Melhores de 2013: discos e retrospectiva de Daniel Tavares
Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Fonte: Daniel Tavares
Postado em 26 de dezembro de 2013
O ano de 2013 foi um dos melhores anos para a música no Brasil e no mundo. Quem conheceu a música nos anos oitenta (e conheceu a música dos anos 70) jamais pode deixar de se queixar do que a música apresentou nos terríveis anos 90 e 2000 (com exceções, claro). Artistas geniais como ELTON JOHN, PHIL COLLINS, entre outros, que foram expoentes da música cheia de imaginação e emoção, se deixaram levar por um pop açucarado, pobre e irritante feito para tocar à exaustão nas FMs. O hard-rock enfeitou-se tanto que foi preciso que houvessem as bandas grunge, com suas roupas de flanela para reacender a chama punk do rock. Esse próprio, ou morreu com Kurt Cobain ou se descaracterizou-se completamente. Entre as outras novidades dos anos 90, O Nu Metal, que a princípio, trazia a inovação que ostenta no próprio nome, mas tornou-se um grande mais do mesmo, copiando a cópia da cópia da xérox da cópia passada em mimeógrafo. E o brit-pop que também mostraria sua força nos anos 90 e 2000 deu lugar a um rock alternativo cada vez mais chato, insípido e assexuado. No entanto, 2013 teve pelo menos cinco fatos (listados abaixo sem nenhuma ordem especial) que fazem dele um ano digno de ser comemorado:
1) a volta de grandes ícones como o já citado ELTON JOHN ao estilo que o apresentou ao mundo;
2) bandas como ENFORCER e VIOLATOR, entre outras, lançaram obras que procuram a todo custo recriar a atmosfera oitentista, cada uma com seu estilo;
3) artistas que já tinham se declarado aposentados ou bandas que julgávamos extintas, como DAVID BOWIE e CARCASS, lançaram novos (e excelentes) discos;
4) até mesmo a música eletrônica teve seus momentos de revival da dance music setentista, com um disco cheio de groove lançado pelos "robôs" franceses do DAFT PUNK e que, certamente, vai influenciar muito do que será feito no estilo de 2013 em diante. Isso não é garantia de qualidade, vide o pavoroso disco novo do JOTA QUEST, mas, que "agrega ao camarote, agrega". Você pode até detestar a disco music dos anos 70, mas não será tolo o suficiente para afirmar que aquela música era muito superior às rihanas que hoje nos perturbam;
5) os pais do Heavy Metal lançaram um disco tão bom quanto os que lançaram no início da década maravilhosa. E ainda excursionaram com ele, passando por quatro capitais brasileiras e outras latino-americanas que, para alguns de nós, são até mais acessíveis.
Dito tudo isso, vamos, humildemente, à tarefa de compartilhar, também sem nenhuma ordem especial, a lista do que, na opinião deste redator, foram os melhores momentos/álbuns deste ano tão notável. A lista abaixo não tem nenhuma ordem em especial fora posicionar o "13" em seu topo e o "Surgical Steel" logo abaixo. Como qualquer lista é bastante pessoal, então seria inevitável não ter bandas da cena em que este redator se insere, afinal, é muito mais fácil falar que ouvi bastante durante o ano que de qualquer lançamento de metalcore.
SIEGE OF HATE - Animalism
O metal extremo encontra no Nordeste como um todo um cenário propício para o surgimento de excelentes bandas, misturando técnica e ferocidade. Como cearense, é impossível não estar atento ao que é feito na vizinhança e atestar que este disco foi um dos que mais maltrataram meu pescoço enquanto massageavam meus ouvidos em 2013. Aliando brutalidade, respeitável conteúdo lírico e técnica apurada num redemoinho de estilos que vão do hard-core ao death-metal, a SIEGE OF HATE (também conhecida como S.O.H) mostrou como se destacar entre uma multidão de bandas que nivela por cima. E depois de tanta porrada, a faixa instrumental que encerra o petardo é de fazer chorar (e apertar o play de novo). Procure não ouvir este disco enquanto estiver dirigindo. A parte gráfica da bolacha também impressiona e vai ser citada novamente mais adiante nesta mesma matéria. Aguarde. Destaque também para o vocalista Bruno Gabai, que vai tranquilamente do gutural para o rasgado, mas isso a gente já sabia há muito tempo.
BLACK SABBATH - 13
É preciso mesmo falar porque este foi o maior lançamento de 2013? Não, né? Para mais detalhes, leia uma das 13.000 resenhas sobre o disco aqui mesmo no Whiplash. Faço apenas uma ressalva: muitas delas, na ânsia por tecer um comparativo deste disco com o primeiro disco do BLACK SABBATH, chegam a comparar músicas como "Damaged Soul" com "The Wizard" apenas por que em ambas há o uso de uma gaita. Uma bobagem, em minha opinião.
CARCASS - Surgical Steel
E eu nem conhecia o CARCASS (my bad, I admit), mas, como ficar indiferente a um álbum como esses. Até por ainda não ter conseguido ouvir os discos anteriores, não me sinto a vontade de discorrer muito sobre esse disco além de simplesmente declarar: "puta que pariu, que porra massa é essa, mermão?". É o tipo de álbum que faz você se interessar e ir atrás da discografia de uma banda.
SEPULTURA - "Mediator..."
Uma das críticas que o novo disco do SEPULTURA recebeu foi ter um nome extenso demais. Não vejo problema aí, afinal, duvido que daqui a dez anos este item da discografia do SEPULTURA seja chamado por algo mais que "Mediator". Bem, mas não estamos escolhendo os melhores títulos de discos, estamos falando dos melhores discos. E este quase ficou fora por causa de todos os efeitos sobre a voz de Green, muito evidentes já em "Trauma of War". Perdoado este pecado temos sete grandes porradas, com a guitarra inconfundível de Andreas Kisser e com algumas faixas com direito a uma percussão que só enriquece a cozinha renovada pelo moleque Eloi Casagrande, além de uma versão bombástica para "Da Lama Ao Caos" e a esplêndida e lenta (EU cometeria um pecado se a chamasse de calma) "Grief", uma faixa que só não entra na lista de melhores da banda por que eles já lançaram um disco chamado "Chaos AD". A letra foi inspirada em uma tragédia que comoveu o país e o mundo em janeiro, quando mais de duzentos jovens perderam a vida porque alguns idiotas resolveram ser epicamente idiotas.
SELVAGENS A PROCURA DE LEI - Selvagens a Procura de Lei
O SAPDL não deu uma guinada de 180 graus no som que já fazia, mas a mudança de cidade parece ter provocado profundas transformações na alma dos quatro integrantes do quarteto. O som, antes ensolarado e bem-humorado, recebeu doses cavalares de maturidade. O contrato com uma gravadora maior também serviu como vetor para que pérolas como "Crescer Dói", "O Amor Existe, Mas Não Querem Que Você Acredite" e a beatle-ish "Sr. Coronel" fossem dadas à luz, sem falar nas músicas mais de protesto como "Brasileiro", "Massarrara" e na reedição de "Mucambo Cafundó". E em "Despedida" a banda apostou na voz do baterista Nicão. Acertou.
DREAM THEATER - Dream Theater
O DREAM THEATER lançou um disco auto-intitulado porque queria que o disco representasse toda a essência do que é a banda. Conseguiu. Mike Mangini já não tem que provar nada pra ninguém e seus colegas comprovam, outra vez, os grandes intrumentistas que todo mundo sabe que são (com exceção de James LaBrie, como sempre, com aquela vozinha irritante que quem escuta DREAM THEATER já aprendeu a ignorar).
DAVID BOWIE - The Next Day
DAVID BOWIE influenciou gerações de músicos dos mais diversos estilos. Sempre haverá uma música dele que vai se encaixar em um determinado estado de espírito em que você estiver. Por motivos de saúde, ele tinha saído de cena. 2013 trouxe-o de volta com um disco instigante e com alguns candidatos a clássico. A capa também é uma grande sacada, continuando/repaginando/reformulando o sucesso "Heroes".
PAUL MCCARTNEY- New
O velho Macca, mesmo setentão, continua fazendo shows de quase três horas (de preferência em cidades onde jamais esteve), dividindo o palco na boa com gafanhotos, falando uai, botando boneco e apadrinhando casais, andando de bicicleta, defendendo as causas em que acredita e até aparecendo de surpresa numa praça qualquer para tocar dentro de um caminhão. Além disso, lançou um disco gostoso de ouvir, cheio de novas pérolas (algumas poderiam até ter feito parte de um dos discos dos BEATLES se tivessem sido compostas cinquenta anos antes) e com um dos clipes mais legais do ano. Como tudo não pode ser perfeito, a capa é a coisa mais horrorosa e boba que eu já vi nos últimos tempos.
JIMI HENDRIX - People Hell And Angels
Se estamos felizes porque em 2013 recebemos novos bons discos de BLACK SABBATH, PAUL MCCARTNEY, DAVID BOWIE, ELTON JOHN e CARCASS, como não poderíamos estar felizes com um disco novo de JIMI HENDRIX. Ok, a discografia póstuma do guitarrista é várias vezes maior que a que ele lançou em vida, mas o espólio de HENDRIX parece ser um poço sem fim lotado até a tampa de tesouros, divulgados em doses homeopáticas.
ELTON JOHN - The Diving Board
Sim, ELTON JOHN está aqui. E que bom que ele voltou a lançar discos bons. Seus discos dos anos 70 eram recheados de boas composições. Basta mencionar que, apesar de já ser um bom pianista, ele ainda chamava o Rick Wakeman para contribuir. No entanto, o sucesso ou sei lá o que acabaram tornando o seu som cada vez mais enfadonho, na medida certa para entrar na trilha sonora das novelas das 8. "The Diving Board" e seu antecessor marcam o retorno de ELTON JOHN à boa música. Como não ficar feliz? As novelas das 9 perderam. Nós ganhamos.
GSTRUDS - "Only Tia Gertruds Is Real"
Outro grande nome do underground cearense que vale muito a pena ouvir é a GSTRUDS. Vamos lá. O Ceará é um estado conhecido por ser ter a maior razão de humoristas per-capta do Brasil, os maiores nomes do país (Chico Anísio, Renato Aragão, Tom Cavalcante) são "cabeças-chatas" e quase todo cearense (este redator, cujas piadas nunca tiveram graça nenhuma, faz parte da exceção) sempre encontra uma forma engraçada de contar sua estória. Não é de se admirar que em um cenário como esse aparecesse uma banda como a GSTRUDS. O estilo eles definem como brutal comic metal, uma mistura de thrash-metal, um pouco de death e temas com muito humor, mas que levam sempre a uma reflexão (como toda boa obra humorística deve ser). Os petardos aqui não vão te fazer rir porque você estará ocupado bangeando. O humor escrachado da velha GSTRUDS e o som que sai dos instrumentos dos quatro malucos que a compõem tiveram 2013 para marcar seu nome no livro do metal brasileiro. Que não demorem muito a "botar boneco" novamente.
SAXON - "Sacrifice"
Mantendo viva e sempre interessante a NWOBHM mesmo quando inclui elementos pré-colombianos em seu som. Leia uma resenha desse petardo no link abaixo:
Outros grandes lançamentos de rock e heavy metal não poderiam deixar de ser mencionados, mas se eu fosse falar de cada um deles aqui, só terminaria em 2015. Estes foram:
- ALICE IN CHAINS - "The Devil Put Dinossaurs Here", mais um grande trabalho com William DuVall.
- AMON AMARTH ("Deceiver Of The Gods") e CHILDREN OF BODOM ("Halo of Blood"), duas grandes pedradas indispensáveis.
- "MOTORHEAD ("Aftershock"), MOTORHEAD e AC/DC poderiam lançar o mesmo disco para sempre. Sempre seria bom.
- NICK CAVE AND THE BAD SEEDS, "Push The Sky Away", a voz cavernosa de Nick Cave e suas composições caem muito bem quando você quer dar uma folga ao metal.
- PEARL JAM ("Lightning Bolt"), grandes momentos de uma banda que soube envelhecer como um bom vinho.
- QUEIRON ("Sodomiticvm By Conclave"), muito apropriado para o momento no ano em que foi lançado.
- ROTTING CHRIST - Kata Ton Daimona Eautou: magnífico.
- SODOM ("Epitome of Torture"), o ataque da serra-elétrica direto no seu ouvido. Poderiam ter tocado algumas faixas dele no Brasil.
- SOULFLY ("Savages"), Max Cavalera continua em fase excelente após o sensacional "Enslaved".
- SUFFOCATION ("Pinnacle of Bedlam"): brutal.
- VIOLATOR ("Scenarios of Brutality"): talvez os maiores representantes do thrash metal old-school do Brasil
- VOIVOD ("Target Earth"): interessante.
- Some-se a estes a trilha sonora do filme "Sound City", indispensável.
Outras listas tem pipocado com álbuns como "Comedown Machine", dos STROKES (Ok, eu admito que gostei da mistura de música paraense com os falsetes de Casablancas e de algumas outras, mas ainda não é motivo para entrar nesta lista), "Reflektor", do ARCADE FIRE (apenas a música 2 ,"We Exist", que lembra um pouco a levada de baixo de "Another One Bites The Dust" - do Queen - e a última "Supersymmetry" me conquistaram), "...Like Clockwork", dos QUEENS OF STONE AGES e "AM" dos Artic Monkeys (cujo destaque vai apenas para "Knee Socks"). Outro disco que deu muito o que falar foi o "Random Access Memories", do DAFT PUNK. É realmente um grande disco, com uma mistura impagável de música eletrônica, disco music, rock progressivo e jazz. Só não entra na minha lista por ter junto com algumas das melhores músicas do ano ("Get Lucky" parece ser unanimidade, "Give Life Back To Music" abre bem o disco, "Giorgio by Moroder" é essencial e "Contact" é excepcional) algumas das músicas mais broxantes do ano. Outro que entrou em muitas listas de melhores de 2013 esse ano foi o "Infestissumam", do GHOST. Sinceramente, se eu quisesse ouvir música pop, feita por mascarados, com letras que beiram o "The Book Is On The Table", seria melhor ouvir o DAFT PUNK. E se o negócio é ocultismo, não percam tempo com o GHOST. Escutem HEADHUNTER D.C.
Melhor Capa:
Este ano, dois trabalhos dividem este posto. "Animalism", do SIEGE OF HATE, e "Surgical Steel", do CARCASS. O projeto gráfico da banda cearense ficou sob responsabilidade de George Frizzo, baixista da banda. O que impressiona aqui é que, entre tantas imagens macabras que recheiam os discos de metal extremo, um simples javali consegue emitir tamanha brutalidade, a mesma contida no disco. A arte reinou imbatível por quase todo o ano, até o lançamento do disco do CARCASS. E a arte do CARCASS, com todos aqueles instrumentos cirúrgicos, tão ordenadamente dispostos, avisa, sem palavra nenhuma, que ali dentro o que existe mete muito, muito medo. Mais uma prova de que uma boa ideia, bem executada, é elemento essencial para o cartão de visitas que é a capa de um disco.
Pior Capa:
Definitivamente, "Mosquito" do YEAH YEAH YEAH. A banda da esquisita Karen O até lançou um disco bem inferior aos anteriores (principalmente quando o comparamos ao bombástico "Fever To Tell") então tinha que fazer algo que o destacasse entre os demais. Conseguiu com a capa mais pavorosa dos últimos tempos, não que as capas de seus lançamentos anteriores fossem algo que valesse a pena olhar).
Banda nacional do Ano: HIBRIA
Inicialmente, pensei em começar este parágrafo chamando o Hibria de "revelação do ano". Embora boa parte dos bangers brasileiros terem tomado conhecimento do som da banda apenas em 2013, a banda gaúcha de power metal existe desde 1996, tem vários discos gravados, turnês internacionais e até mesmo um DVD. Chamá-la de "banda nacional do ano" também é um erro, principalmente num ano em que o SEPULTURA lançou um novo álbum, o ANGRA reencontra o público e afasta qualquer possibilidade de hiato, o KRISIUN continua conquistando fãs dentro e fora do Brasil (isso sem citar algumas outras dezenas de bandas cuja importância não pode ser negada). No entanto, temos que admitir, nenhuma banda nacional ganhou tanto espaço quanto os gauchos. Depois de roubar a cena no Rock In Rio com um som pesado e vocal consistente, os gaúchos simplesmente dividiram o palco com dois grandes nomes do metal mundial. É óbvio que você sabe que estou falando do MEGADETH e dos pais do Heavy Metal, o BLACK SABBATH. Ok, a apresentação foi apenas na cidade natal dos caras, eles sequer subiram para os shows da Região Sudeste. Ainda assim, pela projeção alcançada e pela exclusividade do convite, podemos afirmar, sem culpa que 2013 foi o ano do HIBRIA.
Fiasco do ano:
Falemos a verdade. A MTV brasileira já tinha acabado há muito tempo, desde quando deixou de focar em música, cujo M lhe dá nome, e passou a se dedicar a reality shows cada vez mais abobalhados e programas humorísticos às vezes menos engraçados que o Zorra Total. No entanto, seu fim oficial só aconteceu em 2013. E imediatamente após a última pá de cal, o canal já pode ser encontrado nas TVs por assinatura. Reformulado? Não. O recomeço foi com dois pés esquerdos, apresentando praticamente o mesmo conteúdo ralo que decretou a sua ruína.
DVDs
Este ano, tivemos muitos bons DVDs lançados. Dentre eles, podemos destacar.
- ANGRA - "Angels Cry 20th Anniversary Tour¨, um bom produto lançado em tempo recorde.
- NIRVANA - "Live and Loud". O aniversário do "In Utero" foi comemorado com esse excelente bônus, com a maior parte do disco sendo executada ao vivo. Kurt, Novoselic, Ghrol e o guitarrista Pat Smear tocando guitarra em seus joelhos em um show memorável.
- MEGADETH - "Countdown to Extiction Live", um dos melhores discos do MEGADETH, tocado na íntegra entre algumas outras músicas indispensáveis da banda de Mustaine.
- IRON MAIDEN - Maiden England, um grande registro com quase o mesmo setlist da turnê que passaria pelo Brasil. A qualidade das imagens decepciona um pouco, mas o som...o som é do IRON MAIDEN e IRON MAIDEN até quando é ruim é bom. Só fez aumentar a ansiedade para vermos a banda no palco em setembro.
- JUDAS PRIEST - "Epitath", Rob Halford e o JUDAS PRIEST tocando praticamente todos os clássicos do PRIEST. Uma pena que não temos mais K.K. Downing no line up.
- RUSH - "Clockwork Angels Tour", aos 44 do segundo tempo chegou mais um indispensável item para a coleção, focando no álbum "Clockwork Angels" de 2012 acrescido de um zepelim cheio de conteúdo.
- KREATOR - Dying Alive, depois de um excelente disco, o que seria melhor que um registro ao vivo (e acompanhado por dois CDs com as melhores do "Phantom Antichrist" e clássicos da banda alemã). O TESTAMENT foi pelo mesmo caminho, só que com DVD e TRÊS CDs, elevando o preço de seu "Dark Roots of Thrash" para um patamar proibitivo.
Nota: "Gathered in Their Masses", do BLACK SABBATH, tinha tudo para estar nesta lista, mas até agora o artefato não deu as caras por essas bandas.
Outra coisa interessante que aconteceu este ano foram os EPs com covers, quase sempre honrando as versões originais. Tivemos ADRENALINE MOB, com seu "Covertá", o ANTHRAX, com seu "Anthems" e até mesmo o já citado GHOST lançou seu irregular "If You Have Ghost". E também tivemos o interessante EP "Russian Holliday", de BLAZE BAYLEY com Thomas Zwijsen (que não é de covers, mas de versões acústicas da carreira solo de BLAZE e junto ao IRON MAIDEN).
Grandes Perdas do Ano
Jeff Hanneman e Lou Reed.
2013 foi um ano triste para o thrash metal. Quando todos ainda tinham esperança de ver Jeff Hanneman voltar ao SLAYER, chegou a notícia de que a morte levara um dos maiores guitarristas do metal extremo, cujo estilo influenciou dezenas de outros grandes guitarristas e um sem-número de imitadores.
O ano também levou um dos ídolos do rock com cérebro (às vezes, mais cérebro que coração, é verdade). Se você só conheceu o novaiorquino para xingá-lo pelo complicado projeto junto ao METALLICA, "Lulu" (muito mal-interpretado por quase todo mundo), deveria procurar saber mais sobre este grande nome que a música perdeu em 2013.
Coisa legal que aconteceu
Fechando este post com uma das coisas mais legais relacionadas a rock que aconteceram este ano. Na muito atrasada indicação ao Rock and Roll Hall of Fame, o único músico que eu já vi tocando baixo e teclado ao mesmo tempo e o melhor baterista do mundo e segundo melhor da história fizeram discursos tradicionais. O guitarrista da banda deles, ao contrário, optou por não usar palavra alguma. É claro que estamos falando do RUSH e do discurso do Alex Lifeson, afinal não era com palavras que ele costuma nos emocionar.
Repare nas caras de Peart e Lee, provavelmente planejando como iriam matar o guitarrista.
Os melhores do Rock e Metal em 2013
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