbum do Mötley Crüe que Vince Neil odeia: "Não tem nenhuma música boa"

O único disco dos Beatles que Rick Wakeman gosta - e nem é por causa dos quatro

Como o Led Zeppelin criou a obra-prima "Stairway to Heaven", segundo John Paul Jones

Cinco músicas do Metallica que não tem nada a ver com heavy metal, mas deram muito certo

O clássico da Legião Urbana em que Renato Russo faz trocadilho com o heavy metal


Manifesto 2025

Para entender: o que é rock progressivo?

Por Ricardo Seelig
Fonte: Collectors Room
Postado em 26 de abril de 2016

Nascido na Inglaterra entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1970, o rock progressivo surgiu do desejo de algumas bandas em ir além do formato padrão do rock e da música pop, em uma tentativa de elevar o gênero a níveis mais altos de credibilidade artística.

Pink Floyd - Mais Novidades

Para tanto, as bandas progressivas buscaram ir além do que era feito até então, rompendo os limites técnicos e de composição habituais ao rock, criando canções mais longas (em contraste com o padrão single, entre 3 e 4 minutos) que fugiam do popular esquema estrofe-refrão-outra estrofe-repete o refrão. Para alcançar tal objetivo, muitas vezes os arranjos incluíam elementos e estruturas extraídos ou inspirados em outros estilos como a música clássica, o jazz e a world music.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Há algumas características marcantes e bastante fortes no estilo, que ajudam a definir de uma maneira clara o rock progressivo. A já citada busca por algo além do formato padrão do pop trouxe canções com duração mais longa, com trechos instrumentais estendidos, interlúdios musicais e contrastes entre um movimento e outro. Inspirando-se em um recurso comum à música clássica, muitas vezes ouvimos longas suítes em álbuns de prog, canções que se desenvolvem e evoluem em camadas crescentes até atingir o ápice. A improvisação é um elemento importante, agregando mais possibilidades além dos solos tradicionais. Tudo isso leva a composições que, não raro, ultrapassam os 20 minutos de duração.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Mantendo a coerência, os artistas progressivos inseriram instrumentos que foram além dos tradicionais guitarra, baixo, teclado e bateria habituais ao rock. Instrumentos como flauta, saxofone, violino, sintetizadores, efeitos e colagens eletrônicas ampliaram o leque de timbres disponíveis, deixando a música naturalmente mais rica. Dois desses instrumentos, o moog e o mellotron, tornaram-se intimamente associados ao prog, com suas sonoridades características transformando-se quase em sinônimos do estilo.

Em relação ao ritmo, a exploração de possibilidades além do tradicional 4/4 é onipresente. Novas possibilidades de andamento e mudanças na dinâmica das canções, além de uma liberdade maior na abordagem rítmica, refletem isso. O mesmo raciocínio vale quando analisamos as harmonias e as melodias presentes nos discos progressivos, que soam muito mais elaboradas e complexas do que o pop e rock comuns e trazem influências do jazz e do clássico. O desenvolvimento de passagens tendo como ponto de partida estruturas modais, assim como experimentações com harmonias atonais e dissonantes, são ingredientes marcantes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Talvez a característica mais forte do rock progressivo seja a popularização da abordagem conceitual. Um disco contando uma única história, dividida em várias faixas que se desenvolvem de maneira contínua. Álbuns como "The Wall", por exemplo, tem a sua força e impacto muito maiores quando digeridos e entendidos pelo conjunto de suas canções e não apenas por uma ou outra faixa isolada. Essa ideia se reflete também nas artes dos discos, e exemplos de bandas que desenvolveram uma identidade visual marcante são fartos. A colaboração entre o Yes e o ilustrador Roger Dean produziu artes impactantes que deram uma cara para a intrincada musicalidade da banda inglesa, enquanto a associação do Pink Floyd com o estúdio Hipnosis transformou em imagens repletas de surrealismo a sonoridade singular do quarteto liderado por Roger Waters e David Gilmour.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Outro ponto essencial do prog foi a transposição dos temas das canções e dos discos para o palco, com a inclusão de cenários grandiosos, figurinos e performances teatrais nos shows, buscando oferecer uma experiência sensorial completa. O Genesis foi um dos exemplos mais influentes disso, com Peter Gabriel assumindo diferentes personas a cada turnê. O mesmo vale para o aparato de palco do Pink Floyd, que elevou o padrão dos concertos a um nível até então inédito com seus porcos infláveis, aviões voadores e muros enormes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

O rock progressivo alcançou o seu auge criativo e de popularidade durante a década de 1970, através de bandas como Pink Floyd, Yes, King Crimson, Genesis, ELP, Yes, Jethro Tull e Gentle Giant. O gênero seguiu vivo nas décadas seguintes, com novos nomes renovando o estilo em cada década.

Abaixo está uma pequena discografia selecionada para quem busca saber mais sobre prog (existem muitos outros discos excelentes, as indicações abaixo são só pra começar a curtir), bem como uma playlist com alguns dos maiores clássicos do estilo:

King Crimson - In the Court of the Crimson King (1969)
ELP - Emerson, Lake & Palmer (1970)
Van der Graaf Generator - H to He Who Am the Only One (1970)
Yes - The Yes Album (1971)
Caravan - In the Land of Grey and Pink (1971)
Genesis - Nursery Crime (1971)
Yes - Fragile (1971)
ELP - Tarkus (1971)
Jethro Tull - Aqualung (1971)
Pink Floyd - Meddle (1971)
Van der Graaf Generator - Pawn Hearts (1971)
Genesis - Foxtrot (1972)
Premiata Forneria Marconi - Storia di un minuto (1972)
Yes - Close to the Edge (1972)
Jethro Tull - Thick as a Brick (1972)
Gentle Giant - Octopus (1972)
ELP - Brain Salad Surgery (1973)
King Crimson - Lark’s Tongues in Aspic (1973)
Genesis - Selling England by the Pound (1973)
Pink Floyd - The Dark Side of the Moon (1973)
King Crimson - Red (1974)
Supertramp - Crime of the Century (1974)
Camel - Mirage (1974)
Yes - Relayer (1974)
Genesis - The Lamb Lies Down on Broadway (1974)
Pink Floyd - Wish You Were Here (1975)
Mike Oldfield - Ommadawn (1975)
Camel - The Snow Goose (1975)
Van der Graaf Generator - Godbluff (1975)
Rush - 2112 (1976)
Camel - Moonmadness (1976)
Pink Floyd - Animals (1977)
Rush - A Farewell to King (1977)
Rush - Hemispheres (1978)
Pink Floyd - The Wall (1979)
King Crimson - Discipline (1981)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeThiago Feltes Marques | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
Mais matérias de Ricardo Seelig.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS