Melhores de 2013: as escolhas de Igor Miranda
Por Igor Miranda
Fonte: Revista cifras
Em 02/01/14
Minha apresentação desatualizada em meu perfil no site talvez não digam muito sobre mim. Meu nome é Igor Miranda e sou colaborador do Whiplash.net desde 2011. Co-fundei o site Van do Halen com o amigo João Renato Alves e atualmente estou afastado da produção, apesar de manter uma coluna por lá. Trabalho para um jornal impresso de minha cidade (Correio de Uberlândia) e para o site Revista Cifras, afiliado ao Cifras e agregado ao portal R7.
Então vamos lá. Não sei se foi uma sensação meramente particular, mas parece que o ano de 2013 foi mais fraco em comparação aos dois anteriores em questão de lançamentos. Estou acostumado a trazer novos destaques em minhas listas, mas dessa vez não creio que tenha saído muito de nomes óbvios. Em contrapartida, foi um ano para apreciar bandas diferentes: nunca imaginaria AVENGED SEVENFOLD ou DREAM THEATER em uma lista minha deste gênero.
Observação: minha lista está em ordem alfabética em relação às bandas. Não está em ordem de preferência.

Alter Bridge - Fortress
Muitas bandas acabam se desgastando por repetir muitas vezes a mesma fórmula. No caso do Alter Bridge, o trunfo é justamente a manutenção da proposta musical. Ainda mais porque a banda soa única e identitária da forma que vem trabalhando. "Fortress" é mais uma boa mescla do peso do metal contemporâneo do instrumental com o vocal melódico e hard rock de Myles Kennedy. Ponto para o quarteto.

Avenged Sevenfold – Hail To The King
Ao abrir mão de seu metalcore para optar por um gênero mais tradicional na música pesada, o Avenged Sevenfold acertou ou errou? Muito relativo. Para mim, foi um acerto. O produto final me agradou muito mais e provou a versatilidade do quinteto. No lugar de tempos quebrados, baterias exageradas, guitarras repletas de dobras e baixo inaudível, o A7X foi mais "reto" – por sua vez, mais seguro -, mas sem perder a criatividade sob meu ponto de vista. Juntou boas influências e fez "Hail To The King" um ótimo disco.

Black Sabbath – 13
A volta dos precursores do heavy metal da forma como conhecemos hoje em dia não poderia estar de fora. "13″ é o Black Sabbath em versão 2013, porque não apresenta tantas mudanças, apenas maior maturidade em melhor tecnologia de produção musical do que na década de 1970. O álbum trouxe alguns pontos adicionais, como um peso distinto nas guitarras de Tony Iommi e maior destaque para o baixista Geezer Butler. Mas sem inovações drásticas, ainda bem. Até porque, para o Sabbath, não é hora para isso.

Dream Theater – Dream Theater
No início de 2013, jamais diria que o Dream Theater marcaria presença em alguma lista minha desse tipo. O 12° álbum de estúdio da banda me surpreendeu de verdade. Trata-se de um grupo renovado, que abandonou sua zona de conforto e mostrou criatividade. Influências diferentes foram exploradas aqui, desde elementos do jazz até de música clássica, em uma vibe operática. Mas o principal aqui é o resgate do peso e a união com ganchos melódicos sem soar maçante.

Paul McCartney – New
É incrível como um músico consolidado como Paul McCartney consegue se mostrar tão arejado, criativo, produto e eficiente em novos trabalhos. Aos 71 anos, o incansável ex-Beatle lançou seu primeiro álbum composto apenas por inéditas desde "Memory Almost Full", de 2007, seguindo a sua tradicional linha: rocks clássicos, lindas baladas e alguns sutis experimentos. Se McCartney vivesse por mais 200 anos e lançasse mais 100 álbuns, eu não me incomodaria.

Queens Of The Stone Age – …Like Clockwork
A sofisticada ressurreição do Queens Of The Stone Age me surpreendeu. A pulga já estava atrás da orelha à medida que os participantes do trabalho foram anunciados (Dave Grohl, Elton John, Trent Reznor, entre muitos outros). Mas "…Like Clockwork" superou as expectativas. A maior presença de baladas e a sofisticação do som dão a entender que a banda procura maior espaço no mainstream. As faixas mais pesadas, por sua vez, estão mais soturnas. "…Like Clockwork" é original, criativo e comprova a capacidade de Josh Homme de se reinventar.

Sepultura – The Mediator Between The Head And Hands Must Be The Heart
O Sepultura é uma das bandas mais regulares do metal. Mas "The Mediator…" representa um pico na trajetória recente do quarteto, agora com o prodígio (e sensacional) Eloy Casagrande na bateria. A tradicional mistura entre o característico peso do grupo com as influências de ritmos tribais e brasileiros é efetivada. Porém, com mais peso ainda. Há momentos em que a proximidade com o death metal é enorme. Um dos trabalhos mais extremos do Sepultura, "The Mediator…" é formidável.

Stone Sour – House Of Gold & Bones Part 2
Como é bom ouvir a voz de Corey Taylor sem as típicas gritarias de Slipknot. Nada contra quem goste – a banda tem grande valor em seu segmento. Mas até a consolidação do Stone Sour, parecia um desperdício colocá-lo para berrar quando sabemos que sua voz natural é excelente. Fenômeno semelhante ao de Chester Bennington até entrare no Stone Temple Pilots. "House Of Gold & Bones Part 2″ dá continuidade ao conceito do primeiro trabalho, e musicalmente funciona também como uma continuação. O metal pesado, criativo, com toques contemporâneos e momentos melódicos do grupo permanece exuberante e merece estar nesta lista.

Stryper – No More Hell To Pay
Seria pretensioso dizer que o Stryper nunca decepciona, pois os dois trabalhos anteriores a este são apenas bons. Mas em "No More Hell To Pay", o quarteto liderado por Michael Sweet (vocalista, guitarrista e compositor de todas as canções aqui) chutou o balde, com um hard n’ heavy direto, pesado, repleto de bons refrões e com os típicos berros de Michael – um dos grandes cantores do gênero. O Stryper está de volta em grande estilo.

The Winery Dogs – The Winery Dogs
Preferi não classificar os álbuns em uma ordem de preferência, até porque não sei se seria capaz de fazer tal classificação. Mas, por acaso, o último é o melhor na minha opinião. O álbum de estreia deste incrível power trio soa como Richie Kotzen e convidados em vários momentos. Mas os convidados são dois grandes músicos e seria injusto dizer que eles não foram, pelo menos, decisivos na sonoridade aqui obtida. O disco apresenta um hard rock que consegue ser técnico e virtuoso, mas direto e melódico ao mesmo tempo, com espaço para pitadas de soul e black music em algumas faixas. Incrível.
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