Melhores de 2013: as escolhas do redator Diego Camara

Esse ano foi um primor, muitos discos bons e para todos os gostos. Fiz uma pequena lista aqui do que eu achei legal, do que mais ouvi e do que me impressionou, não querendo de modo algum esgotar um tema desses que é espinhoso demais. Tá aí abaixo um top10, mais as revelações e alguns outros discos muito bons no final.

1. STEVEN WILSON – The Raven That Refused to Sing (and Other Stories)

Este ano foi espetacular para o progressivo. Muitos álbuns e ótima qualidade. E por ter sido tão impressionante, um disco de progressivo tinha que estar no topo. E o escolhido foi o disco do grande STEVEN WILSON. É um músico completo, que realmente toca e compõe com o coração. "Luminol" abre este álbum com uma pancada sonora extremamente agradável, e "The Raven That Refused to Sing" termina o show com autoridade. É um álbum despido de exageros, cada dia mais abundantes no rock e metal progressivo, feito com grande esmero e sentimento. E pra coroar, é um álbum que você vê ao vivo do mesmo jeito que está no CD. Difícil não amar esta grande obra prima, um dos melhores discos deste cara.

2. THE OCEAN – "Pelagial"

Uma das bandas mais revolucionárias desta nova cena, uma mistura impressionante de progressivo, sludge, experimental, e mais um monte de coisas. Já tinha gostado muito do "Anthropocentric" e do "Precambrian", que foram minha porta de entrada, porém esse disco é diferente. A qualidade técnica está ali e o que impressiona mais uma vez é como uma banda consegue fazer música tão profunda, e agora tematizada no oceano. A variação é mágica, da pancada aos sons mais calmos eles dominam. Do piano na intro de "Epipelagic" até "Benthic", ele foi feito pra ser ouvido como um todo, e para quem ouvir com atenção será difícil não ver a emoção presente em cada nota deste super álbum. Para quem gosta do "Leviathan" do MASTODON, vai achar este disco um irmão.

3. FALKENBACH – "Asa"

Esse cara sem dúvidas é um dos mais respeitados por quem entende mesmo de Folk Metal. E realmente merece, já que Vratyas Vakyas está desde 1989 tocando música que lhe agrada, sozinho! Quem ouve pensa que é uma banda completa, o que para nós (infelizmente!) não é. "Asa" é para mim um dos melhores e mais completos discos do FALKENBACH, e prende do início ao fim com emoção. "Vaer Stjernar Vaerdan" é uma música fantástica, como também "Eweroun", "Wulfarweijd", e todo o resto do disco. Difícil descrever, se você gosta de Folk Metal precisa ouvir. A grande tristeza que tenho é que nunca poderei ouvir ao vivo estas músicas, a menos que alguém mude a cabeça desse cara – monte uma banda, por favor! Precisamos de você ao vivo!

4. BLACK SABBATH – "13"

Quando você ouve um álbum pela primeira vez, e antes de todos, e ele marca na sua mente desde a primeira música? Foi assim ouvir o "13" na sua íntegra antes de seu lançamento. É um álbum cheio do antigo Black Sabbath, com o velho som da década de 70, mas não é o SABBATH da década de 70: é uma banda nova, que não se perdeu no tempo e fez um som com a cara das antigas mas sem dispensar os recursos modernos. O resultado foi um disco muito bom, e quem ouviu ao vivo algumas dessas músicas nos shows de outubro viu que elas animaram tanto quanto as das antigas. Além das tocadas em show, não se pode perder a chance de ouvir a sombria "Zeitgeist" e "Live Forever".

Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

5. AMARANTHE – "The Nexus"

Quem me conhece sabe, eu já disse, esses caras estão ajudando a mudar um pouco o atual paradigma de esgotamento do power metal. Quer para o bem, quer para o mal, estão fazendo um ótimo trabalho. A música é emocionante do início ao fim, e o range vocal do trio de vocalistas é algo que não se vê todo dia. Música boa, cravando eles realmente na cena e coroando o talento da novíssima estrela feminina do metal: a belíssima e ultra competente Elize Ryd (que felizmente não foi estragada pelo NIGHTWISH – não estragada pela música do Nightwish, mas por vocês sabem quem...). Não sei onde irão chegar e o que poderão ainda mudar, mas até agora, como dizem, "so far so good". A música título é bem legal, como também a ótima "Invincible" e a extremamente eletrônica "Electroheart".

6. THE FLOWER KINGS – "Desolation Rose"

As vezes uma banda de qualidade tem que dar o tempo ao tempo. O FLOWER KINGS fez isso, soube aproveitar o descanso de 5 anos sem nada compor e voltou com tudo, e o melhor resultado disso é "Desolation Rose", um álbum com um som de extremo bom gosto, cheio de reviravoltas e de músicas que enchem de emoção. A começar por "Tower One", por "Desolation Road" e pela sombria "White Tuxedos", minha preferida do disco, Stolt e companhia ainda fizeram um álbum bônus com músicas tão boas quanto as do disco. Está certo, as vezes a banda peca pelo excesso de virtuosidade e de solos intrincados e cheios de efeitos mas, no geral, o disco é também despido da doença do progressivo e merece uma chance no seu "toca discos" se você ama o gênero.

7. ROB ZOMBIE – "Venomous Rat Regenerator Vendor"

Difícil não lembrar deste disco do grande "Robinho", como a plateia do Rock in Rio carinhosamente o apelidou. Fez um puta trabalho, digno dos seus melhores momentos no "Hellbilly Deluxe", mostra que está em ótima forma tanto no estúdio e nas composições quanto ainda está nos palcos. Isso fica ainda mais claro em músicas como "Dead City Radio and the New Gods of Supertown", "Teenage Nosferatu Pussy" e "Rock and roll (in a Black Hole)". O nível das composições está incrível, e mais uma vez a banda arrasa na execução das músicas, com um destaque mais que especial para o grande John 5, que mostra como sempre porque é um dos melhores guitarristas em atividade.

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8. CARCASS – "Surgical Steel"

Não sou grande fã, mas quando ouvi este CD tirei o chapéu para estes caras. Resolveram voltar, e voltaram com tudo! Este disco é agressivo e muito poderoso, que faz lembrar grandes sucessos de discos como o "Heartwork". A banda é tudo isso, e sem dúvidas com um lançamento desta qualidade crava mais uma vez seu nome entre os grandes do gênero, retomando uma posição que já lhes era merecida antes da separação. Bill Steer está fantástico, e parece que qualquer elogio que se pode tecer sobre o seu trabalho é pouco para nomear sua performance no disco. Outro disco que vale a pena ouvir, do início ao fim.

9. HAKEN – "The Mountain"

Uma das bandas mais criativas da nova geração do progressivo. Sem dúvidas a mais excitante destas novas bandas, e aparece como um sangue novo pra um gênero que cada dia mais precisa de renovação. O HAKEN é tudo isso, e "The Mountain" é o melhor trabalho dos caras até agora. Um progressivo sem virtuosismo desnecessário, mas que sabe tirar o melhor dos instrumentos. "Cockroach King" faz lembrar o bom e velho rock progressivo, e é um dos melhores singles do ano. O álbum dos caras ainda tem outras ótimas músicas como "Atlas Stone" e "Pareidolia", e no geral mostra que esta garotada ainda tem muito o que tirar da cabeça.

10. SAXON – "Sacrifice"

Esses caras continuam carregando a bandeira do bom e velho heavy metal com muito estilo. Sem invencionices, sem baboseiras, o som dos caras é aquilo que se espera deles. E não dá pra dizer que "Sacrifice" não tem aquele bom toque das antigas e é um dos melhores discos do SAXON em muito, mas muito tempo. Começa muito bem com "Sacrifice", que é sem dúvidas ponto alto do disco, mas não é filha única. "Made in Belfast", "Warriors of the Road" e "Guardians of the Tomb" também são pontos altos do disco, que impressiona pela velocidade e potência de uma banda que continua com tudo em cima.

Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Algumas revelações e surpresas:

ANNA MURPHY – "Cellar Darling"

Sim, aquela moça do ELUVEITIE que toca "aquele instrumento que não deve ser nomeado" lançou seu disco. Fez campanha, arrecadou uma grana na internet e lançou seu disco com a ajuda do público. Ela não é só um rostinho bonito, ela é compositora de mão cheia, talentosa, e mostra isso com um disco extremamente insano. Detalhe: não espere nesse disco folk metal.

ARMAHDA – "Armahda"

Um álbum que representa o melhor do nosso som brasileiro. Abram os olhos para esses rapazes, eles parecem ainda ter muito a oferecer musicalmente! Mas pra começar, não podiam ter feito melhor, "Armahda" é um disco muito, mas muito legal!

KINGS OF THE SUN – "Rock Til Ya Die"

Esses caras são das antigas, banda australiana do bom e velho hard rock dos anos 80. Voltaram agora, comandados pelo grande Clifford Hoad, e fizeram um disco muito, mas muito legal mesmo. Ouçam, busquem o disco, sei lá, pra quem gosta de hard rock vale a pena.

Outros discos que merecem ser citados:

AYREON – "The Theory of Everything"
DARK TRANQUILLITY – "Construct"
MANILLA ROAD – "Mysterium"
ORPHANED LAND – "All Is One"
SATAN – "Life Sentence"
WOSLOM – "Evolustruction"

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